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Pesquisas do IEAA são apresentadas em Congresso nacional em Recife

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“A influência do lixão a céu aberto na qualidade da água de um corpo hídrico no distrito de Santo Antônio de Matupi, Manicoré/AM” e “Estimativa do teor de matéria orgânica do solo nos vazadouros de dois municípios amazonenses”, esses são os títulos dos trabalhos de pesquisa dos estudantes do Instituto de Agricultura e Ambiente (IEAA), de Humaitá, apresentados no XVI Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental (XVI Congea), realizado em cidade de Recife/PE, no período de 04 a 07 de novembro. 

Os trabalhos são de autoria de Luan Cavalcante e Kelem Alvez, então estudantes do curso de Engenharia Ambiental e orientados pelo professor Marcelo Dayron, o qual os apresentou no Congea 2025. “O sentimento é de valorização das pesquisas realizadas pelo IEAA, tendo em vista que o Congea é um congresso a nível nacional, e trouxemos para o debate temas de suma importância, como a disposição final dos resíduos sólidos e a avaliação da qualidade das águas superficiais”, disse o docente. “Realizar pesquisas na Amazônia profunda é complexo em virtude de várias condicionantes, todavia, os protagonistas dos estudos são os estudantes locais, que procuram sanar e propor resoluções das problemáticas, sendo pioneiros, e desbravadores, o que é somado no coletivo, pela equipe do grupo de estudo”, completou. 

Atuante na área de gestão ambiental no curso de Engenharia Ambiental, o professor Marcelo é um assíduo participante do Congea e estimula os estudantes a conhecerem o evento e a submeterem seus trabalhos, o que tem produzido bons resultados. “Em 2024, a Ufam, por meio do IEAA, também teve estudantes expondo no congresso. Participo do Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental deste 2017, e tenho levado os resultados dos PIBICs e TCCs para o Congea anualmente para democratizar as pesquisas realizadas pelo IEAA/Ufam. O network dos demais participantes é imediato, considerando a logística amazônica, tendo os rios, nossas rotas fluviais, e a apresentação de dados inéditos acerca dos temas geram debates, e até possíveis parcerias entre as instituições”, comenta.

 

Pesquisas

"A influência do lixão a céu aberto na qualidade da água de um corpo hídrico no distrito de Santo Antônio de Matupi, Manicoré/AM"

 

Kelem Alves formou em 2024 e já cursa o mestrado em Engenharia Ambiental e Sanitária  na Universidade Federal de Goiás. Segundo a egressa, a pesquisa foi desenvolvida a partir da necessidade de compreender os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de resíduos sólidos no distrito de Santo Antônio do Matupi, localizado no município de Manicoré (AM). Para isso, foi realizado um estudo de campo e laboratório, voltado à avaliação da qualidade da água de um corpo hídrico situado nas proximidades do lixão a céu aberto. “O tema foi escolhido devido à relevância ambiental e social do problema enfrentado por muitas comunidades do interior amazônico, onde ainda existem lixões a céu aberto sem qualquer controle ambiental. O distrito de Santo Antônio do Matupi é um exemplo representativo dessa realidade, e compreender como o lixão afeta a qualidade da água local é fundamental para subsidiar ações de gestão ambiental, políticas públicas e conscientização da população”, expôs a pesquisadora. “Além disso, o estudo busca contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 6 (Água potável e saneamento) e o ODS 15 (Vida terrestre), por meio da promoção de práticas que favoreçam a proteção dos recursos hídricos e o manejo adequado de resíduos sólidos”, complementou.

Para Kelem, a aprovação e a exposição de seu trabalho representam reconhecimento do esforço, da dedicação e da relevância científica e social da pesquisa desenvolvida. “Ver o estudo aprovado em um evento acadêmico é motivo de orgulho e motivação, pois confirma que o tema escolhido desperta interesse e contribui para o debate sobre questões ambientais urgentes. Além disso, essa aprovação simboliza um passo importante na minha trajetória acadêmica, reforçando meu compromisso com a pesquisa e com a busca por soluções sustentáveis para os desafios enfrentados pelas comunidades amazônicas. É também uma oportunidade de divulgar os resultados e trocar experiências com outros pesquisadores, o que enriquece a formação científica e pessoal”, ressaltou.

 

"Estimativa do teor de matéria orgânica do solo nos vazadouros de dois municípios amazonenses"

 

Recém-formado (março de 2025), Luan Cavalcante também já ingressou no mestrado da UFG e agradece à Ufam por toda a formação recebida, que o possibilitou voar ainda mais alto, agora na pós-graduação. “Não pude participar do evento por motivos de logística, agora estou no mestrado da UFG e não teria como ir. Inclusive, meus dois trabalhos como PIBIC e apresentados no Congresso foram essenciais para que eu fosse aceito no programa da UFG. Muita gratidão à Ufam”, declarou. “Reconheço a importância de nossas pesquisas que foram desenvolvidas em cidades do interior do Amazonas chegarem e terem seu reconhecimento a nível nacional. É muito gratificante e importante para mostrarmos como a Universidade desenvolve trabalhos e nos integra e lugares que não imaginávamos chegar”, disse.

De acordo com o egresso, durante a graduação, trabalhar com resíduos sólidos era de seu interesse porque essa temática engloba diversas áreas; no meu trabalho ele abordou os impactos ambientais. “Fiz uma análise de água em poço artesiano que fica nas adjacências do lixão para mostrar que contaminação proveniente do lixão que podia afetar a qualidade de vida da família que estava alí perto, além disso coletamos em oito pontos amostrais algumas quantidades de solo”, explicou. “Depois das coletas de efluentes e solo, enviamos a de água para um laboratório especializado e fizemos o processo de secagem das amostras de solo para podermos enviar também para análise laboratorial, com o laudo, nós conseguimos observar a ausência de metais pesados até a profundidade de 80cm, conferimos o teor de matéria orgânica (que estava alto e deixa o solo com características mais ácidas) e com a análise de efluentes constatamos a presença de microorganismos (coliformes totais e termotolerantes) que estavam sendo consumidos pelas famílias que moravam ali perto”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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