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História

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Escola Livre de Manáos e o início de tudo

Os mais de 100 anos de implantação do ensino superior no Amazonas é comemorado  em  17 de janeiro. Foi nessa data, em 1909, que surgiu a primeira Instituição de ensino superior do país,  a  Escola  Universitária  Livre  de Manáos, criada por inspiração  do tenente-coronel do Clube da Guarda Nacional do Amazonas, Joaquim Eulálio Gomes da Silva Chaves. Em sessão de 12 de fevereiro de 1909, o Conselho Constituinte  elegeu  Eulálio Chaves  para promover o reconhecimento oficial da Escola e cuidar  da  publicação de seus Estatutos. A Lei nº. 601, de  8 de outubro de 1909, considerou válidos os títulos expedidos pela  Escola Universitária.
 
  
O Clube da Guarda e a Escola Militar
 
A Escola Universitária Livre  de  Manáos  teve  origem  no  Clube da Guarda Nacional do Amazonas, entidade fundada em 5 de setembro de 1906, e cujos Estatutos, publicados no ano seguinte, previam  a criação  de  uma  escola prática militar. O Clube da Guarda tinha, entre outros objetivos, o de fomentar o desenvolvimento profissional de seus associados e cultivar as ciências auxiliares da arte da  guerra, além de criar uma escola prática militar.
O que era aspiração máxima do  Clube da Guarda Nacional somente se concretizou  em  10  de  novembro  de 1908 quando foi criada em Manaus  a  Escola Militar Prática do Amazonas. A Escola mantinha apenas dois cursos - um preparatório e outro superior, ambos destinados à instrução militar de oficiais da Guarda Nacional e de outras milícias.    Os cursos, porém,  eram abertos  a  qualquer  brasileiro. Naquele mesmo ano, a Escola passou a chamar-se  Escola  Livre  de  Instrução  do Amazonas.
  
 
Ensino Superior e Cursos
 
Menos de um ano depois, em 17 de janeiro de 1909, a Escola de Instrução Militar do  Amazonas  se  transformava na Escola Universitária Livre de Manáos. De acordo com seus Estatutos, elaborados e  apresentados pelo tenente-coronel Eulálio Chaves, a Escola deveria  manter  os  cursos  das  três armas, segundo  o  programa  adotado para  as  escolas  do  Exército Nacional.
 Além dos cursos de instrução militar, também seriam ministrados os cursos de Engenharia Civil, Agrimensura, Agronomia, Indústrias, Ciências Jurídicas e Sociais, bacharelado em Ciências Naturais e Farmacêuticas  e Letras. Outros cursos deveriam ser criados posteriormente, com preferência o de Medicina.
    
 
Novo nome e o fim da escola
 
Dirigida em seu primeiro ano pelo Dr. Pedro Botelho (1909-1910) e, posteriormente, pelo Dr. Astrolábio Passos (1910-1926), a  Escola Universitária  instalou seus cursos em 15 de março de 1910, em sessão solene presidida pelo governador do Estado, Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt. Em 13 de julho de 1913, a Escola Universitária muda de nome, passando a chamar-se Universidade de Manaus. 
 A experiência bem sucedida da primeira universidade brasileira durou somente 17 anos, sendo ela desativada em 1926. A partir daí, passaram a funcionar como unidades isoladas de ensino superior, mantidas pelo Estado, as Faculdades de Direito, Odontologia e Agronomia. Com  a  extinção  das  duas  últimas, poucos anos depois, restou apenas a Faculdade de Direito, a qual formou os primeiros bacharéis em 1914, e foi incorporada pela Universidade Federal do Amazonas. Esse elo histórico entre as duas instituições testemunha e revalida a atual Ufam como a mais antiga universidade brasileira.
 
Lei cria UA
 
Criada pela Lei Federal 4.069-A, assinada pelo presidente João Goulart em 12 de junho de 1962, a sucessora legítima da Escola Universitária Livre de Manáos, Universidade do Amazonas, teve seu Projeto de Lei, de autoria do então deputado federal Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho, publicado no Diário Oficial da União em 27 de junho do corrente ano, mas só se instalou como Fundação de Direito Público mantida pela União Federal em 17 de janeiro de 1965.
 
 
Início da UA
 
Em 3 de julho de 1964, na realização da 18ª reunião do Conselho Diretor da Fundação Universidade do Amazonas, foi decidido que a data de comemoração da instalação da Universidade do Amazonas seria a mesma data criação da primeira universidade brasileira, a Escola Universitária Livre de Manáos.
 
A Universidade do Amazonas consolidou-se e ampliou sua estrutura por meio da criação de novos cursos e absorção de outros já existentes. A partir de 1968, a estrutura da instituição passa a ser a seguinte: Faculdade de Direito do Amazonas, Faculdade de Estudos Sociais, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Faculdade de Engenharia, Faculdade de Medicina e Faculdade de Farmácia e Odontologia.
 
 
Nova denominação
 
Embora  tenha  sido criada   pela  Lei   Federal 4.069-A, de 12 de junho de 1962, a Universidade  Federal do  Amazonas  instalou-se três anos  depois, em 17 de janeiro de 1965, 39 anos após a desativação da  Universidade de  Manáos. Criada  como  fundação de direito  público  e  mantida  pela   União,  a Universidade recebeu a denominação de Universidade Federal do Amazonas (Ufam) por disposição  da  Lei  nº. 10.468,  de 20 de junho de 2002. O objetivo da instituição é ministrar o ensino superior e desenvolver  o estudo  e  a  pesquisa em todos os ramos do saber e da divulgação científica, técnica e cultural.
 
 
Estrutura
 
Constituída atualmente por 18 unidades de ensino, entre institutos e faculdades, sua estrutura incorporou de início a Faculdade de Direito, remanescente da Universidade de Manáos, e as faculdades de Ciências Econômicas e de Filosofia, Ciências e Letras, unidades isoladas  de ensino superior, criadas e mantidas pelo Estado. A essa estrutura juntou-se também, por doação do desembargador André Vidal de Araújo, o patrimônio da Escola de Serviço Social de Manaus. Já no final dos anos 1990 outra unidade de ensino superior incorporou-se à estrutura da Ufam - a Escola de Enfermagem de Manaus, anteriormente mantida pela Fundação Sesp, do Ministério da Saúde.
 
 
Reitores
 
A Ufam teve nove reitores, sendo cinco bacharéis em Direito, dois médicos, um jornalista e um engenheiro civil. O primeiro foi o professor Aderson Andrade de Menezes, da Faculdade de Direito, e o que por menor espaço de tempo exerceu a reitoria.
O professor Octávio Mourão (1977/1984) foi o último reitor do regime militar, e o professor Roberto Vieira (1985/1989) foi o primeiro eleito pela comunidade acadêmica, no início da redemocratização do País. Os reitores Marcus Luiz Barroso Barros (1989/1993), Nelson Abrahim Fraiji (1993/1997), Walmir de Albuquerque Barbosa (1997/2001), Hidembergue Ordozgoith da Frota (2001/2005 e 2005/2009) e Márcia Perales Mendes Silva foram eleitos pela Comunidade Universitária e respondem pelo período mais recente.
 
 
Conheça todos os reitores da Ufam
  • Astrolábio Passos & Henrique José Moers (1910 – 1926)
  • Aderson Andrade de Menezes & José Augusto Telles de Borborema (1964 – 1965)
  • Jauary Guimarães de Souza Marinho & José Lopes da Silva (1966 – 1970)
  • Aderson Pereira Dutra & Octávio Hamilton Botelho Mourão (1971 – 1976)
  • Octávio Hamilton Botelho Mourão & Roberto dos Santos Vieira/Geraldo Dias da Rocha (1977 – 1984)
  • Roberto dos Santos Vieira & Ademar Raimundo Mauro Teixeira (1985 – 1989)
  • Marcus Luiz Barroso Barros & Dilma Montezuma Afonso (1990 – 1993) 
 
  • Nelson Abrahim Fraiji & Hélvio Neves Guerra (1994 – 1997)
  • Walmir de Albuquerque Barbosa & Silas Guedes de Oliveira (1998 – 2001)
  •  Hidembergue Ordozgoith da Frota & Neila Falcone/Gerson Suguiyama Nakagima (2001 – 2009)
  • Márcia Perales Mendes Silva & Hedinaldo Narciso Lima (2009 - 2017)

 

Ensino, Pesquisa e Extensão
 
Com a maioria de suas unidades  administrativas  e  de  ensino  instaladas no Campus Universitário, a UFAM oferece, atualmente, 96 cursos de graduação e 39 de pós-graduação stricto sensu credenciados pela Capes. São ao todo 31 cursos de Mestrado e 8 de Doutorado. Em nível de Pós-Graduação Lato Sensu, são mais de 30 cursos oferecidos anualmente. No que se refere à Extensão, são mais de 600 projetos que beneficiam diretamente a população e 17 grandes programas extensionistas.
 
 
 
  
Alunado
 
Entre os alunos dos cursos regulares de graduação ministrados em Manaus e no interior do Estado e dos cursos  de graduação conveniados, a Universidade  reúne mais  de 20 mil  estudantes. Nos  cursos  de Pós-Graudação Stricto Sensu (mestrado e doutorado) e Lato Sensu são mais de 2 mil estudantes. A Instituição oferece inúmeros laboratórios e bibliotecas para a prática acadêmica e a pesquisa.
 
A Universidade realiza anualmente dois  tipos  de seleção para o ingresso no Ensino Superior: o Exame Nacional do Ensino Médio(Enem) e o Processo Seletivo Contínuo(PSC), com 50% de vagas para cada um deles.
 
 
Professores
 
Ao mesmo  tempo  em  que  busca manter o melhor padrão de  ensino nas diferentes áreas do conhecimento, a  Ufam  dispõe hoje de um quadro docente altamente qualificado. São professores que buscam constantemente o seu aprimoramento, comprometidos com o ensino, a pesquisa e a extensão.
 
 
Ufam Multicampi
 
A instituição está presente no interior do estado, por meio de seus centros universitários, desde os anos de 1970, quando implantou o primeiro Pólo no município de Coari.
 
Como resultado do inegável esforço e investimentos empreendidos pela comunidade universitária para efetivar a política de expansão do ensino superior, o ano de 2005 representou um marco no tocante às medidas adotadas no âmbito das propostas de  adequação dos projetos de interiorização. Esse empenho resultarou na criação do Programa de Expansão do Ensino Superior, promovido pelo Governo Federal, que traz como denominação no Amazonas a sigla “Ufam Multicampi”.
  
 
Área Verde e Projeto Arquitetônico
 
A área do campus universitário - 6,7 milhões de metros quadrados - a torna o  terceiro maior fragmento verde em área urbana do mundo e o primeiro do País. Nela são encontradas várias espécies da fauna - como preguiças, pacas, sauins-de-coleira - e da flora, em meio a uma grande porção de mata virgem. A área construída corresponde a cerca de 35% do projeto arquitetônico original, de autoria do arquiteto Severiano Mário Porto, que lhe rendeu menção honrosa, em 1987, do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RJ).
 
 
    
Estrutura Administrativa
 
A estrutura administrativa da Universidade é constituída pelo órgão superior máximo, que é a Reitoria, seguida pelas Pró-reitorias e pelos Órgãos Suplementares, sendo que cada um desses segmentos possui vários setores, conforme descrito a seguir:
 
Reitoria: composta pelo Gabinete, Diretoria Executiva, Secretaria Geral dos Conselhos Superiores, Representação em Brasília, Assessoria de Comunicação, Procuradoria Jurídica, Auditoria Interna e Comitê Gestor;
 
Pró-Reitorias: divididas em Ensino de Graduação (PROEG), Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP), Extensão e Interiorização (PROEXTI), Planejamento (PROPLAN), Administração (PROADM), Assuntos Comunitários (PROCOMUN) e Inovação Tecnológica (PROTEC);
 
Órgãos Suplementares: Biblioteca Central, Centro de Artes, Centro de Ciências do Ambiente, Centro de Processamento de Dados, Editora da Ufam, Fazenda Experimental, Museu Amazônico, Prefeitura do Campus, Centro de Tecnologia Eletrônica e da Informação, Centro de Apoio Multidisciplinar, Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico, Centro de Pesquisa e Produção de Medicamentos, Centro de Educação a Distância e Biotério.
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