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A Scientific Call for COP 30 – Reitora da Ufam representa Andifes em evento preparatório no Amazonas e enfatiza atuação propositiva das universidades brasileiras

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Organizada pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em colaboração com a Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas), A Scientific Call for COP30 marca o início de debates científicos em torno dos temas a serem tratados prioritariamente durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a ser realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. A reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professora Tanara Lauschner, participou da abertura representando a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A chamada científica para a COP30 (em tradução livre) reuniu cientistas, atores políticos e ambientais brasileiros e estrangeiros no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entidade anfitriã desse encontro pré-COP. A programação segue até esta quarta-feira, 22 de outubro, com uma mesa-redonda sobre as novas fronteiras climáticas globais e três sessões temáticas com especialistas em biodiversidade, atuação da ciência frente à crise climática, justiça climática e sustentabilidade.

Em seu discurso, a professora Tanara Lauschner destacou os modos de agência das universidades públicas diante da urgência climática, estas sempre atuantes ao lado das academias de ciências, dos pesquisadores, dos líderes institucionais e governamentais e de todos aqueles que se dedicam ao enfrentamento dessa crise. “Temos acompanhado de perto as discussões rumo à COP30 e estamos mobilizados para contribuir ativamente com as ferramentas que nos são próprias: o conhecimento científico, a inovação, a formação profissional e a construção de soluções baseadas em evidências e justiça social”, enumerou a representante da Andifes.

De modo particular, Lauschner enfatizou o protagonismo das universidades amazônicas, dado o contexto de realização da COP30. “Estar em Manaus, no coração da Amazônia, tem um significado profundo. Este território, que é simultaneamente o símbolo da riqueza natural do planeta e de sua vulnerabilidade ambiental, nos convoca à responsabilidade. As universidades federais da Amazônia conhecem bem essa realidade: são instituições que produzem ciência em diálogo direto com os povos da floresta, comunidades ribeirinhas e os desafios concretos da conservação e do desenvolvimento sustentável”, completou a reitora da Ufam.

Ao concluir, a professora sustentou mais uma vez que “a ciência produzida nas universidades brasileiras é, acima de tudo, uma ciência comprometida com a vida, com a preservação da biodiversidade, a redução das desigualdades e o futuro das próximas gerações”. Em síntese, o encontro entre autoridades científicas demonstra, invariavelmente, que a resposta à crise climática deve ser guiada pela ciência, esta construída de modo cooperativo entre diferentes países, instituições e campos do conhecimento.

Representatividade

Professora titular da Ufam, Marilene Corrêa discursou como diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Em língua materna, a pesquisadora frisou a luta das entidades científicas brasileiras pela democracia e pela valorização ciência. “Há uma convergência de ideias em torno do papel da ciência neste momento brasileiro, neste momento do mundo e neste momento da COP em Belém, onde daremos o nosso melhor”, discursou Corrêa. Acrescentou ainda: “Nós acreditamos que o Brasil tem todas as possibilidades de desenvolvimento sustentável ao lado da ciência... sem a ciência, ele não vai muito longe”.

Diretor do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), órgão suplementar da Ufam, o professor André Mendonça acompanha os três dias de evento. Ele é um dos articuladores entre a Universidade e a organização da COP30 e também foi o responsável por sistematizar o documento contendo as contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) das instituições amazônicas para compor o compilado brasileiro que norteará as ações e políticas do País no tema da emergência climática.

Repensar o amanhã

Também nesse primeiro dia, logo após a abertura e a reprodução da mensagem institucional do presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago (por vídeo), realizou-se a primeira sessão temática de uma série de quatro. Rethinking Tomorrow: can we truly build a sustainable climate future? (Repensar o amanhã: podemos realmente construir um futuro climático sustentável?, em tradução livre). A sessão, mediada por Glaucius Oliva, da Universidade de São Paulo (USP), teve como debatedores Paulo Artaxo, da USP (Brasil), Marianne Schmink, da University of Florida (EUA), e Robin Fears, da InterAcademy Partnership (Reino Unido).

Primeiro a se pronunciar, o professor Artaxo compartilhou um conjunto de indicadores capazes de identificar o atual estágio do planeta em questões como velocidade e severidade do aquecimento global, e riscos ambientais e limitações para a manutenção do clima e da biodiversidade em padrões aceitáveis. “Nós estamos excedendo os limites seguros de operação, e nós precisamos respeitar as fronteiras planetárias”, disparou o pesquisador. Segundo um relatório produzido pelo Fórum Econômico Global, onde são elencados os dez principais riscos neste ano de 2025, o meio ambiente tem proeminência sobre temas como inteligência artificial, desinformação, polarização social e desigualdade.

“Entre dez os riscos mais significativos, cinco são relacionados à questão ambiental”, disse o expositor, enumerando-os: eventos climáticos extremos, baixa biodiversidade e colapso do ecossistema, mudanças críticas nos sistemas de equilíbrio da Terra, escassez de recursos naturais e poluição. Todas essas questões são objetos de pesquisa de cientistas ao redor do mundo, e ela também constam na agenda de sessões temáticas e mesa-redonda da “Scientific Call for COP 30” até esta quarta, 22. O encontro terá como resultado uma Declaração conjunta.

 

Programação

21 de outubro, terça-feira

09:00 | Thematic Session
Biodiversity: a living treasure and a global solution
Adalberto L. Val (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Brazil)

Kaoru Kitajima (University of Kyoto, Japan) – TBC
Ricardo Abramovay (Universidade de São Paulo, Brazil)

10:30 | Break

11:00 | Roundtable – Global Climate Frontiers: international scientific cooperation for a sustainable future
Karen B. Strier (IANAS)

 Cristina Branquinho (Portugal)
 Jerome Chave (France)
 Mohamadou Guelaye Sall (Senegal)
 Stuart Bunn (Australia)
 Helena B. Nader (Brazil/TWAS)

12:30 | Lunch Break

14:30 | Thematic Session
 The Climate Crisis: science, evidence, and the tipping point of the planet
 Tasso Azevedo (MapBiomas, Brazil)

 Mónica Moraes (Bolivia)
 Regina Rodrigues (Brazil)

16:00 | Break

16:30 | Thematic Session
 From Insight to Action: justice and sustainability in the climate crisis
 
Mauricio Barreto (Brazil)

 Dzoodzo Baniwa (Brazil – Baniwa People)
 Gabriela Marques di Giulio (Brazil)

18:30 | Adjournment

22 de outubro, quarta-feira

09:30 | Considerations from the Academies (3-5 minutes per Academy)

12:00 | Final Reading of the Declaration

12:10 | Closing Ceremony

 

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