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Pesquisa da Ufam aponta alternativas para reduzir perdas na produção de pimenta-de-cheiro no Amazonas

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Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) identificaram alternativas para reduzir os prejuízos causados por fungos no cultivo da pimenta-de-cheiro e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade da cultura. O estudo, conduzido pela professora Jânia Lília da Silva Bentes Lima, doutora em Fitopatologia, integra o Programa Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário Amazonense (Prospam/Fapeam), via edital nº 008/2021.

A pesquisa buscou estratégias para o manejo da antracnose, doença fúngica que pode causar perdas de até 100% da produção e inviabilizar a comercialização da pimenta-de-cheiro (Capsicum chinense), um dos temperos mais característicos da culinária amazônica e importante fonte de renda para agricultores familiares.

Estratégia adotada

O estudo avaliou a integração de adubação mineral (NPK) com o uso racional de fungicidas, a fim de reduzir a incidência da doença, aumentar a produtividade e diminuir o número de aplicações químicas durante o ciclo da cultura.

“Foram avaliadas diferentes doses de NPK associadas a fungicidas em experimentos de campo. Medimos incidência e severidade da antracnose, número e peso de frutos e o crescimento das plantas”, explicou a professora Jânia.

Os experimentos foram realizados entre 2022 e 2023, na Fazenda Experimental da Ufam, localizada na BR-174 (Manaus–Presidente Figueiredo). Ao todo, 16 tratamentos foram testados, com combinações de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e três fungicidas: Tenaz, Amistar Top e Clorotalonil.

Resultados

Os testes mostraram que doses de 100% e 200% de adubação, quando associadas ao fungicida Azoxistrobina+Difeconazol, reduziram a incidência e severidade da doença, além de proporcionarem maior número e peso de frutos. O crescimento em altura e biomassa, no entanto, não foi afetado.

De acordo com a pesquisadora, a integração entre nutrição mineral e controle químico pode trazer benefícios diretos à agricultura familiar, garantindo mais produtividade e menor uso de defensivos.

Apoio da Fapeam

A professora destacou ainda a importância do financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O recurso viabilizou a compra de insumos, sementes, adubos, fungicidas e a instalação de sistemas de irrigação, fundamentais para a realização dos experimentos em campo.

O Prospam, programa que financia a pesquisa, busca promover a produtividade e a qualidade dos alimentos no Amazonas por meio do incentivo a práticas de produção sustentável, apoiadas em ciência, tecnologia e inovação.

 

Informações: Emanuelle Lopes (Decon/Fapeam)

Fotos: Acervo da pesquisadora Jânia Lília da Silva Bentes Lima

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