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Plantas Medicinais da Amazônia – E-book lançado pela Editora da Ufam aborda bioeconomia e desenvolvimento sustentável de cadeias produtivas

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Açaí, andiroba, buriti, castanha da Amazônia, copaíba, cupuaçu, guaraná, marapuama, unha-de-gato e uxi amarelo. Basta andar pelas feiras de bairro das cidades amazônicas para reconhecer esses nomes todos nos frascos ou saquinhos de plantas secas, cuja lista de propriedades medicinais segue aposta nas embalagens. De sua parte, os cientistas da (e na) Amazônia, seguem investigando e sistematizando o conjunto das propriedades terapêuticas tradicionalmente associadas a cada uma dessas espécies de plantas nativas. Uma das iniciativas mais recentes de sistematização desses conhecimentos está apresentada no e-book intitulado “Plantas Medicinais da Amazônia”, lançado neste ano pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Veja aqui o e-book e baixe gratuitamente.

Com o subtítulo “Bioeconomia e desenvolvimento sustentável de cadeias produtivas”, a obra expõe algumas das grandes preocupações associadas à pesquisa das chamadas plantas medicinais amazônicas, que é o aproveitamento sustentável, pela aplicação de cadeias de produção adequadas e de estratégias de bioeconomia, desses ativos tão valiosos e valorizados no mercado local, nacional e internacional de fármacos. Outro objetivo da publicação se traduz pelo esforço de sistematizar, ao longo de mais de 300 páginas, a potência terapêutica já conhecida e comprovada pela pesquisa científica quando se trata dessas dez plantas endêmicas da região amazônica e abordadas no livro.

O e-book conta com nove organizadores, pesquisadores entre os quais o professor Spartaco Astolfi Filho, também responsável pela escrita da apresentação da obra. No texto introdutório, o professor propõe a conciliação de interesses econômicos e ambientais envolvidos nessa cadeia produtiva: “As crescentes demandas por matérias-primas amazônicas, somadas ao interesse regional e nacional em converter a biodiversidade Amazônica em produtos estratégicos que incluam em suas cadeias produtivas as populações locais, são formas de impulsionar a economia local agregando valor a floresta em pé”.

Mais à frente, ressalta as intenções do trabalho acadêmico consolidado nesse livro. “O objetivo deste trabalho foi mapear as cadeias produtivas amazônicas de produtos da biodiversidade mais robustas, sob uma visão científica crítica, com base nas regulamentações vigentes, abordando diversos fatores relacionados direta e indiretamente ao sucesso econômico de diferentes modelos produtivos sustentáveis no interior da floresta amazônica [...] Essa obra foi inspirada no ideal de que a grande riqueza da biodiversidade amazônica deve ser utilizada de forma racional e sustentável, com agregação de valor pelas biotecnologias, gerando recursos para melhoria do nível social e econômica das populações amazônicas e consequentemente para a conservação de seus ecossistemas”, defende o professor emérito da Ufam e um dos organizadores.

Ao introduzir propriamente o teor da publicação, no prefácio, Glauco Villas Bôas, que é coordenador do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS) Farmanguinhos/Fiocruz deu destaque aos conceitos-chave de “cadeias produtivas”, “cadeias de valor” e “arranjos produtivos locais”. Todos eles são distintos, porém, encontram-se harmonizados dentro de um sistema estruturante capaz de qualificar as espécies botânicas tratadas, a sua distribuição geográfica e as suas características químicas e genéticas, além da sua produtividade e do seu manejo ao longo do processo de transformação em produtos num mercado de alto valor agregado. Em complemento, o prefaciador acrescenta ao mérito da obra o fato de terem sido abordados ainda aspectos socioculturais e regulatórios relacionados a essas dez espécies vegetais.

O tratamento específico sobre as propriedades de cada uma das plantas ficou sob a responsabilidade dos investigadores que já vêm desenvolvendo trabalhos acadêmico-científicos direcionados. Para citar um exemplo, a Uncaria tomentosa, popularmente conhecida como unha-de-gato, foi abordada pelos pesquisadores Fabiana dos Santos Souza Frickmann, Anny Margaly, Maciel, Trentini, Tais Xavier Guimarães, Jackeline Soraya Barbosa, Gislaine Gutierrez, Tais Bolognesi, Leissandra Nascimento Castelo e Juan Revilla. Assim, a perspectiva é do trabalho de agregar a produção colaborativa e continuada de conhecimentos, com resultados comprovados pelos pares.

Tudo isso, em última análise, contribui para a popularização do conhecimento científico produzido nos laboratórios das universidades e dos institutos de pesquisa ao longo de décadas. E nada melhor para isso do que um livro com plantas, frutas e flores pintadas em aquarela, além de fotos, gráficos e dados científicos parametrizados, é claro.

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