Em dissertação defendida na Ufam, pesquisador revela potencial antidiabético do café de açaí
O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Amazonas (PPGCF/Ufam) realizou a sua 163ª defesa de dissertação no último dia 30 de julho deste ano. O trabalho foi apresentado pelo mestrando Wilibran Candido de Barros e orientado pelo professor doutor Emersom Silva Lima, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e do Programa, tendo como título “Avaliação da Toxicidade e Efeitos Antidiabéticos de um Extrato Aquoso das Sementes Torradas de Açaí (Euterpe sp.)”.
A pesquisa teve como tema a bebida popularmente conhecida como “café de açaí”, preparada a partir das sementes torradas do fruto amazônico (Euterpe sp.). Muito consumida na região Norte e em expansão para o Sudeste do país, a bebida é usada tradicionalmente pela população como alternativa no controle da diabetes e da hipertensão. No entanto, até hoje faltavam estudos que comprovassem sua segurança e eficácia.
O estudo foi realizado entre os anos de 2024 e 2025 e trouxe resultados animadores. Segundo a pesquisa, não foram encontrados indícios de toxicidade em testes in vitro e in vivo. Além disso, em experimentos com camundongos diabéticos, o extrato mostrou redução significativa dos níveis de glicose no sangue dos animais.
Para o orientador do trabalho, professor Emersom Silva Lima, a investigação se configura como um marco porque se trata de "um trabalho pioneiro, que não apenas confirma a segurança do consumo do café de açaí, mas também abre caminho para novas pesquisas sobre seu potencial como alimento funcional de origem amazônica”.
A pesquisa reforça a importância da ciência no aproveitamento sustentável da biodiversidade brasileira e pode representar um passo importante para o reconhecimento do café de açaí como um produto seguro e com potencial benefício à saúde.
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