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Comunidade científica e acadêmica da Amazônia consolida as principais contribuições regionais no tema das mudanças climáticas

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No segundo dia do Encontro, 20, as entidades farão a entrega o documento contendo as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) das entidades amazônicas à presidência da COP30. A atividade terá início às 10h30, no auditório Eulálio Chaves - Setor Sul do Campus Universitário

Nesta terça-feira, 19, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) recebeu pesquisadores/as, gestores/as de instituições científicas tecnológicas (ICTs) e acadêmicas situadas e agentes sociais que atuam na região amazônica para realizar os debates conclusivos e consolidar o documento que será entregue ao presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas no Brasil, embaixador André Corrêa do Lago amanhã, 20. A abertura do Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia com a Presidência da COP30 ocorreu no Centro de Ciências do Ambiente (CCA), no setor Sul do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho, onde também tiveram andamento as salas temáticas.

Na condição de anfitriã, a reitora Tanara Lauschner deu as boas-vindas aos participantes que vieram de outros municípios e estados brasileiros para colaborar nessa etapa final de sistematização das contribuições das ICTs regionais. “Nós, da Universidade Federal do Amazonas, estamos muito honrados em sediar esse evento, que é o resultado de alguns meses de trabalho de 70 instituições que se debruçaram e levantaram toda a pesquisa produzida em suas instituições que tragam soluções de mitigação e adequação às mudanças climáticas. Esse resumo que será entregue amanhã à presidência da COP30 é o resultado do trabalho dos nossos pesquisadores em todos os seis eixos temáticos”, afirmou a professora Tanara Lauschner.

De fato, o conjunto de iniciativas foi agregado a partir da adesão a cada um desses eixos, os quais foram subdivididos em 30 objetivos: 1) Transição nos setores de energia, indústria e transporte; 2) Gestão sustentável de florestas, oceanos e biodiversidade; 3) Transformação da agricultura e dos sistemas alimentares; 4) Construção de resiliência em cidades, infraestrutura e água; 5) Promoção do desenvolvimento humano e social; e ainda 6) Objetivos transversais – Catalisadores e aceleradores, incluindo financiamento, tecnologia e capacitação.

Secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Conselhão, Olavo Noleto expôs a relevância de trazer o evento para o Amazonas. “Nós defendemos ardorosamente a preservação da Amazônia. Mas, para isso, é preciso antes propor soluções. Este debate aqui em Manaus já é parte da COP 30. Nós, do Conselhão, nos atrevemos a provocar, mas esta é uma construção das instituições amazônicas”, disse.

Para o secretário nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Aloísio Lopes, a mudança do clima ameaça cada dia mais os ecossistemas do planeta e as populações mais vulnerabilizadas. “O protagonismo do Brasil, como presidência da COP 30, é no sentido de trazer à responsabilidade os governos, mas também a iniciativa privada, a sociedade civil e as comunidades locais, engajando-as na geração de soluções. O Brasil se apresenta como um país que produz conhecimento, tecnologia e soluções; fazendo isso num ambiente que é democrático e dialógico. Temos metas ambiciosas, e sabemos que o nosso desenvolvimento está vinculado à solução da crise climática global. Trabalhamos pelo desenvolvimento sustentável com justiça climática a partir de uma agenda estratégica”, explicou o representante ministerial.

Protagonismo amazônico

A iniciativa está sendo coordenada por um conjunto de instituições amazônicas: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), também como anfitriã do evento, Universidade Federal do Pará (UFPA), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes (Norte), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif/Norte), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/MS), Instituto Evandro Chagas (IEC/MS, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Rede de Universidades Estaduais da Amazônia Legal (Abruem).

Ao lado da Ufam na organização local mais direta do encontro estão a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). De acordo com a diretora-presidente da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes destacou o papel dessa instituição para o aspecto da saúde. “Nós sabemos que as mudanças climáticas afetam mais fortemente as populações vulnerabilizadas, e essa é uma realizada com a qual convivemos na Amazônia. Então, é importante para a Fiocruz estar nessa agenda como protagonista e colocar que não se pode falar de clima sem abordar a saúde dessas populações. E temos contribuído muito nesse aspecto”, revelou.

Em complemento, o diretor-presidente do Inpa, Henrique Pereira, deu ênfase ao trabalho metodologicamente orientado para compor o documento final. “Temos uma comunidade potente no ecossistema de ciência, tecnologia e inovação, com mais de 400 infraestruturas, entre universidades, institutos, organizações, organismos diversos.  O que o comitê central fez foi receber as contribuições e conduzir a metodologia de consulta aos pesquisadores e atores com iniciativas dentro dos eixos temáticos. Hoje reunimos os grupos para fechar o texto que será entregue ao presidente da COP30, com a presença de observadores”, afirmou Henrique Pereira, que também é docente da Ufam.

 

Dia 02: 20 de agosto de 2025, a partir de 9h

Local: Auditório Eulálio Chaves - Campus Universitário Sen. Arthur Virgílio Filho - Setor Sul

9h - 10h – Credenciamento de participantes

10h30 - 13h – Encerramento com Autoridades & Entrega das NDCs da Amazônia

 

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