Agosto Lilás - Ufam realiza ação no Puraquequara sobre economia circular e palestra sobre violência doméstica com mulheres indígenas venezuelanas
Na manhã desta terça-feira, 12 de agosto, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizou duas ações, simultaneamente, referentes à Programação do Agosto Lilás. A primeira, aconteceu na Oca do Conhecimento Ambiental, no bairro Puraquequara, com uma roda de conversa intitulada “Elas na economia circular: uma abordagem Ecodesign”, ministrada pela professora Sheila Cordeiro Mota. A segunda ação também foi uma roda de conversa, mas dessa vez sobre violência de gênero com mulheres indígenas venezuelanas, em parceria com o Juizado Especializado de Combate a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, no Serviço de Acolhimento Provisório para Venezuelanos Indígenas -Sapvi.
A iniciativa faz parte da Operação Shamar, realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), em agosto, para fortalecer as ações ostensivas, repressivas e preventivas no combate aos crimes contra a mulher.
Ecodesign
Já pensou em transformar banner em bolsa? Foi com essa proposta e com os insumos doados para a produção que a professora Sheila Cordeiro Mota, apresentou a roda de conversa “Elas na economia circular: uma abordagem Ecodesign”, na Oca do Conhecimento Ambiental, no bairro Puraquequara. O encontro reuniu artesãos da comunidade.
De acordo com a coordenadora da Oca do Conhecimento Ambiental, Antônia Francineia Souza da Silva Bastos, a Oca trabalha com apoio escolar às crianças que têm dificuldade no contraturno da escola regular sobre a educação ambiental, mas também atende as famílias. “Temos oficinas sustentáveis em que convidamos artesãos da comunidade para trocar experiências. Falar sobre economia circular, para essa comunidade específica, é muito importante porque a maioria das famílias são chefiadas por mulheres e o artesanato funciona como complemento de renda, além de participar ativamente da preservação ambiental, já que esse é o nosso foco”, explicou a coordenadora.
Para a professora da Ufam e responsável pela Assessoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (ARII/Ufam), docente Sheila Cordeiro Mota, os insumos (banner) doados para a Oca do Conhecimento Ambiental ganham um novo destino e uma nova função para um produto que já cumpriu o seu papel. “Nesses processos que envolvem economia circular, trabalha-se com a aplicação sistemática de conhecimentos (métodos, técnicas, processos e produtos) para a solução de problemas identificados pela própria comunidade, de forma a evitar efeitos negativos sobre a sociedade, economia, a cultura e o meio ambiente que será aplicada. Ficamos felizes de ter trazido os banners e por ter tido essa troca com a comunidade, afinal com criatividade e boas ideias as artesãs recolocam esse material, de forma circular, na economia”, destacou a docente.
A coordenadora da Proext e responsável pelas ações do Agosto Lilás na Ufam, professora Andreza Gomes Weil, durante a conversa, lembrou que uma das formas das mulheres saírem de ciclos de violências passa pela independência financeira. “É fundamental pensarmos em mecanismos, como os abordados pela economia circular, que funcionem como alternativas à independência financeira das mulheres”, destacou.
Para a artesã Elizandra da Silva, além da satisfação pessoal, de conseguir fazer algo criativo e de contribuir com o meio ambiente, ela utiliza o artesanato como complemento de renda. ‘Foi através de uma dificuldade que comecei a fazer trabalhos manuais. O artesanato ocupa a mente, ajuda o meio ambiente e complementa minha renda. Aprendi a costurar, fazer boneca de pano, sacolas, bolsas de banner etc”, contou.
Mulheres indígenas venezuelanas
Dentro da programação do Agosto Lilás promovida pela Ufam, outra roda de conversa, conduzida pela Assistente Social, Cyntia Ribeiro Bezerra, e a estagiária e estudante de Serviço Social da Ufam, Linda Eduarda da Costa Feitoza, abordou violência de gênero para as mulheres indígenas venezuelanas. A iniciativa é uma parceria com o Juizado Especializado de Combate a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, e aconteceu no Serviço de Acolhimento Provisório para Venezuelanos Indígenas -Sapvi.
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