Seletor idioma

Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > Em Congresso Brasileiro, professor da Ufam é homenageado pela excelência das pesquisas em Biologia Sintética
Início do conteúdo da página

Em Congresso Brasileiro, professor da Ufam é homenageado pela excelência das pesquisas em Biologia Sintética

Acessos: 251

A trajetória científica do professor Spartaco Astolfi‑Filho, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), foi reconhecida nacionalmente com a criação do Prêmio Spartaco Astolfi‑Filho de Excelência em Biologia Sintética, concedido durante o II Congresso Brasileiro de Biologia Sintética, realizado de 30 de julho a 1º de agosto de 2025, na Universidade de São Paulo (USP). A honraria, instituída pela Sociedade Brasileira de Biologia Sintética, visa destacar profissionais com contribuições relevantes nas áreas de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Na edição inaugural, o prêmio foi entregue ao próprio professor Spartaco como reconhecimento a mais de quatro décadas de dedicação à ciência, consolidando-se como referência nacional em Biotecnologia e Engenharia Genética. A partir de agora, a premiação será incorporada às próximas edições do congresso, valorizando trajetórias que impactam o campo da biologia sintética no País.

Com formação em Biologia pela Universidade de Brasília (UnB), mestrado em Biologia Molecular pela mesma instituição e doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Spartaco construiu uma carreira que alia ciência de ponta, inovação e compromisso com a formação de novos pesquisadores.

Ainda nos anos 1980, em parceria com a Biobrás S.A., participou do desenvolvimento da primeira tecnologia nacional para a produção de insulina humana por meio de engenharia genética e fermentação bacteriana — um marco para a biotecnologia brasileira. Também liderou, em colaboração com o Centro de Biotecnologia do Rio Grande do Sul, a produção inédita da enzima Taq DNA Polimerase no Brasil, essencial para exames moleculares como os de diagnóstico genético.

Tratejória na Ufam - 

Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) desde 1995, o professor Spartaco Astolfi-Filho foi protagonista na consolidação da pesquisa em biotecnologia na região Norte. Entre suas contribuições, destacam-se a criação do Programa de Pós-Graduação Multi-institucional em Biotecnologia, a coordenação da Rede Bionorte e a liderança na fundação do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).

Ele também esteve à frente da Rede Genômica da Amazônia Legal (Realgene), responsável pelo sequenciamento do genoma do guaraná — planta emblemática da biodiversidade amazônica e de alto valor econômico. Mais recentemente, colaborou com a Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. no desenvolvimento da tecnologia de produção do hormônio de crescimento humano (CRISCY), molécula que hoje supre grande parte da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) e é distribuída em parceria com a Fiocruz.

Sua atuação científica se alia a um papel marcante na formação acadêmica: orientou mais de 80 dissertações de mestrado e 50 teses de doutorado, publicou 148 artigos científicos e coordenou equipes da Ufam em edições internacionais da competição iGEM, com projetos inovadores em biossensores ambientais e terapias genéticas.

Durante a pandemia de Covid-19, coordenou estudos sobre diagnóstico molecular do coronavírus com apoio da Fapeam, em parceria com a Fiocruz Amazônia e outras instituições. Seu grupo contribuiu para o desenvolvimento de testes de RT-qPCR e ELISA voltados à detecção do SARS-CoV-2. Mais recentemente, por meio do CDTECH e do CAM, tem incentivado a criação de startups na área de biotecnologia molecular e bioeconomia.

Ao receber a homenagem que batiza o Prêmio Spartaco Astolfi-Filho de Excelência em Biologia Sintética, o professor destacou o valor simbólico da iniciativa para as novas gerações de cientistas. “Esse reconhecimento é um sopro de esperança para músicos da ciência: as sementes que plantei com meus alunos agora germinam e iluminam caminhos antes obscuros. É uma homenagem às gerações futuras que transformarão desafios regionais em soluções globais”, afirmou.

Spartaco também defendeu o potencial estratégico da biologia sintética para o desenvolvimento sustentável, especialmente na Amazônia. Para ele, iniciativas como o prêmio representam mais do que homenagens individuais — são convites à construção de um futuro científico ancorado na diversidade, na inclusão e na inovação.

Com a criação do prêmio que leva seu nome, o Congresso Brasileiro de Biologia Sintética reforça o compromisso com a valorização de trajetórias transformadoras e abre espaço para que novas lideranças científicas floresçam em solo nacional.

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página