HUGV-Ebserh realiza Mutirão de Cranioplastia e, em parceria com a Faculdade de Medicina, promove evento sobre Neurotrauma
Atividades seguem até sexta, 6, com a proposta de aliar avanços na neurocirurgia, formação profissional na região amazônica e atendimento humanizado pelo SUS
Com informações da Assessoria da Ebserh
Revisão: Rozana Soares, equipe Ascom
O Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ebserh) promove, até esta sexta-feira, 6, uma ação inédita no Amazonas: o Mutirão de Cirurgias de Cranioplastia, beneficiando pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento cirúrgico tem o objetivo de reparar a área craniana pela correção de deformidades ou defeitos ósseos, e pode ser realizado após lesão, trauma, infecção, tumor, cirurgia prévia ou em decorrência de deformidades craniofaciais.
A cirurgia destina-se a pacientes que passaram por craniectomia descompressiva, ou seja, é realizada em casos de traumatismo cranioencefálico grave e tem o objetivo de aliviar a pressão interna no crânio. Durante o mutirão, serão realizados quatro procedimentos diários, totalizando 20 cranioplastias ao longo da semana.
Os atendidos foram selecionados a partir do Ambulatório de Neurotrauma do HUGV, o primeiro específico para vítimas de trauma de crânio em toda a região. Eles se enquadram no perfil de adultos jovens, entre 30 e 40 anos, que têm limitações físicas ou sociais devido à ausência da proteção óssea no crânio. Como principal resultado da atividade, busca-se reduzir espera pela cirurgia no estado.
Debate pioneiro
Simultaneamente, ocorre o I Simpósio Amazonense de Neurotrauma, com atividades científicas, cursos práticos e palestras voltadas a neurocirurgiões, residentes e outros profissionais da saúde. O evento, que é resultado da parceria entre o HUGV, a Faculdade de Medicina da Ufam e a Academia Brasileira de Neurocirurgia (ABNC), posiciona Manaus no centro das discussões sobre os avanços e os desafios da neurocirurgia no Brasil e se destaca pela abordagem de temas fundamentais à prática neurocirúrgica, além de promover o intercâmbio de conhecimentos e o fortalecer a educação médica na região Norte.
Como explica o neurocirurgião Robson Amorim, supervisor do Programa de Residência Médica em Neurocirurgia do HUGV, o Simpósio ajuda a disseminar conhecimentos avançados na área de neurocirurgia, além de fortalecer a educação continuada e as redes de colaboração entre os profissionais do segmento. “É uma oportunidade única para abordar os desafios específicos da região amazônica, promovendo melhorias nas práticas aplicadas ao SUS”, aponta o neurocirugião do HUGV.
O Simpósio também tem a meta de capacitar profissionais da saúde e impulsionar o desenvolvimento acadêmico na região. A neurocirurgiã Jucilana dos Santos, uma das idealizadoras do evento, enfatizou a relevância de promover atividades educacionais na região Norte. “Estamos trazendo colegas do Rio de Janeiro e de São Paulo que contribuirão com o evento, o que é fundamental para ampliarmos a rede de conhecimento e melhorar a educação em nossa região”, afirma ela.
Programação
- Cursos Práticos: Treinamento em técnicas avançadas e uso de tecnologias inovadoras, com quatro cursos pré-simpósio: (1) Doppler Transcraniano/ US Bainha Nervo Óptico; (2) Monitorização Invasiva e Não-invasiva da Pressão Intracraniana; (3) Passo a Passo: Avaliação da Neuroimagem (TC Crânio) no Neurotrauma; e (4) Protocolo Morte Encefálica.
- Mutirão: Realização de cranioplastia para pacientes craniectomizados.
Sessões Científicas e Palestras: Abordagem de temas relevantes para a prática neurocirúrgica.
- Discussões Interativas: Sessões de perguntas e debates após as palestras.
Sobre a Rede Ebserh
O HUGV-Ufam faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do SUS ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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