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ICSEZ Ufam realiza Oficina de fotografia junto às comunidades quilombolas do Andirá

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“Foi um dia de imensa partilha de conhecimentos e experiências.  A ideia é que essas fotos, entre outras mídias que serão produzidas nas oficinas, ajudem a construir a narrativa de um povo cuja identidade faz parte da história do Amazonas e ainda hoje é silenciada”, destacou a professora Marina Magalhães, coordenadora do projeto Cidadania Digital

Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

Com informações do Projeto Cidadania Digital (ICSEZ/Ufam)

O projeto Cidadania Digital do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), unidade acadêmica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no município de Parintins, promoveu, na tarde da última terça-feira, 23, em parceria com o Instituto Cultural Ajuri, a Oficina de Introdução à Fotografia na comunidade quilombola de Santa Tereza do Matupiri, em Barreirinha-AM.

Cidadania Digital - Etapa de campo

A oficina foi ministrada pelo professor do curso de Comunicação Social/Jornalismo Marcelo Rodrigo, que introduziu conceitos básicos de fotografia para um público de 40 pessoas, de cinco comunidades quilombolas do rio Andirá, as quais integram a Federação das Organizações Quilombolas do Município de Barreirinha (FOQMB).

A visita à comunidade inaugurou a etapa de campo da pesquisa Cidadania Digital e contou com a presença da coordenadora, professora Marina Magalhães, do bolsista de apoio técnico Sebastião Nascimento e dos professores Marcelo Rodrigo e Adriano da Silva, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Também estiveram presentes o artista visual Levi Gama, que em breve deve ministrar a oficina de quadrinhos na comunidade, e o presidente do Instituto Cultural Ajuri (INCA) Marcos Moura, que apresentou o projeto da Escola Afro-Amazônica e promoveu uma roda de conversa sobre a cultura negra na região.

Teoria e prática

A oficina foi dividida em dois momentos. O primeiro, mais introdutório e conceitual e o segundo, dedicado à prática da fotografia na comunidade. Os participantes vindos de Boa Fé, Ituquara, São Pedro e Trindade, além daqueles que moram em Matupiri, foram desafiados a fotografar o local de que mais gostam ou elementos tradicionais que traduzam o sentimento de pertencimento característico das comunidades quilombolas.

O professor Marcelo Rodrigo destaca que a oficina buscou entender o olhar dos quilombolas sobre as suas comunidades. “Foi uma experiência enriquecedora conhecer a riqueza cultural e as percepções visuais dos povos quilombolas do interior do Amazonas. Somos habituados a receber conteúdo midiático muito associado às visualidades dos povos indígenas amazônicos e pouco espaço é dado ao povo negro que também constitui as raizes amazônicas. Precisamos abrir mais espaços e novos olhares para essas questões”, avalia o membro do projeto.

Partilha de conhecimentos

Na ocasião, a coordenadora do Cidadania Digital realizou a apresentação do projeto aos membros das comunidades que integram a FOQMB.  No centro de encontros da Federação, a docente mostrou quais atividades serão desenvolvidas de forma colaborativa e esclareceu detalhes do projeto para todos, abrindo um diálogo em torno das demandas da comunidade.

“Fomos muito bem recebidos e acolhidos pela presidência da Federação e pelas comunidades envolvidas. Foi um dia de imensa partilha de conhecimentos e experiências”, relata a professora Marina Magalhães. “A oficina de fotografia superou as expectativas da nossa equipe em números de interessados. A ideia é que essas fotos, entre outras mídias que serão produzidas nas oficinas, ajudem a construir a narrativa de um povo cuja identidade faz parte da história do Amazonas e ainda hoje é silenciada”.

Sobre o Projeto Cidadania Digital

O projeto Cidadania Digital tem como instituição executora a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no âmbito do Grupo de Pesquisa Visualidades Amazônicas (VIA/CNPQ), e resulta de uma parceria com o Centro Internacional de Pesquisa ATOPOS (ECA/USP) e a Universidade Federal de Goiás (UFG), entre outras instituições parceiras. A pesquisa é financiada pelo Programa Humanitas – Edital 05/2022 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

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