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Projeto de extensão ‘Jornalismo Indígena’ ganha menção honrosa em congresso de ensino de jornalismo

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A honraria foi concedida pela Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo pela apresentação do projeto no 22º Encontro Nacional de Ensino de Jornalismo, por indicação do GP Atividades de Extensão, onde o relato da experiência foi apresentado

Texto: Milena Monteiro Soares/Jornalismo Indígena/Mediação (Ufam)/Camila Barbosa Oliveira/Jornalismo Indígena/Mediação (Ufam)/Sofia Castro Lourenço/Jornalismo Indígena/Mediação (Ufam).

Fotos: Camila Barbosa Oliveira/Jornalismo Indígena/Mediação (Ufam).

O projeto de extensão ‘Jornalismo Indígena’, vinculado ao curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas e à comunidade indígena Parque das Tribos, foi contemplado com menção honrosa da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo pela apresentação do relato de experiência da ação no 22º Encontro Nacional de Ensino de Jornalismo (ENEjor), por indicação dos membros do Grupo de Pesquisa (GP) Atividades de Extensão, onde o trabalho foi apresentado.

O 22º ENEJor aconteceu em conjunto com o III Congresso de Jornalismo da Amazônia (CONJor), realizado na última semana de abril na Ufam e nas demais instituições de ensino que oferecem cursos de Jornalismo em Manaus.

“Este projeto se mostrou fundamental no diálogo com comunidades indígenas e enriquecedor para a formação do jornalista”, afirmou a professora Lisbeth Oliveira, coordenadora do GP Atividades de Extensão do 22º Enejor.

O relato de experiência foi feito no GP pela professora Mirna Feitoza, coordenadora do projeto, pelo cacique Ismael Munduruku, da comunidade Parque das Tribos, e pelas estudantes de Jornalismo da Ufam Camila Barbosa Oliveira, Milena Monteiro Soares e Sofia Castro Lourenço.

“O projeto foi recebido com entusiasmo pelos participantes do GP, sendo destacado como uma experiência muito significativa para a extensão universitária, pela maneira comoa parceria tem se desenvolvidona comunidade, no diálogo e na escuta”, disse a professora Mirna Feitoza.

Além do cacique Ismael Munduruku, também estiveram presentes na sessão de apresentação do projeto a liderança indígena Elisa Sateré, da comunidade Parque das Tribos, e três comunicadores indígenas da Rede Wayuri de Comunicação do Rio Negro, Claudia Ferraz, do povo Wanano, Álvaro Socot, do povo Hupdah, e Ray Baniwa.

No mesmo horário da apresentação do relato de experiência do projeto, a professora Ítala Clay de Oliveira Freitas(FIC-UFAM) apresentou o trabalho “Começar pelas crônicas: primeiros rascunhos para a composição textualno jornalismo indígena”, no GP Processos pedagógicos e metodologias de ensino, derivado da experiência desenvolvida na terceiraoficina do projeto Jornalismo Indígena no Parque das Tribos.

Comunicação e jornalismo indígenas

Outra atividade do projeto Jornalismo Indígena que compôs a programação dos congressos de jornalismo realizados em Manaus foi a mesa “Comunicação e Jornalismo Indígenas na Amazônia”, composta por Isael Munduruku Franklin Gonçalves, da comunidade indígena Parque das Tribos; Yuri Magno Silva, da Rádio Sapupema, A Voz dos Povos Indígenas do Brasil; Rosana Brito Xavier, da Rede de Mulheres Indígenas Makira-eta; Claudia Ferraz, da Rede Wayuri de Comunicação do Rio Negro, com mediação da professora Mirna Feitoza Pereira (FIC-UFAM).

Durante a mesa, os indígenas falaram sobre as experiências de comunicação desenvolvidas em suas comunidades, destacando as dificuldades, conquistase expectativas em relação à comunicação e ao jornalismo protagonizado por indígenas.

“O fato da gente estar aqui hoje vem dessa necessidade de mostrar um pouco mais a comunidade indígena, de fazer com que ela apareça também. Nós temos as dificuldades, mas temos coisas boas também. Quem tem que contar a história do povo indígena é o próprio indígena, lá da comunidade”, ressaltou o comunicador Yuri Magno, da Rádio Sapupema.

Isael Munduruku destacou as oficinas do projeto Jornalismo Indígena da Ufam no Parque das Tribos. “Todos os profissionais envolvidos nas oficinas até agora foram muito importantes paraque tivéssemos a percepção de como o jornalismo pode mudar a realidade de populações inteiras”, afirmou.

Durante a mesa, ocorreu também uma interação entre ascomunicadoras indígenas Daniele Baré, do Parque das Tribos, e Cláudia Wanano, da Rede Wayuri, a respeito do processo de criação de um coletivo de comunicação indígena.

A mediadora da atividade ressaltou que a mesa foi um marco na interação da universidade com as comunidades indígenas que têm investido na comunicação e no jornalismo para expressar as suas lutas e pontos de vistas. “Nós conseguimos mobilizar e articular por meio dos congressos quatro experiências sobre a a formação e a produção da comunicação e do jornalismo protagonizados por indígenas, fortalecendo as lutas e o ponto de vista indígenaem suas comunidades e na sociedade’’, disse a professora Mirna Feitoza.

 

 

 

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