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Alunos do Benin, Gerald Doheto e Nounangnon Freeman, concluem curso de Arquitetura e Urbanismo

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A formação dos arquitetos na Ufam foi viabilizada pelo Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Como Gerald e Nounangnon, mais 13 alunos estrangeiros realizam a graduação em diversos cursos na Ufam

 Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

Ao apresentarem seus trabalhos finais de graduação, os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Gerald Doheto e Nounangnon Freeman, concluíram todas as etapas da graduação em Arquitetura e Urbanismo.

Naturais de Benin, país do oeste africano, Gerald Doheto e Nounangnon Freeman cursaram a graduação no Brasil através do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que oferece a estudantes estrangeiros a oportunidade de realizar seus estudos de graduação em Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, contribuindo, dessa forma, para a internacionalização das instituições participantes e para a difusão das perspectivas brasileiras pelo mundo. 

Como eles, mais 13 alunos estrangeiros de países como Gabão, Camarões, Gana e Congo realizam  cursos como Geologia, Odontologia e Ciências Sociais na Ufam.

Segundo o assessor de relações Internacionais e Interinstitucionais da Ufam, professor Henrique Pereira,  a Ufam  tem se mantido com  participação constante no  Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas e particulares e que oferece vagas para cidadãos de países em desenvolvimento cursarem o ensino superior no Brasil. "Todos os anos, a ARII consulta todas as coordenações de cursos sobre a oferta de vagas para estudantes estrangeiros e essas vagas são ofertadas aos Ministérios para a seleção aberta a todos os países parceiros. A pré-seleção dos candidatos é feita pelas missões diplomáticas brasileiras que encaminham a relação dos candidatos para os ministérios que, por sua vez, encaminham para a Ufam. Além de ser um mecanismo de internacionalização das nossas universidades e de difusão da língua portuguesa, a presença do aluno estrangeiro em nossa comunidade  enriquece em diversidade a nossa universidade. Ao regressar ao seu país, o egresso irá contribuir para o desenvolvimento da área na qual se graduou e atuará como um embaixador da Ufam, atraindo novos estudantes e, eventualmente, parcerias entre organizações de seu país com a Ufam", declarou o gestor.

Gerald defendeu, no dia 10 de fevereiro, a monografia “Brinca: um espaço recreativo e cultural infantil”,  trabalho que teve como banca examinadora o professor Marcos Cereto, na condição de presidente e orientador do trabalho; o coorientador Antonio Roberto Moita Machado e as professoras Isabella de Bonis Silva Simões e José Carlos Bonetti. Nounangnon defendeu o  trabalho intitulado “Marché de Ganvié”, que propõe a construção  de um mercado na vila lacustre de Ganvie, no Benin.

Trajetória vitoriosa

Orientador dos trabalhos, o professor Marcos Cereto destacou a trajetória vitoriosa dos alunos. “Gerald e Nounangnon  são vencedores. Mudaram de continente, mudaram de país, aprenderam uma nova língua e vieram realizar a graduação no Brasil, na Amazônia, aqui em Manaus. Ao longo do período em que estiveram conosco foram muitos desafios na comunicação, na cultura, mas  sempre foram alunos que souberam se posicionar, souberam nos ensinar e, principalmente, mostrar que o Benin é parte do Brasil, sendo um dos povos originários do nosso país”.

Gratidão

Aluno de destaque, Gerald trabalha atualmente no escritório de arquitetura de Roberto Moita. Ele comenta como foi sua trajetória acadêmica dentro da Ufam. “Iniciei o curso no ano letivo de 2017 logo após concluir o curso de Língua Portuguesa, o que já foi um grande desafio. Eu passeava pelas salas de aula antes de o curso iniciar, uma verdadeira aula de História da Arquitetura. Logo no começo do curso, fiquei muito empolgado durante uma aula de Planejamento Urbano, ministrada pelo professor Gonzalo Melgar. Com o passar do tempo, percebi que não seria fácil cursar Arquitetura. Entre trabalhos entregues atrasados, dificuldade com a língua em provas e em aulas, noites acordadas para fazer maquetes e projetos, uma quase desistência de uma matéria por não aguentar mais a pressão, eu consegui manter o sonho de fazer um projeto voltado para crianças no final do curso. Tal como sonhado, foi feito. Quando iniciei o TFG1, a banca sugeriu ajustes no que considerava falhas da proposta e isso foi impactante para mim, pois eu tinha passado muitas noites acordado e estava muito cansado. Mas depois eu peguei um fôlego e, com a super orientação que recebi, acertei uma proposta mais chegada ao conceito que eu almejei. Foi uma surpresa quando recebi o veredito da banca. Foi um alívio tão grande. Pensei que tudo valeu a pena. Pensei na minha família, que não vejo há mais de 6 anos e fiquei muito feliz. Eu queria agradecer a mim por ter transformado tudo isso em uma realidade; agradecer a minha família por ter me proporcionado tanto apoio e amor; agradecer aos colegas da faculdade e aos professores do curso por terem me guiado em muitos momentos nessa caminhada e agradecer aos colegas do programa PEC-G por estarem também sempre ao meu lado durante o processo”, ressaltou Gerald.

 

 

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