XXV edição do Curso de Extensão em Defesa Nacional destaca defesa nacional como assunto de todos os cidadãos brasileiros
Evento acontece na modalidade presencial no auditório Eulálio Chaves até o próximo dia 21 de outubro. Interessados também podem acompanhar a programação do evento através do canal da Ufam no You Tube
Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam
Teve início, na noite desta segunda-feira, 17, o XXV Curso de Extensão em Defesa Nacional. O curso é resultado de uma parceria entre o Ministério da Defesa e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e tem como público de interesse graduandos, pós-graduandos, professores, militares, sociedade civil e demais interessados na temática Defesa Nacional.
Durante a solenidade de abertura, o reitor, professor Sylvio Puga, agradeceu a confiança do Ministério da Defesa para que o evento fosse realizado na Ufam. “O tema Defesa é um tema de Estado. Quero dizer que a Ufam se sente muito honrada por ter tido a confiança do Ministério da Defesa para sediar este evento. Eu sei que esse curso poderia ter sido realizado em qualquer instituição coirmã, mas a escolha da Ufam, para nós, tem um significado muito especial, pois além de ampliar o nosso entendimento sobre Defesa, viabiliza fazermos mais parcerias. Obrigado por confiarem em nossa Universidade. A Ufam fará o melhor por esse evento”, discursou o reitor.
Ufam - 113 anos de atuação na Amazônia
Ele também ressaltou o destaque da Amazônia no cenário internacional. “O Brasil é muito conhecido, tradicionalmente, no mundo, pelo futebol e pelo samba. Agora é também muito conhecido pela Amazônia, esse local privilegiado no qual está instalada a nossa Universidade, a qual tem papel fundamental para a formação de recursos humanos. Há 113 anos, Eulálio Chaves, em uma visão de futuro, pensou a Escola Universitária Livre de Manaos no coração da floresta amazônica. Assim como ele pensou o futuro do nosso estado, vocês também, participantes deste evento, estão pensando o futuro da Amazônia”, ressaltou o gestor da Ufam.
Defesa Nacional - assunto de todos os brasileiros
Representando o chefe de Educação e Cultura do Ministério da Defesa, o chefe da Assessoria de Estudos de Defesa, coronel Celso Bueno da Fonseca, destacou que a defesa nacional é assunto de todos os cidadãos brasileiros. “O Brasil é pacífico por tradição e por convicção. Vive em paz com seus vizinhos. Rege suas relações internacionais, dentre outros, pelos princípios constitucionais da não intervenção, da defesa da paz e da solução pacífica dos conflitos. Inseriu em sua Constituição a proibição para o emprego de armas nucleares e esse traço é parte da identidade nacional e um valor a ser conservado pelo povo brasileiro. O fato de não termos nenhum país que possa ser considerado inimigo, pelo menos a curto prazo, faz com que o brasileiro, de maneira geral, tenha dificuldade em compreender a existência das Forças Armadas como instituições permanentes e que a defesa nacional seja assunto afeto somente aos militares. Para reverter essa situação, a Política Nacional de Defesa objetiva ampliar o envolvimento da sociedade brasileira nos assuntos de Defesa Nacional”, afirmou.
Conferência de abertura
Após a solenidade de abertura, o coronel Celso Bueno da Fonseca proferiu a conferência intitulada “Uma análise dos conceitos de Segurança e Defesa adotados pelo Ministério da Defesa”. Durante sua apresentação, ele destacou a dependência tecnológica e a insegurança de sistemas de informação como as principais vulnerabilidades identificadas no cenário de defesa 2020-2039 do Ministério da Defesa.
Agendas do Conselho de Segurança da ONU e perspectivas
A segunda palestra da noite, intitulada “O Conselho de Segurança da ONU em face das grandes questões que afetam a estabilidade internacional: reflexos para o Brasil”, foi proferida pelo professor Alcides Costa Vaz, da Universidade de Brasília (UnB). Durante a apresentação, ele destacou as mudanças climáticas, segurança do ciberespaço, as emergências sanitárias e as pandemias como temas emergentes da agenda temática do Conselho de Segurança das Nações Unidas e citou conflitos como a Guerra Nagorno-Karabakh, o golpe em Mianmar, a escalada de violência entre Israel e Palestina e a invasão da Ucrânia pela Rússia como crises recentes que se tornam desafios constantes para a construção da governança da segurança global. “O mundo é mais estável quando é menos propenso à guerra e os conflitos regionais são um bom termômetro para avaliar a estabilidade ou a instabilidade no mundo. O multilateralismo está em crise e temos o desafio de tornar funcional os mecanismos de segurança já criados”, ponderou.
Expectativas dos participantes
Francinete da Silva Ferreira, graduanda do curso de Relações Internacionais da Faculdade La Salle, comentou sobre as expectativas dela em relação ao evento. “Meu principal interesse é adquirir conhecimento sobre segurança internacional, segurança nacional, sobre o conselho de segurança da ONU e também, saber mais sobre como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode nos impactar econômica, financeira e até psicologicamente”, declarou.
Defesa estratégica da Amazônia
Para o egresso do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, Rodrigo Lima, as palestras trazem à sociedade importante reflexão acerca do papel das Forças Armadas na sociedade. “Meu interesse nas palestras deste curso é a obtenção da contextualização dos temas de relevância que possam contribuir para a preparação do meu pós-doutorado, principalmente, os relacionados aos temas Amazônia e Brasil, dentro do contexto das relações internacionais”, declarou o pesquisador, que realiza trabalhos sobre a defesa estratégica da Amazônia.
Programação
Nesta terça-feira, 18, a programação continua a partir das 18h30, no auditório Eulálio Chaves, com as palestras “O Ministério das Relações Exteriores e a Defesa Nacional”, “A relação entre a Inteligência de Estado e a Defesa Nacional” e “Políticas Públicas de CT&I e Defesa Nacional”.
Confira a programação completa AQUI .
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