Seletor idioma

Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > Estudantes indígenas do PPGAS da Ufam, de várias etnias, participam da 9ª edição do Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas
Início do conteúdo da página

Estudantes indígenas do PPGAS da Ufam, de várias etnias, participam da 9ª edição do Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas

Acessos: 1364

Por Juscelino Simões

Equipe Ascom

A 9ª edição do Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (9º ENEI), sediado na Universidade Estadual de Campinas (SP), a partir desta terça-feira, 26, conta com a participação de dez estudantes do Colegiado Indígena do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS). São doutorandos e mestrandos indígenas que estarão ministrando uma oficina e falando um pouco sobre o Colegiado Indígena no evento.

Dez acadêmicos indígenas do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Ufam (PPGAS/Ufam) oriundos de povos distintos como: Desano, Tukano, Baniwa, Kukama, Tikuna, Wai Wai, Wanano, Bará, Sateré-Mawé, Kambeba, representando a diversidade dos povos indígenas se fazem presente na 9ª edição do Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas. A presença desses acadêmicos realça o aldeamento dos indígenas nas instituições e permitem sair de objetos de pesquisa e dar voz aos irmãos que, por não possuir o "título" necessário, não lhes é dado a devida importância.

“Os nossos Kumuã, que possuem sabedoria ancestral, não são valorizados nas instituições. É nessa função de trazer a importância que os Papera Kumuã, doutores e mestres, títulos dados por um certificado (papel) partilham as cuias de saberes no Encontro (ENEI) para que não sejamos engolidos pelo matapi (armadilha de pesca) das instituições. Bem como, realçar a importância do aldeamento nos mais diversos espaços, além de divulgar os trabalhos que viemos executando com nossas pesquisas. Cada participante é de importância, pois cada um trabalha com diferentes campos epistemológicos, como, dança, política, bebida, rito, corpo, conexão espiritual, dentre outros”, destacou a doutoranda Rosijane Fernandes Moura (Pirõdihó) da etnia Tukano e vice representante do Colegiado Indígena.

Cerca de dois mil universitários de todo Brasil participam do evento, número recorde segundo a organização, para uma programação cultural e de debates de conscientização, que reúne intelectuais, ativistas e artistas indígenas.

Entre os eventos, há debates, oficinas, simpósios temáticos e atividades culturais e formativas. O ENEI é realizado desde 2013, quando ocorreu a primeira edição na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). O Encontro promove o debate para que os saberes ancestrais sejam propagados e reconhecidos nas dinâmicas e problemas do mundo moderno, e seja enfatizado e cobrado o respeito à população indígena.

Colegiado Indígena

Criado em 2012, a fim de representar os estudantes indígenas do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), o Colegiado Indígena congrega e representa atualmente 42 estudantes de diferentes procedências étnicas e territoriais da Amazônia. O Colegiado exerce um papel vital para a proposição, o avanço e a consolidação de políticas acadêmicas específicas na pós-graduação em Antropologia da Ufam, tendo influenciado e sido referência para muitos outros programas de pós-graduação no Brasil.    

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página