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Opa! Mostra de curtas lança filmes no Caua dia sete de março

Publicado: Quinta, 06 de Março de 2025, 14h31 | Última atualização em Quinta, 06 de Março de 2025, 15h09 | Acessos: 195

por Assessoria do Museu Amazônico editado por Ascom/Ufam 

O projeto apresentará filmes amazonenses, oriundos das oficinas realizadas em três bairros de Manaus.

No próximo dia sete de março, a partir das 18h30, na sede do Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua), localizado na Rua Monsenhor Coutinho, Centro de Manaus, acontece a Mostra de Filmes da Oficina de Produção Audiovisual – OPA Manaus, realizada em 2024 com apoio do Edital Manaus Identidade Cultural Audiovisual. A Mostra é gratuita e exibirá os filmes Pintura Ancestral, dirigido e roteirizado por Thais Kokama, coordenadora do Cine Aldeia; Nunca Mais, com direção de Murilo Henrique, Dilema de Antônia dirigido por Orlando K Junior e Todas as Vozes, de Shaydson Souza.

O coordenador do projeto é o produtor audiovisual Thiago Morais, que realiza as OPA’s há sete anos. Além de Thiago, o projeto recebeu como instrutores o compositor de trilhas sonoras, César Lima, a profissional de som direto, Helione Mireles, o diretor de fotografia, Sidney Cad e a produtora audiovisual, Saleyna Borges. Segundo Thiago Morais, essa interação com outros profissionais segmentados fortalece o aprendizado e capacita os alunos. “As OPA’s são oportunidades de aperfeiçoamento por se tratar de oficinas gratuitas, que ao receber apoio por meio de editais, possibilitam que as oficinas cheguem a outros bairros e outros públicos. Esses filmes circulam em mostras e festivais, que acabam embasando a importância de oferecer capacitação profissional”, destacou o coordenador.

O projeto foi realizado por meio do Edital Nº 004/2023 – Manaus Identidade Cultural Audiovisual oferecido pelo Concultura da Prefeitura de Manaus e recebeu apoio da Cara de Gato Filmes, do CAUA, do CENAF, do Instituto Alternativo de Petrópolis, do Museu Amazônico e da  Biblioteca municipal João Bosco Pantoja.

Oficinas

As oficinas aconteceram no Centro de Apoio Às Famílias (CENAF) no Novo Israel, no Espaço Alternativo de Petrópolis, no Museu Amazônico e na Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja, no Centro de Manaus. Cada turma recebeu cerca de 20 alunos, que ao final das aulas produziram um curta-metragem, totalizando quatro filmes. Segundo uma das alunas da OPA Manaus, a coordenadora do Cine Aldeia, indígena Thais Kokama, produzir seu curta ‘Pintura Ancestral’ dentro da OPA foi um processo rico e colaborativo. “Tivemos a oportunidade de experimentar, aprender e construir um filme que valoriza a memória e a identidade. O ambiente da oficina favoreceu a troca entre diferentes olhares, e cada etapa – do roteiro à finalização – foi marcada por descobertas criativas. Foi inspirador ver o filme ganhar forma a partir do engajamento de todos, mostrando como o audiovisual pode ser um espaço de expressão potente”, enfatizou. O filme é uma obra que nasce do encontro entre histórias, referências e sensibilidades.

Para o aluno Murilo Henrique, a OPA tem sido muito importante na sua formação como produtor audiovisual, considerando que cursos de cinema não são baratos e a OPA desponta como um curso/oficina gratuita, dando oportunidade para quem gosta e quer fazer cinema. “Aprender essa arte, cercado por pessoas que têm a mesma vontade, o mesmo sonho que você é bem mais estimulante e deixa os desafios mais fáceis. Uma das coisas mais bacanas da oficina é o aprender fazendo, claro que a teoria é muito importante, mas botar a mão na massa e sentir que está fazendo parte de algo é muito gratificante”,relembrou o aluno. O filme de Murilo teve em seu elenco o ator, diretor e roteirista Begê Muniz, da Jamary Filmes, que interpretou Edgar, inspirado na obra de Edgar Allan Poe.

Para Begê  Muniz essa foi uma boa experiência por poder atuar em uma produção com gente nova que está se dedicando ao audiovisual. “São pessoas com uma vontade de fazer valer a sua linguagem e experimentar novos estilos e modos de realização cinematográfica em nosso Estado, isso pra mim, é super importante. Além disso, como dono de produtora, poder conhecer novos talentos que estão surgindo em nossa região, é sempre um aprendizado estar em contato com novas produções e novos profissionais ou estudantes da área”, contou.

O jornalista e repórter cinematográfico Orlando Junior também foi aluno e considera a participação na OPA muito importante, porque possibilitou filmar e adaptar um roteiro que estava engavetado há cinco anos. “Escrevi “O Dilema de Antônia” durante um curso que fiz em São Paulo, em 2020, no Instituto Nacional de Cinema, mas não consegui rodar por conta da pandemia de Covid-19. Mas, graças aos ensinamentos adquiridos na OPA, tirei o roteiro do papel e pude rodar o filme. A dedicação e o engajamento dos alunos foram fundamentais para essa realização, afinal, cinema não se faz sozinho”, finalizou.

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