Em segundo dia de colações, Ufam outorga grau a 74 formandos de três Unidades Acadêmicas: Feff, Icomp e Faced
Em três solenidades, uma em cada turno, foram entregues 39 profissionais da Feff, 14 do Icomp e 21 da Faced
Ao longo do segundo dia de colações de grau das diversas unidades acadêmicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Instituição entregou à sociedade profissionais egressos de quatro cursos da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff), sendo uma licenciatura e três bacharelados, dois bacharelados do Instituto de Computação e o curso de Pedagogia, da Faculdade de Educação (Faced). As cerimônias ocorreram respectivamente nos turnos da manhã, da tarde e da noite do último dia 27, no auditório Eulálio Chaves, localizado no Setor Sul do campus Manaus.
“Em primeiro lugar, digo que temos formaturas ao longo do dia porque observamos que algumas turmas, caso não pudessem colar grau até este 31 de agosto, seriam diplomadas apenas em janeiro de 2025. Para que vocês recebam desde logo seus diplomas, fizemos uma espécie de mutirão”, explicou o reitor, professor Sylvio Puga, o responsável pela outorga de grau aos futuros profissionais. “Vocês ingressaram na Ufam como diamantes brutos, e hoje saem lapidados, como os melhores profissionais de suas áreas no Amazonas, no Brasil e no exterior, porque tiveram acesso a professores/pesquisadores reconhecidos nacional e internacionalmente. Vocês saem hoje com a armadura do conhecimento, levando a marca da nossa Ufam aonde forem. É claro que, serão bem-vindos ao retornar para outras graduações ou para a pós-graduação”, orgulhou-se o reitor pelos formando do dia.
Manhã: egressos da Feff
Ao todo, 39 formandos da Feff receberam a outorga de grau na manhã de terça-feira, 27. Foram 15 da licenciatura em Educação Física, uma do bacharelado em Educação Física - Promoção da Saúde e Lazer, quatro do bacharelado em Educação Física - Treinamento Esportivo e 19 no curso de Fisioterapia. Familiares, amigos e professores acompanharam a solenidade.
O diretor da Feff, professor João Libardoni, ressaltou que estes são os novos profissionais à disposição da sociedade. “E vocês vão fazer a diferença na vida de outras pessoas. Temos a certeza de que estão habilitados para enfrentar esse depois, não individualmente, mas de forma coletiva. Nosso desafio está em formar além do técnico, oferecendo uma formação ética, política e social. Enfrentamos uma pandemia, preservamos as vidas da nossa comunidade. Lutemos sempre pelas nossas profissões, porque ali desenvolvemos a resiliência, mas de forma coletiva”, discursou o diretor daquela unidade acadêmica.
O professor Esmeraldino Monteiro de Figueiredo Neto, paraninfo da turma do curso de Fisioterapia, foi o primeiro a discursar. “Aos formandos, meus afilhados, digo que as dificuldades estão no passado, e hoje é um dia de futuro. Foi uma trajetória que acompanhei de perto, seja como professor do primeiro período ou como coordenador. Hoje somos colegas de profissão”, disse ele. “Ação, amor e ética” foram as palavras de ordem para cada egresso aplicar na profissão e na vida.
Danilo Carvalho Barbosa, orador e já licenciado em Educação Física, afirmou: “Ser professor é acreditar eternamente que o mundo vai melhorar”. Ele também lembrou sobre o suporte recebido uns dos outros durante a graduação, quando os laços se fortalecem até se tornarem amizade, e ainda agradeceu aos professores e familiares. “Estamos aqui para receber nossas medalhas. Vencemos!”
Tarde: egressos do Icomp
Diretor do Instituto, o professor José Luiz de Souza Pio. “Começo agradecendo aos familiares, que são a base na vida de cada formando hoje”, iniciou. Prosseguiu recordando o mito de Prometeu, pelo qual os gregos explicavam o surgimento da tecnologia, do conhecimento e do progresso, simbolizado pelo fogo e traçando uma analogia à busca pelo saber, que se produz num processo laborioso e desafiador. Após uma breve reflexão mítico-filosófica, o professor desejou que o aprendizado durante a vida acadêmica, aliado às virtudes éticas dos agora profissionais, possa se converter em benefícios para toda a sociedade.
Edleno Silva de Moura, paraninfo do curso de Ciência da Computação, abordou a felicidade como propulsora do sucesso. Segundo ele, entre as coisas que trazem felicidade para a vida, segundo os artigos pesquisados por ele, é “continuar aprendendo e se preparando para os desafios”. Primeira vez como paraninfa, a professora Ana Carolina Oran Rocha reafirmou a preparação dos egressos para o mercado de trabalho na área de Engenharia de Software. “A graduação é só o primeiro passo. Não tenham medo de continuar se desafiando”, completou a docente.
Orador do curso de Ciência da Computação, o agora bacharel Renato Lousan da Silva falou sobre o aprendizado além da técnica , como a união. “Se fosse possível resumir o sentimento que temos hoje numa única palavra, ela seria gratidão. Não é por acaso que a nossa unidade tem reconhecimento nacional, e logo terá internacional. Temos muitos projetos e parcerias que atendem aos discentes nos eixos de ensino, pesquisa e extensão”, orgulhou-se o egresso do Icomp.
Já Saymon Barreto, agora Engenheiro de Software, enfatizou em seu discurso de orador o protagonismo do profissional com curso superior. “Por mais que eu tente, não é possível colocar em palavras a satisfação que eu tenho em trabalhar nessa área. Cada software que fazemos funcionar pode melhorar a vida e a conectividade das pessoas. Não é só a técnica, a faculdade nos ensina a trabalhar em rede, a refletir sobre o nosso trabalho. Por mais que a IA avance, ela sempre vai precisar de mentes criativas que possam direcioná-la”, sintetizou ele.
Noite: egressos da Faced
No terceiro momento de colações do dia, o professor Almir Oliveira de Menezes, pró-reitor de Extensão, representou o reitor, professor Sylvio Puga, ao outorgar o grau de licenciados em Pedagogia a 21 formandos da Faced. Na mesa de honra, a professora Ana de Oliveira Castro, diretora do Departamento de Métodos e Técnicas (DMT), representou o diretor daquela Unidade Acadêmica. Em seu discurso, o professor Almir Menezes retomou o seu tema de estudos, o mundo moderno, para enfatizar de um lado, a sociobiodiversidade amazônica e, de outro, o que chamou de “marcha para a insensatez”. "Nesse contexto, o profissional da educação", disse ele, “pode trazer uma perspectiva epistemológica de encontro de saberes, de sujeito para sujeito”.
A professora Ana Castro falou sobre ser esse um “rito de passagem” na trajetória acadêmica dos formandos, um coroamento. “Não importa quantos somos, a emoção é sempre a mesma. Não esqueçam os ensinamentos e façam a diferença aonde vocês forem”, disse ela. Em seguida, agradeceu pelo esforço de todos os envolvidos no cerimonial que permitiu a outorga tempestiva aos futuros pedagogos. “Estamos aqui para esperançar, e que o futuro seja brilhante”, reforçou em seu discurso.
O paraninfo do curso, o professor Carlos Humberto Alves Corrêa, usou de uma caixinha de melodias e da linguagem poética para “festejar esse dia especial para os formandos”. Ele frisou o fato de os seres humanos serem rascunhos, em contínua formação e sempre lidando com o processo de aprendizado. “Tenho a certeza de que vocês irão rascunhar caminhos cheios de sentidos. E contem sempre com a gente para a construção de uma escola pública plena, laica e científica”, finalizou.
O último orador do dia, Antônio Tavares Ribeiro Júnior, deu ênfase também ao sentimento de gratidão ao fim dessa jornada acadêmica. “Colegas, iniciamos agora um processo mais árduo ainda, porque o trabalho docente se depara com uma série de obstáculos: necessitamos atuar pelas brechas que este sistema educacional nos permite. Mas eu acredito que essa brecha não seja o suficiente para alcançarmos as mudanças que buscamos”, ressaltou o licenciado. Ele ainda teceu uma crítica às formas avaliativas da educação básica no país, convocando os colegas de profissão para se unirem nas lutas que se avizinham.
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