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Seminário Internacional de Meteorologia e Climatologia do Amazonas discute soluções tecnológicas sustentáveis para os problemas relacionados a impactos ambientais

Publicado: Quinta, 21 de Julho de 2022, 11h39 | Última atualização em Segunda, 25 de Julho de 2022, 10h48 | Acessos: 879

A palestra de abertura, intitulada “A Amazônia próxima de um ponto de não-retorno. A urgente necessidade de uma nova bioeconomia de floresta em pé” foi proferida pelo pesquisador sênior da USP, professor Carlos Afonso Nobre

Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

 Com o tema “Clima e Sustentabilidade: contribuições à Agenda dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, teve início, na manhã desta quinta-feira, 21, a quarta edição do Seminário Internacional de Meteorologia e Climatologia do Amazonas.

Sustentabilidade

“Extremos hidroclimáticos na Amazônia” e “As experiências e desafios das energias sustentáveis e alterações climáticas” estão entre as palestras do evento, o qual tem como objetivo encontrar soluções que possam reverter o cenário de degradação ambiental em nosso planeta. O Seminário é uma realização do Centro de Ciências do Ambiente (CCA); da Unidade de Pequisa em Energia, Clima e Desenvolvimento Sustentável (UPEC) e do Laboratório de Agroclimatologia e Sensoriamento Remoto (FCA/LASR), sob a coordenação dos professores Eron Bezerra e Natacha Cíntia Regina Aleixo.

Mesa de honra

Durante a solenidade de abertura, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, destacou que seminários como este são extremamente importantes para a difusão do conhecimento técnico e científico. “Quero expressar a enorme satisfação de participar deste evento internacional. Eu me lembro de que quando o professor Eron Bezerra assumiu a direção do Centro de Ciências do Ambiente, uma das metas era internacionalizar o CCA e sabemos que esse não é um trabalho simples. Hoje estamos em um evento que conta com palestrantes internacionais e, exatamente na liderança dele, muitas outras coisas foram feitas, ações concretas de intervenção direta na melhoria das condições da nossa Universidade. Por exemplo, inauguramos, em Parintins, o primeiro edifício solar público. Existiam outras estruturas solares lá, mas não em prédios públicos. Este prédio no qual estamos realizando este seminário também é totalmente movido a energia solar e essas são apenas algumas respostas que a ciência apresenta para problemas complexos”.

Discussões importantes

O diretor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) elogiou a equipe organizadora do evento e ressaltou a relevância do tema abordado no seminário. “Para nós, da FCA, sempre é um prazer receber eventos como esse. Nós, que estamos nesse contexto diariamente, sabemos o quanto essas discussões são importantes. Contem conosco para tudo o que precisarem em termos de infraestrutura para que este evento seja muito bem-sucedido. Aproveitem para trocar conhecimentos, fazer amizades e links profissionais”, aconselhou o diretor.

Meio ambiente sustentável

O coordenador geral do evento, professor Eron Bezerra, destacou que o objetivo do evento é debater de que forma nossas ações podem contribuir para um meio ambiente sustentável. “Neste evento queremos debater de que maneira as nossas ações práticas reduzem o impacto ambiental, de que forma podemos contribuir para um meio ambiente sustentável, em consonância com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Temos que alcançar tais objetivos, que envolvem vida saudável, ambiente sustentável, educação de qualidade, energia limpa e sustentável, entre outros, até 2030”, ressaltou.

Egresso do mestrado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, ressaltou a importante contribuição que a Universidade oferece à sociedade ao propor soluções para assuntos tão complexos. “Temos um duplo desafio de conservar os toques florestais ao mesmo tempo em que temos que superar a pobreza no Amazonas. Cada vez mais a ciência deve apresentar soluções para pautas tão urgentes. E essas discussões são importantes por apresentar soluções que podem ser transformadas em políticas públicas”, afirmou.

Contato com o mundo acadêmico

O superintendente do Basa, Esmar Prado, declarou que o contato com Universidades e institutos de pesquisas é essencial para estar em contato com os avanços tecnológicos. “Vejo com muita satisfação esse contato com o mundo acadêmico, pois é daqui que saem as grandes soluções para os problemas da humanidade. Estaremos com estande do Basa durante todo o evento para divulgar as linhas de crédito para quem tiver interesse em investir na montagem de sistema próprio de energia solar”, divulgou ele.

Ufam - energia solar

Ele também destacou o trabalho que vem sendo realizado para que a Ufam seja a primeira universidade do mundo totalmente movida a energia solar. “Aqui na Ufam, trabalhamos para inaugurar o terceiro edifício solar na Ufam, em Manaus, Parintins e Itacoatiara e vamos inaugurar, até o final do ano, em Benjamim Constant, Coari e Humaitá, ou seja, todos os nossos campi serão movidos a energia solar e a nossa meta é que, dentro de três ou quatro anos, a Ufam seja a primeira universidade do mundo inteiramente movida a energia solar, sem depender de qualquer tipo de outra energia que não seja a energia solar sustentável”, anunciou.

Nova bioeconomia

A palestra de abertura, intitulada “A Amazônia próxima de um ponto de não-retorno. A urgente necessidade de uma nova bioeconomia de floresta em pé” foi proferida pelo pesquisador sênior da USP, professor Carlos Afonso Nobre. Durante sua apresentação, ele ressaltou que o Brasil tem grandes condições de ser o primeiro país a desenvolver uma bioeconomia poderosa por ter a maior floresta tropical do mundo. “Precisamos salvar todas as florestas tropicais do planeta, especialmente, a floresta amazônica. Precisamos proteger a biodiversidade, as populações tradicionais, os povos indígenas, mas também reconhecer que o potencial econômico de uma bioeconomia de floresta em pé é muito maior que substituir essa floresta por agropecuária, pois essa economia tradicional desenvolvida na Amazônia, nos últimos 50 anos, não trouxe benefício social e econômico para 90% da população, apenas concentrou demais a riqueza em pouquíssimas mãos. Temos que ter uma nova bioeconomia que seja baseada na exploração sustentável dos produtos da floresta e o grande desafio dessa bioeconomia é juntar a ciência moderna, as inovações tecnológicas com os conhecimentos tradicionais das populações amazônicas, dos povos indígenas que vivem aqui há milhares de anos, dos quilombolas e das populações ribeirinhas que já mantém uma economia de floresta em pé por vários séculos aqui na Amazônia e o Brasil tem grandes condições de ser o primeiro país a desenvolver uma bioeconomia muito poderosa porque tem a maior floresta tropical do mundo”, afirmou o pesquisador.

Programação

Às 14h, a programação continua com a Mesa Redonda “Extremos hidroclimáticos na Amazônia” que, coordenada pelo professor da Ufam Josemar Gurgel da Costa, conta com a apresentação dos palestrantes e também professores da Ufam Naziano Pantoja Filizola Filho, Tereza Cristina Souza de Oliveira e Jorge Almeida de Menezes.

O evento será realizado até esta sexta-feira, 22, no auditório Samaúma da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (FCA/Ufam), Setor Sul do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho.  Para conferir a Programação completa, acesse Seminário Internacional de Meteorologia e Climatologia do Amazonas – Programação.

 

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