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Mais de 350 medalhistas da 19ª Obmep são premiados na Ufam

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No Amazonas, foram mais de 500 mil alunos inscritos e mais de duas mil escolas participantes, além de professores, coordenadores e fiscais e pessoal de apoio

No Amazonas, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) premiou mais de 350 medalhistas de ouro, prata e bronze nas categorias nacional e estadual da competição, da qual participaram mais de dois mil estudantes das escolas estaduais, municipais e privadas no estado. A solenidade ocorreu na noite de quinta-feira, 9, no auditório Eulálio Chaves, setor Sul do Campus Sede da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), instituição parceira na organização das olimpíadas e também na preparação de novos talentos para a área.

Confira as listas de premiados na categoria nacional e na categoria estadual.

Na solenidade, foram entregues 355 medalhas, sendo 27 de ouro, 80 de prata e 248 de bronze. As 523 menções honrosas, conquistadas pelos estudantes que obtiveram um bom “score” nas provas, mas ainda sem possibilidade de medalhar, serão enviadas para as escolas desses participantes, que fará a entrega. A Obmep ainda destinou 13 kits de material didático, 17 livros de apoio para a formação e diplomas de reconhecimento aos professores da educação básica atuantes nesse projeto.

Melanie Stephanie Silva de Araújo, hoje na primeira série no do ensino médio, já é figurinha carimbada nas premiações nacionais desde 2021, quando ela cursava o sexto ano do fundamental e ainda não havia uma modalidade estadual. “Em 2021 eu fui medalhista de ouro, assim como em 2022 e em 2023, todas essas no nacional. Na 19ª edição eu fiquei com a prata nacional e o ouro regional. Agora em 2025, eu já consegui a classificação para a segunda fase das provas, que ainda não foram aplicadas”, revela a jovem que, em 2024, representou a Escola Estadual José Carlos Mestrinho e, hoje, integra o “Clube da Matemática” na Fundação Matias Machline, onde estuda.

O irandubense Emanuel Sampaio da Silva constrói uma trajetória muito semelhante à de Melanie. Na edição concluída, ele recebeu a medalha de bronze na categoria estadual. Atualmente cursando o nono ano do ensino fundamental na Escola Estadual Elias Nôvoa Alvarez, em Iranduba-AM, ele conta como tem sido a rotina de preparação para as provas da Obmep: “Comecei a participar quando estava no sexto ano, mas eu não tinha familiaridade com a matemática. Então, em 2023, eu comecei a criar uma rotina de estudos para a Olimpíada. Eu saia da escola e ia estudar matemática para destravar as dificuldades. Eu pretendo seguir me preparando, competindo e buscando as medalhas”.

A cerimônia foi presidida pelo vice-reitor, professor Geone Maia, no exercício do cargo de reitor. De saída, ele lembrou aos presentes que é oriundo das ciências exatas, especificamente da Química, e sobre o relevante papel que a Ufam tem assumido no contexto da formação de jovens nessas áreas. “É motivo de muito orgulho para a Universidade ter o ICE, por meio do Departamento de Matemática, atuando em duas importantes frentes. A primeira delas é a coordenação das Olimpíadas no Amazonas, com muita responsabilidade e dedicação. Soma-se a isso os projetos da Instituição que têm o objetivo de lapidar esses talentos da Matemática que têm destaque na Obmep”, apontou o professor Geone Maia.

Legado e futuro

Desde 2005, a Obmep é realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), além da colaboração de universidades e institutos federais e das secretarias estaduais e municipais de Educação no Brasil todo. Um dos coordenadores da competição no Amazonas, o professor Cícero Mota, do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas (ICE), destaca a importância de a Universidade ser uma das protagonistas do processo que incentiva, reconhece e premia essas competências dos estudantes do ensino básico.

“Apenas na edição de 2024, cuja solenidade de premiação está sendo realizada hoje, foram cerca de 18 milhões de participantes em todo o Brasil. Há dois tipos de rankeamento, um nacional e outro regional, por estado. E isso significa que os nossos medalhistas de ouro, prata e bronze nacional competiram com esses 18 milhões de alunos do País inteiro”, orgulha-se o professor Cícero Mota, ao indicar que, este ano, o Amazonas levou cinco estudantes para o lugar mais alto do pódio nacional.

Em sua fala, a vice-diretora do ICE, professora Rosemery Rocha da Silveira, encorajou os adolescentes e jovens medalhados, mas também os pais, gestores e professores, cuja atuação é essencial para tornar a Obmep realidade entre os competidores amazonenses. “A razão de estarmos aqui hoje é valorizar essa área do conhecimento, e ver o alcance entre os nossos estudantes. É importante despertar e valorizar esse gosto ainda na educação básica. Sabemos que a escola precisa abraçar projetos como esse para que eles sejam bem-sucedidos e, certamente, a Universidade possa receber, em breve, estudantes engajados com as ciências exatas, que se tornem matemáticos, pesquisadores, cientistas de dados, engenheiros... Então, aproveitem essa oportunidade”, afirmou ela.

Ainda sobre essa 19ª edição, todos os municípios participaram, contabilizando mais de 500 mil alunos inscritos e mais de duas mil escolas participantes. Em 2024, as atividades também envolveram milhares de professores da educação básica e dezenas de coordenadores, fiscais e pessoal de apoio. “Nesse contexto, o Colégio Militar de Manaus (CMM) é um dos principais destaques na Olimpíada de Matemática, mas busquem aprimorar as competências também nas outras áreas, pois esse é o diferencial de vocês quando forem concorrer em seleções como o Enem, por exemplo”, orientou o coronel Luiz Afonso Alho, comandante e diretor do CMM que compôs a mesa de honra.

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