Ufam participa de cerimônia de 30 anos do Bosque da Ciência
Aconteceu no último dia 1º de abril de 2025, cerimônia de comemoração de 30 anos do Bosque da Ciências do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). Dentre as autoridades convidadas, o reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Sylvio Puga, esteve presente na solenidade que celebra três décadas de educação e popularização da Ciência no Amazonas.
Um fragmento florestal em meio à área urbana de Manaus, um lugar de encantos e que em alguns momentos chega a ser mágico, o Bosque da Ciência permite às pessoas vivências de contato e imersão na natureza. Localizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o parque verde urbano está aberto à sociedade e nesse mês de abril completa 30 anos de funcionamento. Em três décadas, o espaço já recebeu mais de 2 milhões de visitantes.
Edição Sebastião de Oliveira, equipe Ascom
Revisão: Rozana Soares
O reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, ressaltou a importância estratégica do Bosque como um espaço de divulgação da ciência, práticas pedagógicas para quem ensina e de aprendizado para que visita. "Todo morador local certamente tem uma vivência e uma memória com o Bosque da Ciência. É muito importante celebrarmos e apoiarmos este ambiente para as futuras gerações que têm a Amazônia como seu habitat", disse.
Para o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, o Bosque da Ciência é um espaço que vem também se perpetuando como um importante ponto turístico de Manaus e um dos poucos que atua amplamente com a educação científica, popularização da ciência e educação ambiental, além de ser um importante fornecedor de serviços ecossistêmicos, como estabilidade climática e biodiversidade.
“O Bosque da Ciência é um dos poucos lugares em que o visitante poderá experimentar um microclima agradável no espaço urbano. Esse contato direto com elementos da natureza é revigorante e de um grande benefício para a saúde e bem-estar da população. Manaus ainda precisa de mais áreas verdes e o nosso Bosque é um modelo a ser valorizado e seguido”, pontua.
Atualmente, o Bosque recebe cerca de 120 mil visitantes por ano, com público de escolas, moradores, visitantes nacionais e estrangeiros. O parque funciona de terça a domingo (segunda é fechado para manutenção), e a entrada é gratuita para todos. Basta agendar pelo site - https://www.gov.br/inpa/pt-br/sites/bosque-da-ciencia/visitacao-agendamento.
História do Bosque da Ciência
Fundado em 1º de abril de 1995, o espaço surgiu com a missão de ser uma área de visitação e de divulgação da pesquisa científica realizada pelos laboratórios do Inpa. O Bosque é o mais antigo parque verde urbano de Manaus. Antes de sua criação, as únicas áreas de contato com a natureza na cidade eram o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), o zoológico da cidade, e o Parque Municipal do Mindu, que ainda existia apenas no papel, por meio de decreto.
De acordo com o pesquisador do Inpa, o botânico Juan Revilla, a área onde hoje se encontra o Bosque da Ciência, no bairro de Petrópolis, foi, no passado, utilizada para extração de madeira para produção de carvão. Durante o processo, a mata original foi desmatada e resistiram apenas as árvores de troncos mais duros e fortes. Alguns desses exemplares florísticos, como o Uxi Amarelo, o Visgueiro e a Tanimbuca (árvore com idade estimada em 600 anos), ainda são encontrados no parque, sendo remanescentes da vegetação nativa.
Revilla é um dos principais fundadores do Bosque e relembra que na gestão do diretor Herbert Schubart, em 1986, surgiu a proposta de transformar a área em um Jardim Botânico. Assim, teve início o plantio de mudas a partir de sementes coletadas por pesquisadores e auxiliares de campo em excursões científicas, e na mesma época iniciaram a abertura das trilhas que, até hoje, são usadas pelos visitantes.
“Antes de se tornar o Bosque da Ciência, o local foi quase um zoológico, onde era possível ver animais como os peixes-bois da Amazônia e ariranhas, que já existiam, e uma onça, que na época era atração principal. A população pode ver de perto também um lago com piranhas-pretas, que sempre aguçaram o olhar curioso da criançada, além de ser uma área destinada à apresentação da fauna local”, conta Revilla.
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