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Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial (NEPPD) colabora com pesquisa nacional para desenvolver tecnologias digitais voltadas às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial (NEPPD), ligado a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas (Faced/Ufam), entre maio de 2023 e dezembro de 2024, colaborou com a pesquisa nacional intitulada “Na Ponta dos Dedos: uma plataforma digital complexa para o autismo”. O estudo é do Grupo de Ações e Investigações Autopoiéticas (GAIA), vinculado à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), e visa desenvolver uma plataforma digital que oferece desafios e atividades que promovam a autonomia, autoconhecimento e a percepção de si em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Aprovada sob o Edital Humanidades 040/2022 do CNPq e coordenada pela professora Nize Maria Campos Pellanda (UFERSA), a parceria entre as instituições foi intermediada pelo professor Rafael Hoff, ligado a Faculdade de Comunicação da Ufam, que apresentou o interesse do GAIA em aplicar a plataforma digital nos atendimentos com as crianças com Autismo em que o NEPPD realiza há 23 anos.

De acordo com a coordenadora do NEPPD, professora Maria Almerinda de Souza Matos, foram realizados atendimentos pedagógicos, psicopedagógicos e psicomotores com as crianças atendidas pelo Laboratório da Criança com Transtorno do Espectro Autista e Outros Atrasos no Desenvolvimento Global do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação (Faced). “Ao todo, participaram da pesquisa cerca de 10 crianças, no período de junho de 2023 a dezembro de 2024, sendo que o trabalho de pesquisa iniciou com seis crianças. Essas crianças já realizavam atendimentos no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial (NEPPD) e trouxeram os laudos com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, pois se fazia obrigatório para o estudo, embora o Núcleo não solicite para desenvolver os atendimentos. No decorrer da pesquisa, foi necessário realizar novas entrevistas com os familiares, apresentando a proposta do Projeto e solicitando autorização para que os filhos participassem de forma voluntária”, explicou a coordenadora.

A professora destacou ainda que os atendimentos eram realizados duas vezes por semana, com duração de uma hora. “Nesses encontros, eram desenvolvidos Planejamentos de Atendimentos Individualizados, ficando cada pesquisador responsável por elaborar os planejamentos de suas respectivas crianças. A maioria das crianças atendidas são do sexo masculino, totalizando sete meninos e três meninas, com idades cronológicas variando entre três e nove anos. O total de pesquisadores da Ufam envolvidos no Projeto foram de 10 voluntários e três bolsistas”, relembrou. 

Desafios 

Um dos bolsistas, o discente de Pedagogia da Ufam, Juan Nobre, enfatizou as formações sobre os aspectos abordados no referencial teórico do Projeto, bem como sobre o uso do acoplamento tecnológico, nomenclatura utilizada na pesquisa para se referir ao tablet, e dos impactos do acoplamento tecnológico no desenvolvimento das crianças atendidas. “Antes da pesquisa, o NEPPD não utilizava meios tecnológicos nos atendimentos, então essa experiência foi inovadora e, ao mesmo tempo, desafiadora, pois muitas crianças nunca haviam tido contato com esse tipo de tecnologia. Antes de implementarmos o uso, os responsáveis foram devidamente comunicados e autorizaram, de forma voluntária, a participação de seus filhos na pesquisa. A pesquisa nacional ampliou ainda mais meu conhecimento, especialmente ao me apresentar uma nova abordagem teórica, além dessa experiência contribuir, significativamente, para minha formação acadêmica, pois vem reafirmando minha vivência na indissociabilidade da universidade: ensino, pesquisa e extensão”,destacou o bolsista. 

A coordenadora do NEPPD, professora Maria Almerinda de Souza Matos, recordou que os desafios se concentram no início, justamente, no momento de introduzir na rotina das crianças com TEA o uso dos tablets/Ipad. “As crianças preferiam usar outros instrumentos pedagógicos, ao invés do recurso tecnológico, e algumas crianças que aceitam o acoplamento tecnológico queriam utilizar outros aplicativos, como por exemplo, o YouTube”, disse.

Resultados 

No que diz respeito aos resultados alcançados, constatou-se que as crianças conseguiram se potencializar nas áreas com atraso de desenvolvimento, o acoplamento ajudou na construção do autoconhecimento do estudante atendido. “Além disso, o uso dos tablets/Ipad foi essencial para trabalhar a motricidade fina, fazendo intervenções psicomotoras com os que apresentam dificuldades. Um dos resultados em destaque é a transformação dos pesquisadores/estudantes da graduação em Pedagogia da Faced/Ufam, pois a pesquisa também focaliza no sujeito que atua, o que os pesquisadores aprenderam a cada atendimento, seja com dificuldades ou conquistas, pois esse é o processo da autopoiese”, finalizou a coordenadora do NEPPD, professora Maria Almerinda de Souza Matos

Sobre o NEPPD 

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial – NEPPD, fundado em 2001, está localizado na Faculdade de Educação, Setor Norte do Campus Universitário, Bloco Pavilhão Rio Juruá. Envolve Professores, Acadêmicos de Graduação e Pós-Graduação através de um trabalho multidisciplinar e interdepartamental. As linhas de pesquisa integram as seguintes áreas: Educação, Educação Especial, Educação Inclusiva, Psicopedagogia e Psicomotricidade. O NEPPD focaliza o ser humano no seu aspecto global relacionando-o diretamente ao processo de aprendizagem visando: identificar, acompanhar e orientar pais, professores e estudantes. Mais informações: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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