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55 formandos de seis cursos recebem grau de licenciados em Letras pela Ufam

Publicado: Sexta, 14 de Março de 2025, 10h50 | Última atualização em Sexta, 14 de Março de 2025, 11h24 | Acessos: 136

Encerrando as coleções de grau desta semana, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) entregou mais 55 profissionais à sociedade, em cerimônia ocorrida no auditório Eulálio Chaves, setor Sul do campus Sede. Os egressos são dos cursos de Letras - Língua e Literatura Espanhola (7), Letras - Língua e Literatura Francesa (6), Letras - Língua e Literatura Inglesa (16), Letras - Língua e Literatura Japonesa (5), Letras - Libras (9) e Letras - Língua e Literatura Portuguesa (12), todos eles vinculados à Faculdade de Letras (Flet). A solenidade foi presidida pelo reitor, professor Sylvio Puga, e prestigiada por familiares, amigos e docentes dos licenciados.

Ao relembrar do tempo de aluno, o reitor frisou uma das grandes características do ofício de docente. “Na época, muitos dos nossos professores não tinham mestrado ou doutorado, mas tinham algo muito importante: eles nos ensinaram a aprender. O primeiro passo começa por vocês, com as ferramentas que foram dadas pelos mestres”, ressaltou, ao encorajar os agora professores: “[...] não há o que temer. O mundo estará à disposição de vocês, mas a Ufam continua de portas abertas para recebê-los em nossas atividades”. O reitor compartilhou ainda duas informações. A primeira, de que o prédio da Flet está com a parte de engenharia 90% concluída, e os recursos para a finalização da obra estão sendo viabilizados, com a expectativa de entrega em alguns meses. A segunda diz respeito aos cinco anos desde que ele assinou a portaria de suspensão das atividades presenciais na Ufam, exatamente no dia 13 de março de 2020, quando o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no Amazonas. “Evitamos muitas mortes com essa medida, ainda que tenhamos sido criticados. Por isso, digo a vocês que não temam as críticas nas suas jornadas profissionais, e façam suas escolhas ancorados no conhecimento e na ciência”, concluiu.

Diretor da Faculdade Letras, o professor Robert Rosas falou sobre a preparação dos egressos para responderem às demandas atuais do mercado de trabalho. “Além da colação de grau, nós também estamos comemorando os 60 anos de alguns cursos da Flet. Eu mesmo ingressei em Letras em 1988, e sou egresso há 37 anos”, pontuou. Em seguida, o gestor passou a citar exemplos de quando os cursos daquela Faculdade conseguiram passar da potência ao ato, como eventos internacionais que ajudam a formar professores no Amazonas. O professor citou a atuação do Centro de Ensino de Línguas (CEL), o Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), além de contar sobre o processo de implantação de um novo mestrado acadêmico, o Profletras, o qual será voltado aos professores que estão nas salas de aula. “Menciono também a abertura do curso de Letras - Libras pelo Parfor equidade, no município de Parintins, que veio para enfrentar a questão das desigualdades e promover inclusão social”, compartilhou o docente.

 Mesa de honra

 O Cônsul-geral do Japão em Manaus, Yuichi Miyagawa, e seu adjunto, também estiveram na mesa de honra. Aquele primeiro, que discursou, agradeceu à Ufam por criar uma ponte importante entre o Japão e o Brasil, por meio do curso de Letras. “O Brasil tem hoje a maior comunidade de descendentes de japoneses no mundo, e os dois países têm muitos valores em comum. Em 2025, faz 130 anos do início das relações diplomáticas entre o Japão e o Brasil: haverá comemorações aqui na Ufam também, e o presidente Lula terá atividades em parceria com o Japão. Hoje eu uso o português no trabalho para fortalecer as relações de amizade e de conexão entre esses dois países”, disse o representante da diplomacia japonesa. Por meio do consulado, o país asiático oferece oportunidades, como bolsas e intercâmbios, que estão sempre abertas aos estudantes da Ufam.

 Ainda compuseram a mesa de honra as paraninfas das turmas dos cursos de Letras - Língua e Literatura Espanhola, Luana Ferreira Rodrigues; Letras - Língua e Literatura Francesa, Stéphanie Soares Girão; Letras - Língua e Literatura Inglesa, Tatiana Belmonte dos Santos Rodrigues; Letras - Língua e Literatura Japonesa, Cristina Rosoga Sambuichi; Letras - Língua - Libras, Tatiana Sampaio Monteiro Pessoa da Costa; e Letras - Língua e Literatura Portuguesa, Daiana Paula Silva Gadelha. Além delas, a solenidade contou com as presenças de docentes homenageados com os nomes das turmas, assim como dos respectivos patronos e patronesses dos seis cursos.

 Oradores da noite

 Orador, Wallace Cavalcante Fogassa Júnior discursou em nome das turmas. Licenciado em Letras - Língua e Literatura Portuguesa, o jovem iniciou sua fala questionando sobre o que representou cursar Letras. Segundo ele, é refletir sobre os discursos que cercam a realidade como ela se coloca para os conhecedores de uma língua, o que vai muito além de compreender sua gramática. “A vida acadêmica é solitária, mas ela nunca é sozinha”, disse o jovem profissional, ao frisar ainda que os profissionais formados nesse dia “devem muito a muitos”. “Esse diploma afirma, de alguma maneira, o que somos, o que fomos e o que podemos ser”, afirmou Wallace, ao se orgulhar da trajetória e das lutas de agora em diante. “Colegas, sejamos os professores e as professoras que acreditam, assim como acreditamos anos atrás, ao ingressar nesta Universidade”, disse.

 Stéphanie Soares Girão foi a escolhida para ser a paraninfa oradora. “Estamos aqui para concluir uma jornada acadêmica que os formou guardiões da diversidade humana, como formados em Letras. Cada idioma carrega em si uma visão de mundo singular. Aprender uma língua é abrir-se para a interculturalidade e agir conforme a perspectiva decolonial, por meio do diálogo para a construção de um mundo mais justo e inclusivo”, destacou ela. “Através das literaturas, podemos sonhar, refletir e fazer a crítica necessária. Mas não podemos nos contentar em apenas pensar criticamente; devemos agir, seja na sala de aula, na pesquisa ou na produção literária”, completou a paraninfa. Após a mensagem geral, cada turma recebeu um recado especialmente preparado, com palavras de motivação conforme a perspetiva profissional e a realidade brasileira e local de cada uma das licenciaturas. Parafraseando Euclides da Cunha, a docente resumiu a jornada dos agora colegas com a mensagem de que “os professores são antes de tudo uns fortes”, e a graduação foi apenas o começo.

 

 

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