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Projeto Ficou a Saudade realiza escuta e acolhimento às famílias de vítimas da covid-19

Publicado: Quarta, 21 de Outubro de 2020, 15h54 | Última atualização em Sexta, 15 de Janeiro de 2021, 14h17 | Acessos: 2364

O Projeto denominado “Ficou a saudade: ação de apoio à dor de quem perdeu familiar para a covid-19” intenciona inscrever cerca de 90 voluntários cujo objetivo é desenvolver ações de escuta e acolhimento aos que sintam desejo e necessidade de compartilharem sua dor por causa da perda do familiar pelo covid-19. As inscrições ocorrem entre os dias 22 a 29, por meio deste link https://forms.gle/U3cdAP9PEpUw6nuHA

Sob a coordenação da professora Camila Bravo Fontoura, da Faculdade de Psicologia da Universidade Federal do Amazonas (FAPSI/Ufam), o projeto de extensão tem promoção do Programa Institucional de Bolsas de Extensão da Pró-reitoria de Extensão (Pibex/Proext). De acordo com a docente, se a morte de um ente já é um fenômeno de grande sofrimento que merece acolhimento e acompanhamento, a morte de alguém querido, provocada pela covid-19, merece ainda mais atenção.

A coordenadora acredita que a rapidez entre a confirmação da contaminação e a morte, o risco do contágio, os dias do familiar em unidades de terapia intensiva, a ausência de velório e o enterro realizado de forma não convencional são alguns dos elementos que potencializam o sofrimento daqueles que acompanharam de perto o sofrimento do grande mal que tem assolado o mundo na atualidade.

Ela assegura que a proposta pretende atender à necessidade emocional de aproximadamente 90 pessoas que serão recepcionadas, por meio de encontros realizados on-line pela plataforma do Google Meet, onde possibilitará o compartilhamento de suas angústias e expressar seus sentimentos de luto. Conforme a docente, as atividades serão desenvolvidas a partir da participação de doze alunos da graduação. “Será um espaço de escuta e compartilhamento de emoções e sentimentos através de uma dinâmica de enfrentamento, de empatia, acolhimento, expressão e elaboração do luto”, comentou Camila Fontoura.

“Acreditamos que um espaço de fala e escuta interessada permitirá a elaboração da dor e a promoção da saúde mental dos participantes, proporcionando também uma excelente oportunidade na formação dos alunos participantes”, acrescentou a coordenadora.

 

Morte: condição natural  

Para a professora Camila Fontoura, a morte é condição natural e o luto é consequência da perda. “É da condição humana sofrer pela perda do amor e do afeto. Cada pessoa vive o luto de uma forma e todas são um processo de readaptação à realidade sem a presença da pessoa querida que se foi. Toda dor tem valor único e não deve ser negada e sim reconhecida e cuidada”, explicou a pesquisadora.

“Cabe a ciência proporcionar acolhimento a esse período sensível da vida. A psicologia acredita que a fala, a oportunidade de elaboração da fala, a escuta especializada dos profissionais e o compartilhamento de experiências e emoções com pessoas que estão passando pela mesma experiência, pode ser boas ferramentas para a saúde mental das pessoas em luto, amenizando o sofrimento e dando assim melhor qualidade de vida e conforto”, finalizou a coordenadora.

 

 

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