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Pesquisa da Ufam que aponta eficácia do isolamento social para o achatamento da curva de covid-19 é destaque nacional

Publicado: Sexta, 15 de Maio de 2020, 14h48 | Última atualização em Sexta, 22 de Maio de 2020, 15h53 | Acessos: 6520

Por Irina Coelho
Equipe Ascom Ufam

 

O estudo foi apresentado ao governador Wilson Lima e as autoridades de saúde do Estado e serviu de fonte para o Jornal Nacional

 

Pesquisadores dos Departamentos de Matemática e Estatística da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) modelaram a ‘Curva epidemiológica da covid- 19 em Manaus’  e concluíram que o atual nível de isolamento da capital de 40% teve o efeito de diminuir o ritmo de contágio da doença. Foram usados dados referentes aos óbitos, sepultamentos e mobilidade da população via celulares.

O estudo utilizou como metodologia um modelo compartimental SEIR e estimou em 85 mil o número total de infecções ativas pelo novo coronavírus, em Manaus, no dia 11 de maio. A pesquisa leva em conta a taxa de letalidade em relação à estimativa de pessoas infectadas (0,75%) e o tempo médio entre a exposição ao vírus e o óbito (18 dias).

De acordo com um dos responsáveis, professor Alexander Steinmetz, os resultados apontam que com esse nível de isolamento social ainda há muitas infecções ativas na população. “Foram feitas projeções com o fortalecimento do isolamento social para 60%, o relaxamento do isolamento para 20% e sem o distanciamento social após o dia 12 de maio. Concluímos que não se recomenda afrouxamento no distanciamento social, pois poderia levar a um novo aumento de casos, pelo grande número de infectados e pequena porcentagem de recuperados, que estimamos em 10%, provavelmente imunes. Os números apontam também que o distanciamento social, apesar da adesão limitada, e uso de máscaras pela população em geral foram eficazes. No mais, com uma adesão maior e medidas mais rígidas poderíamos ver uma redução significativas de infecções e óbitos, que estão atualmente em um nível muito alto”, explica.

 

Destaque Nacional

O estudo serviu de fonte para o Jornal Nacional da última quinta-feira, 15. Na matéria, o professor Alexander Steinmetz lembrou que é recomendável o distanciamento social mais rígido, entre 60% e 70%, para que haja uma redução efetiva de infectados em Manaus. A pesquisa atendeu a um pedido da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e foi apresentada no última terça-feira, 13, ao governador Wilson Lima e as autoridades de saúde do Governo do Estado do Amazonas. 

“Acreditamos que é importante que gestores públicos disponham de estudos científicos para a tomada de decisões nesta grave crise. Decisões baseadas em evidências e na Ciência podem salvar vidas e nós esperamos ter feito a nossa contribuição com esse estudo”, diz o professor.

Além dos Departamentos de Matemática e Estatística da Ufam, houve contribuições do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Departamento de Estatística, Física e Matemática da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ).

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