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Palestra sobre Coronavirus informa comunidade da Ufam sobre epidemia

Publicado: Quarta, 19 de Fevereiro de 2020, 13h59 | Última atualização em Sexta, 15 de Janeiro de 2021, 14h52 | Acessos: 4612

Informar sobre a epidemia de Covid-19, causada pelo Coronavirus, foi o objetivo da palestra ministrada pelo infectologista Bernadino Albuquerque, professor da Faculdade de Medicina da Ufam e também pesquisador adjunto da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD). A atividade, realizada na manhã de terça-feira, 18, foi promovida pela Gerência Multidisciplinar em Telessaúde da Universidade Federal do Amazonas (GMT/Ufam) e transmitida para os cinco campi fora da sede.

Abordando o tema “Coronavírus: o que você precisa saber”, o palestrante apresentou o cenário local e mundial desde os primeiros relatos dos casos ocorridos na cidade chinesa de Wuhan até a situação atual. Segundo o infectologista, ainda não se sabe exatamente qual a origem do vírus, mas há suspeitas de que a contaminação tenha sido iniciada a partir de morcegos, serpentes ou uma espécie de tatu. Independente disso, a Covid-19 representa “uma potente ameaça à saúde pública no mundo”, afirmou o profissional.

Expondo dados que indicam o avanço da doença na China e no mundo, o médico demonstrou a periculosidade do Coronavirus. Desde o final de 2019 até o dia 30 de janeiro de 2020 - data em quem a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública internacional em razão do vírus - já haviam sido registrados 7.818 casos confirmados, sendo 7.736 na China; 12.187 casos suspeitos e 170 mortes, todas em território chinês.

Até a última segunda-feira, 17 de fevereiro, já eram 71.429 casos confirmados, com 1.775 óbitos, um deles ocorrido na França, sendo o primeiro registro fora da China, que registrava 70.635 casos confirmados e 1.772 mortes naquela data. Além da França, seis países apresentaram notificação de casos: Singapura (75), Japão (59), e Coreia (30) estão entre eles.

Bernadino Albuquerque expôs também a situação do Brasil e do Amazonas em relação ao tema. De acordo com ele, o país já vem tomando medidas para evitar que a epidemia cruze as fronteiras brasileiras. Até o momento o país não possui casos confirmados, mas monitora cinco suspeitos.

Definição de Casos Suspeitos

Conforme o infectologista, existem três situações que se configuram como casos suspeitos de Covid-19: situação 1 – febre e um sintoma respiratório, com tosse, dificuldade de respirar ou outros. Situação 2 – febre e histórico de contato próximo de caso suspeito nos últimos 14 dias anteriores. Situação 3 – febre ou pelo menos um sintoma respiratório e contato próximo de caso confirmado em laboratório nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas. “À medida que se detecta uma situação dessas, temos que considerar como caso suspeito”, informou o palestrante.

Formas de Transmissão

A transmissão se dá de pessoa para pessoa por meio do contato com as gotículas de saliva expelidas por indivíduo enfermo ou por espirro, tosse, secreções oro-nasais e do contato pessoal – aperto de mão ou contato com objetos e superfícies contaminados.

Tempo de contagio e sobrevivência do vírus

A sobrevivência externa do Coronavirus é de dois a cinco dias, o que permite a contaminação de ambientes e objetos.

O período de transmissibilidade antes do infectado apresentar os sintomas ainda está em estudo. Durante o período de sintomatologia, o paciente pode transmitir o virus ate sete dias do inicio dos sintomas.

Classificação clínica

Casos leves – 80% de todos os já registrados, sem pneumonia ou pneumonia branda – sem mortes – muito semelhante à gripe comum.

Casos severos – falta de ar, mudança na frequência respiratória, saturação de oxigênio no sangue, infiltração pulmonar, síndrome respiratória aguda – sem mortes e 13,8% dos registros.

Casos críticos – insuficiência respiratória, choque séptico, falência múltipla de órgãos – 1.023 casos com 100% de óbitos e 4,7% das infecções.

Fatores de risco

Pessoas com hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, doença respiratória crônica e câncer são consideradas mais vulneráveis. Assim como pessoas acima de 60 anos e do sexo masculino. Crianças de baixa idade também estão no grupo de risco.

Medidas de Prevenção

Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou sabonete por pelo menos 20 segundos, se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para mãos à base de álcool.

Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

Evitar contato próximo com pessoas doentes.

Ficar em casa quando estiver doente para evitar a transmissão para outras pessoas.

Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Após a palestra, os expectadores dos seis campi da Ufam puderam esclarecer dúvidas sobre o tema com o professor da Faculdade de Medicina da Ufam e também pesquisador adjunto da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado.

 

  

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