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Ufam recebe prêmio de melhor trabalho no XXV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB)

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Os pesquisadores do Grupo de Pesquisa Gestão da Informação e do Conhecimento na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (GICA/Ufam), Angela Emi Yanai, Marcos Roberto e a professora Célia Simonetti, foram premiados com o melhor trabalho no XXV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB). O Encontro aconteceu entre os dias 3 e 7 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ), e é o principal evento de pesquisa e de pós-graduação do campo da Ciência da Informação do Brasil.

Intitulado “Gestão do conhecimento indígena para o artesanato: proposta de um modelo para as artesãs amazônicas”, o trabalho surgiu da necessidade de valorizar o artesanato produzido pelas mulheres indígenas, considerando a importância do artesanato em suas vidas, uma vez que a venda desses produtos constitui parte significativa de sua renda. De acordo com a pesquisadora Angela Emi Yanai, a proposta inicial foi utilizar as especificidades do artesanato indígena como aspecto principal de valorização e contribuir com a preservação do conhecimento tradicional passado de geração em geração.

“A pesquisa buscou refletir sobre a gestão do conhecimento indígena voltado para o artesanato, destacando iniciativas internacionais bem-sucedidas na gestão e proteção do conhecimento tradicional, com o intuito de propor um modelo para as artesãs indígenas da Amazônia. Foi realizada uma análise comparativa de algumas iniciativas internacionais de gestão, proteção e salvaguarda do conhecimento tradicional, tais como: Biblioteca Digital de Conhecimento Tradicional da Índia, do Portal do Conhecimento Tradicional Coreano e dos Arts Centres Australianos”, explicou Angela Emi Yanai.

Segundo Marcos Roberto, também autor do trabalho, a partir dessa análise, foi possível identificar as estratégias adotadas por diferentes países para gerir e salvaguardar o conhecimento tradicional contra apropriação indevida. “O modelo proposto na pesquisa foi desenvolvido pensando na Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, a fim de contribuir com a gestão, documentação e preservação dos saberes ancestrais das anciãs associadas, permitindo que a própria comunidade gerencie seu patrimônio cultural”, destacou o pesquisador.

O autor falou ainda sobre a metodologia aplicada no trabalho premiado. “Para alcançar o objetivo da pesquisa, optamos metodologicamente pela abordagem teórica, com o intuito de discutir os elementos que envolvem a gestão do conhecimento indígena direcionada à produção de artesanatos. Posteriormente, realizamos uma análise comparativa de iniciativas internacionais reconhecidas e consolidadas de gestão, proteção e salvaguarda do conhecimento tradicional para propor um modelo para as artesãs indígenas. Os resultados da pesquisa nos mostraram que os recursos tecnológicos são fundamentais para apoiar a proteção, preservação e disseminação do conhecimento tradicional. Porém, é de suma importância levar em consideração que as estratégias adotadas devem ser adaptadas, observando as necessidades e especificidades de cada comunidade, garantindo o respeito e a participação efetiva dos povos originários”, enfatizou.

Para a professora e líder do Grupo de Pesquisa Gestão da Informação e do Conhecimento na Amazônia (GICA), a docente Célia Simonetti, o prêmio representa o reconhecimento da comunidade da Ciência da Informação sobre a excelência da pesquisa realizada pela Ufam e pelo GICA. “Por se tratar do maior e melhor evento de pesquisa da Ciência da Informação, organizado pela Associação Nacional de Pesquisa, e tendo sido premiado em um Grupo de Trabalho (GT) que reúne pesquisadores que trabalham no contexto da gestão do conhecimento, esse reconhecimento aponta para a expertise que o GICA vem construindo a mais de cinco anos para tratar da gestão dos saberes dos povos originários em um alinhamento efetivo com o contexto onde o grupo se insere”, destacou.

A docente da Ufam falou também da contribuição desse trabalho para a Ciência da Informação no Brasil. “Representa uma efetiva contribuição para a construção de caminhos que alinhem a gestão do conhecimento com as demandas dos conhecimentos tradicionais, algo que poucos no país tem se dedicado a estudar”, finalizou.

 

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