Mestranda do PPGAS é premiada no Programa Ancestralidades
A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), Sileusa Natalina Menezes Monteiro, indígena da etnia Dessana de São Gabriel da Cachoeira, foi selecionada pelo Programa Ancestralidades de Valorização à Pesquisa de 2024, com a pesquisa “Da carne da terra se faz a cerâmica”. A premiação tem o objetivo de promover a formação e o desenvolvimento de profissionais atuantes em instituições acadêmicas e culturais brasileiras cujo objeto de pesquisa seja os saberes, as histórias e as culturas das populações negra e indígena no Brasil. A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada no dia 12 de novembro, no Rio de Janeiro.
De acordo com Sileusa Monteiro, o resultado da seleção representa um avanço significativo para o movimento indígena, especialmente para as mulheres indígenas que trabalham na confecção de cerâmica. “Essa é uma vitória coletiva, é um passo dado para que a sociedade conheça o que é esse conhecimento do fazer cerâmica permeado por ancestralidade pelo movimento indígena e também pelas discussões contemporâneas ligadas à defesa do direito coletivo, o direito das mulheres, mudanças climáticas, sustentabilidade e geração de renda”, declarou. “Então, são as mulheres que fazem cerâmicas. Tem todo um processo, trabalhoso, que muitas vezes é inviabilizado porque o que é visto é só uma cerâmica bonita com grafismo, só que tem a peça, o artefato, e tem uma história, a história das mulheres, as vozes das nossas ancestrais, que vieram perpetuando esse conhecimento”, completou.
O Programa Ancestralidades de Valorização à Pesquisa 2024 - Meio Ambiente e Raça contemplou 12 trabalhos com representantes de ambas as categorias. Os trabalhos selecionados ainda em desenvolvimento (07) receberam aporte financeiro de R$12 mil, já às pesquisas finalizadas (05), foi repassado o valor de R$18 mil.
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