Consuni: maestro Adelson Santos recebe título de professor emérito
Por Sebastião de Oliveira, equipe Ascom
Revisão Rozana Soares
Aconteceu na última quarta-feira, 21 de agosto, no Teatro Amazonas, cerimônia de outorga Menção Honrosa ao maestro, compositor e educador musical Adelson Oliveira dos Santos, docente aposentado da Faculdade de Artes (Faartes). Acompanhando o reitor e presidente do Consuni, professor Sylvio Puga, o diretor da Faculdade de Artes (Faartes), professor João Gustavo Kienen, a secretária dos Conselhos, Helen Conceição de Moraes Derzi e o representante da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, maestro David Nunes.
Em pronunciamento, o reitor professor Sylvio Puga saudou as autoridades presentes, ressaltando a história do Teatro Amazonas, local que concentrou em momentos de lazer, a elite amazonense, beneficiada no final do século XIX com o Imposto de Exportação, disse o reitor que prosseguiu dizendo que isso foi o resultado da modernização da cidade de Manaus e, consequentemente, a construção do Teatro Amazonas. Indo na contramão do processo de extração agressiva do látex, o professor Adelson Santos nos alerta quanto à preservação e conservação da Floresta Amazônica, ao compor a obra ‘Não mate a mata’, disse.
Vanguarda
“Uma canção, que é universal, uma canção que representa a resiliência de nossa Amazônia frente a tudo aquilo que a devasta. Portanto, professor, o senhor foi um homem à frente de seu tempo, em que propôs para nós uma Agenda Ecológica, uma agenda de vanguarda e uma agenda que a Universidade Federal do Amazonas reconhece. Em razão disso, o Conselho Universitário outorga o título de professor Emérito. Então, pelo conjunto de sua obra e pelo momento visionário, receba as nossas parabenizações de outorga de título”, expôs Sylvio Puga.
Reconhecimento
Um discurso com muitas emoções. Foi dessa forma que o maestro Adelson Santos proferiu suas narrativas, lembrando momentos de sua vida que marcaram insight de muita criatividade. “É com grande alegria receber o título e, por conta disso, levantou o ânimo de ter mais disposição de trabalhar com mais ênfase daquilo que mais gosto, que é fazer música”, disse Santos que demonstrou seus sinceros agradecimentos a Universidade, mas, em especial, ao Conselho Universitário pelo reconhecimento em homenageá-lo.
Além de “Dessana Dessana ou começo antes de tudo” e outras obras, “Não Mate a Mata” criada nos anos de 1960, é a que marca o sucesso local e nacional, em uma época em que falar de preservação e conservação do meio ambiente não era algo discutível. “Eu fiz essa música em 1960, de lá para cá ela continua evidenciada em razão das questões ambientais”, explicou.
Valorização
O diretor da Faartes, professor Gustavo Kienen, comentou sobre a importância do significado ao homenageado que, se somando à menção honrosa dada ao docente Nivaldo Santiago, se têm dois professores eméritos que construíram a História da Música no Amazonas. “Para um momento desse, disse o professor, acredita que é uma manifestação política ao homenageá-lo. Em geral, as artes não são tidas como coisas importantes, embora seja uma das coisas mais importantes que a humanidade já propôs, mas nós não temos a cultura de valorizar os artistas. Então, podemos conferir as obras do professor Adelson e entender como é a rotina de um artista e de todas as mazelas que enfrentamos na formação”, completou Kienen.
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