Na 28ᵃ edição, Conic encerra atividades com premiação aos melhores trabalhos de Iniciação Científica
Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom Ufam
O Congresso de Iniciação Científica da Universidade Federal do Amazonas (XXVIII Conic/Ufam) teve suas atividades encerradas nesta terça-feira, 16, com a premiação dos melhores trabalhos de Iniciação Científica 2018/2019. O evento ocorreu no auditório da Faculdade de Estudos Sociais (FES), localizado no setor Norte do Campus Universitário.
Na composição da mesa de encerramento, representando o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, esteve a titular da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), professora Selma Baçal. Compuseram a mesa o diretor do Departamento de Pesquisa, professor Jamal Chaar; o representante do Comitê de Avaliação Externo, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Carlos Grandini; e a representante do Comitê de Avaliação Interno, professora Thais Espir.
Para a pró-reitora, a Ufam não é diferente das outras universidades brasileiras que enfrentam situações de dificuldades após o contingenciamento de recursos no atual contexto político. No entanto, a Universidade está caminhando no sentido contrário das ações impostos no campo da Ciência e Tecnologia. “Ao contrario de alguns, pensarem que poderíamos frear com o contingenciamento ou de inibir as chamadas de alunos para fazer iniciação científica, tomamos uma decisão contraria que foi estimular ainda mais alunos e professores a desenvolver trabalhos de iniciação científica”, disse a titular da Propesp.
Em continuidade, a pró-reitora acredita no fortalecimento da graduação a partir da prática científica, principalmente na universidade pública, o que proporciona ao aluno a melhor formação, permitindo assim o seu apego à ciência e a progressão rápida na aquisição do conhecimento. A professora Selma Baçal fez um resgate cronológico: "Em 2017, foram apresentados 850 projetos de pesquisa com aproximadamente 250 bolsas ofertadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), 250 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e outras 60 pela Ufam. Em contraposição a esse quadro, em 2019, foram aportadas 1.250 bolsas".
“O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) cresceu mais de 200% nos últimos dois anos e traz muita alegria para nós, porque há um investimento na Instituição. Hoje, alcançamos 250 bolsas estáveis ofertadas há 10 anos pelo CNPq, mas conquistamos a marca de 440 para 2019/2020, estas ofertadas pela Fapeam; pela Ufam, 560 bolsas”, disse a pró-reitora.
“Nenhuma universidade pública investe tão pesado na Iniciação Científica como a Ufam. Mas, há uma razão de ser, não investimos sem planejamento. Nós estamos pensando nos egressos que saem com a melhor formação, mas que são potencialmente os melhores candidatos para seleção de mestrado e doutorado dentro da Universidade. Quando visitamos os campi do interior do estado, alertamos aos alunos sobre a importância da iniciação científica no que tange na melhora de sua formação”, completou Selma Baçal.
O diretor do Departamento de Pesquisa, professor Jamal Chaar, disse que é com alegria em participa do Conic em que teve o maior número de participação de trabalhos e projetos em jornada do PIBIC, o qual considerou um fato histórico para a Universidade. O professor contabilizou mais 1.700 trabalhos e projetos de iniciação científica. Apesar da finalização do Conic na capital, o professor assegurou que as atividades continuam nos campi do interior do estado, encerrando-se somente no mês de novembro.
Carlos Grandini destacou a excelência dos trabalhos de iniciação científica que considerou a primeira etapa, o caminho da jornada acadêmica, responsabilizando alunos e organizadores do XXVIII Conic pela qualidade do evento. Além disso, ele acredita no árduo esforço que seus pares tiveram na análise e na escolha dos trabalhos de pesquisa que poderiam ser indicados à Menção Honrosa. “Parabenizo a todos os envolvidos, orientando-os a não desistir e a seguir em frente, independente do peso que for carregado”, relatou o representante do Comitê de Avaliação Externo.
Melhor pesquisa por área
Isadora Silva Araújo, 22, finalista do Curso de História, ganhou a premiação como melhor trabalho por área, com a pesquisa intitulada “Da frasqueira de Jacy ao Nordeste (re)inventado: Grupo Carmin e o diálogo entre História e experiência de vida cotidiana no teatro documentário”, sob orientação do professor Glauber Cícero Ferreira Biazo.
Ela disse que o “resultado foi muito gratificante”. “O processo de pesquisa é duro, é difícil, é cansativo, mas este evento é o momento de confraternização para ver os trabalhos dos amigos e compartilhar junto essa alegria, que faz com que tudo ganhe uma nova significação. O Pibic é um processo importante na Universidade e precisamos lutar para que isso continue existindo, possibilitando a aventura na pesquisa como resistência da Universidade Pública”, relatou Isadora Araújo.
Vitor Chaves Santos, 20, finalista do bacharelado em Matemática, avalia positivamente a premiação recebida, por meio da pesquisa intitulada “O princípio do Máximo e Aplicações Geométricas”, orientadora professora Juliana Ferreira Ribeiro de Miranda. “O esforço e a dedicação vêm sendo adquiridos ao longo das atividades desenvolvidas no próprio curso, e isso me fez adquirir com naturalidade certa maturidade. O Conic é importante e incentiva muito o processo de aprendizado, permitindo aos alunos continuar seus estudos no mestrado e no doutorado, porque motiva trabalhar com outras de forma de pesquisa com rigor e profundidade”, finalizou o acadêmico.
Histórico
A XXVIII edição do Conic, expressando o êxito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), lançado em 1984, na Ufam, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), evidenciando o sucesso de um dos programas mais importantes já lançados pela agência e adotado pelas FAP’s de todo o País, a exemplo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Nesses 28 anos, o Conic mostra a contribuição do Pibic nos 110 anos da Ufam, formando milhares de alunos nas nove áreas do conhecimento organizados pelo CNPq e Capes, tendo papel determinante para a qualidade do profissional no mercado e na pós-graduação.
Nos últimos dez anos, houve um aumento expressivo na oferta de bolsas de Pibic, especialmente nos últimos dois anos, mesmo com toda a dificuldade e com a limitação de recursos. A evolução do número de projetos Pibic mostra a importância do programa na instituição e na região, tendo a Ufam atingido 1.782 projetos na edição 2018/2019, dos quais 1.176 (66%) tiveram apoio com bolsas IC do CNPq (250), Fapeam (366) e Ufam (560). Neste crescimento, tiveram destaques as áreas de Humanidades, Engenharias e Saúde.
Entretanto, as demandas de projetos e por bolsa ainda são maiores do que os recursos disponíveis, o que mostra a premente necessidade de aumento dos recursos. Ainda foram atingidos 10% do numero de alunos da Ufam com o Pibic, mas existe a meta de chegarmos a 2000 projetos com bolsa até o fim desta gestão, para continuar contribuindo com a melhor formação do estudante nos seus cursos, preparando-o para a Pós-Graduação e para mercado de trabalho, com vistas ao avanço da ciência, da tecnologia e da inovação na região o e desenvolvimento regional.
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