Curso de Engenharia de Petróleo e Gás comemora os 15 anos com conferência sobre inovação e sustentabilidade
Revisão: Rozana Soares, equipe Ascom
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio do curso de Engenharia de Petróleo e Gás, na tarde desta terça-feira, 12 de novembro, realizou a abertura da 1ª Conferência de Petróleo e Gás: Inovação e Sustentabilidade. O evento ocorreu no Hotel Mercure Manaus e comemora os 15 anos do curso de Engenharia de Petróleo e Gás da Ufam. A programação vai até dia 14 de novembro e inclui palestras e painéis sobre temas como ESG (inglês: Ambiental, Social e Governança), Machine Learning, Descarbonização, Transição Energética e Logística no setor de Petróleo e Gás. Confira a programação completa AQUI.
Durante a solenidade, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, destacou que o curso é um dos poucos no Brasil nesta modalidade. “O curso oferece ao mercado de trabalho do Amazonas, na área de Petróleo e Gás, mão de obra qualificada e eventos como este, que aproxima a Universidade ao mercado de trabalho, são fundamentais para que nossos discentes conheçam experiências profissionais importantes do setor que servirão para engrandecer o seu conhecimento teórico”, enfatizou o reitor.
De acordo com o diretor da Faculdade de Tecnologia (FT), professor João Caldas, o curso de Engenharia de Petróleo e Gás iniciou dentro do planejamento de novos cursos que incluíram: Mecânica, Materiais, Petróleo e Gás, Arquitetura e Engenharia Química. “A partir da nossa necessidade regional de formação de mão de obra para atender as demandas do polo industrial, a Ufam, por meio da FT, identificou a necessidade de criação do curso de Engenharia de Petróleo e Gás há 15 anos. Depois disso, iniciamos esse processo de formação de engenheiros na área para o estado do Amazonas visando atender, especificamente, esse setor que, na nossa visão, está em crescimento e expansão. A energia é necessária para impulsionar o crescimento do estado do Amazonas e com o processo de transição energética isso fica mais evidente ainda”, disse.
Palestras
O primeiro painel intitulado “Programa Carbono Neutro” foi proferido pela coordenadora do Programa Carbono Neutro da Petrobras na Amazônia, Roberta Viana. Segundo a engenheira, a produção de óleo e gás, dentro do Programa Carbono Neutro, é voltada para iniciativas que suportam a trajetória de descarbonização. “Nós queremos produzir óleo e gás sem prejudicar o meio ambiente a longo prazo em termos de emissões atmosféricas. A ideia do Programa é reduzir ao máximo as emissões, por meio de novos projetos e filosofia de operações, rumo a uma neutralidade. A relevância disso para a sociedade reflete diretamente nas mudanças climáticas aceleradas que estamos vendo atualmente”, explicou.
A palestrante falou ainda que eventos como esse são uma via de mão dupla porque beneficia tanto as empresas quanto a Universidade. “Os estudantes podem enxergar o caminho que eles irão querer trilhar no futuro. Essa é a possibilidade de convergência de interesses entre o mercado e os estudantes”, contou.
Para a estudante do quarto período do curso de Engenharia de Petróleo e Gás, Pietra Ribeiro, a Conferência permite que ela conheça de perto as principais empresas que fazem parte do mercado de trabalho. “Está sendo uma experiência nova porque até pouco tempo eu era caloura e agora estou conhecendo um time de pessoas que fazem parte da minha área e que servem de inspiração para que eu continue trabalhando em busca do que desejo. As minhas expectativas são conhecer como anda o mercado de trabalho, conversar com pessoas que atuam na área e ouvir essas experiências. Sobre as palestras, tenho muito interesse em saber como as empresas estão lidando com a sustentabilidade, descarbonização e as inovações que elas estão promovendo para o setor”, enfatizou.
I Conferência
Para a chefe de Departamento de Engenharia de Petróleo e Gás, professora Joemes de Lima Silva, o curso foi um dos primeiros dentro da Faculdade de Tecnologia que reformulou o projeto pedagógico. “O corpo docente de Engenharia de Petróleo e Gás atuou de forma significativa na renovação da grade curricular. Hoje, a grade do curso contempla toda a indústria de petróleo, desde a parte de exploração até a produção logística. A Conferência, em si, possibilita às empresas um diálogo mais próximo com a Universidade, dando visibilidade ao curso, e, consequentemente, das atividades que o curso pode desenvolver ao longo dos próximos anos, como o fomento de pesquisas”, destacou.
A professora Suelen Marques, coordenadora do evento, explicou que a ideia foi comemorar os 15 anos do Curso, reunindo as maiores empresas do setor. “Essa é uma oportunidade para que os alunos tenham trocas entre a pesquisa e as empresas. Fundamentalmente, o objetivo da Conferência é que os discentes entendam que a pesquisa não está restrita a sala de aula e deve ser voltada para a comunidade. É por meio da Ciência que as empresas conseguem se desenvolver e nossos alunos são o futuro de tudo isso”, apontou.
O discente Wendel Ricardo do Nascimento, presidente da Comissão Organizadora, apontou os desafios em reunir especialistas, acadêmicos, indústria e pesquisadores em um só local para discutir temas relevantes para a área de Engenharia de Petróleo e Gás. “Serão abordados temas atuais e emergentes dentro na nossa área e conseguimos construir espaços significativos de troca de conhecimento com a indústria, academia e mercado”, finalizou.
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