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Implantação de energia solar na Ufam diminui emissão de dióxido de carbono e a despesa com energia

Publicado: Quarta, 04 de Outubro de 2023, 14h00 | Última atualização em Quarta, 04 de Outubro de 2023, 15h25 | Acessos: 1054

Por Juscelino Simões (Ascom/Ufam)

Foto: Juscelino Simões

A Unidade de Pesquisa em Energia, Clima e Desenvolvimento Sustentável, projeto vinculado ao Centro de Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas (UPEC/CCA/Ufam), tem promovido a implantação do uso de energia limpa na Instituição com o intuito de reduzir despesas, mas também, seguir diretrizes mundiais para a implantação de energia limpa e diminuir impactos ao meio ambiente.

O processo de transição energética na Universidade Federal do Amazonas, iniciado pela Unidade de Pesquisa em Energia, Clima e Desenvolvimento Sustentável, já passou por duas fases nos últimos anos: o estudo do potencial solar do Amazonas, instalação de sete equipamentos de energia solar em Manaus, Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara, Parintins e São Gabriel da Cachoeira e o estudo de edifícios solares com a montagem de quatro edifícios solares: dois prédios na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), no setor Sul do Campus Universitário, um em Parintins e um em Itacoatiara. Até o final do ano Benjamin Constant, Coari e Humaitá também terão edifícios solares (a cada 1.000 KW produzido com energia solar tem-se uma supressão de 1.2 toneladas de dióxido de carbono do ar, o equivalente a 55 árvores plantadas).

Com o sistema completo a Universidade contribuirá com a preservação do meio ambiente e terá uma economia de R$1.500.000,00 por ano na conta de energia. A terceira linha de atuação é a capacitação de pessoal na área de energia solar, já foram capacitadas 500 pessoas, mas o objetivo é de mais 500 pessoas até o final do ano. A capacitação também qualifica as pessoas para empreender nesta área.   

O mundo passa por um processo de transição energética em razão da poluição do meio ambiente que nas últimas décadas começou a cobrar uma nova postura do capital e da sociedade. A matriz energética do mundo é muito poluente e à medida que cresce o desenvolvimento econômico a demanda por energia aumenta. Esse quadro tem levado o planeta e a população a sofrer graves crises climáticas com consequências inumeráveis em várias regiões. Uma das alternativas é utilizar a energia limpa com a oferta de mais energia eólica, solar e hidráulica.

O Brasil tem uma matriz energética mais limpa do mundo e é signatário de um protocolo com a ONU chamado Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que tem 17 itens em que os países precisam atingir e, entre eles, está a de número sete que trata da energia limpa e sustentável e que os países precisam se adequar até 2030. O CCA trabalha com todas as ODS, mas especificamente a de número 7 que se refere ao uso de energia limpa passa por esse processo de implantação.       

As energias limpas consistem em sistemas de produção de energia que excluem qualquer tipo de poluição, principalmente por emissão de gases de efeito estufa como o CO2, causadores das mudanças climáticas.

“A matriz energética do mundo é muito poluente. No geral é feita a base de combustíveis fósseis e carvão mineral. A nossa matriz elétrica é limpa, baseada na hidráulica, eólica e solar. Fizemos num primeiro momento o mapeamento solar do estado do Amazonas para identificar qual é o potencial real de cada município para que no futuro possamos substituir toda a matriz energética à base de combustível fóssil, por energia solar. Nosso maior potencial é sem dúvida a energia solar e por isso iniciamos a implantação em alguns dos prédios da Ufam. Os edifícios solares na Universidade vão impactar na preservação do meio ambiente e diminuir o gasto com energia, mas também passa a ser uma referência para outras instituições”, destacou o diretor do Centro de Ciências do Ambiente da Ufam e coordenador do projeto de energia solar, professor Eron Bezerra.

 

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