Projeto CEL comemora 33 anos nesta quinta-feira, 30
Por Juscelino Simões
Equipe Ascom
Nesta quinta-feira, dia 30 de março, o Centro de Estudos de Línguas (CEL) completa 33 anos de atividades na formação de estudantes em línguas estrangeiras, língua portuguesa para estrangeiros (PLE), língua Portuguesa para vestibulares e ENEM, produção de textos em língua Portuguesa, e LIBRAS. O CEL se constituiu como um dos mais bem-sucedidos Projetos da Universidade Federal do Amazonas com números de formandos significativos ao longo dos anos. É um projeto autossustentável que atende não só a comunidade acadêmica, mas também o público externo. É um projeto de extensão da Faculdade de Letras da Ufam (Flet/Ufam) que promove ensino, estágio e formação profissional dos discentes. É uma ação socioeducativa com abrangência internacional.
“O Centro de Estudos de Línguas (Projeto CEL) da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas é um dos projetos mais abrangentes na área socioeducativa no Amazonas. Oportuniza o ensino e aprendizagem de línguas à comunidade em geral e contribui com a formação de professores de idiomas na FLet/Ufam. O projeto é referência no ensino de Línguas Modernas, tendo cursos de Português para Estrangeiros(PLE) e Português, Língua Materna, ao alcance de todas as classes sociais. A sua mais nova ação é evidenciada pelos cursos de Proficiência em Leitura e Compreensão de Textos em língua Espanhola, em língua Francesa e em língua Inglesa. O projeto tem atingido uma média de 300 acadêmicos de mestrado e doutorado por semestre, desde 2016, conforme exigências dos programas de pós-gradação local e nacional”, destacou a coordenadora geral do Projeto, Edith Correa.
“O projeto se destaca pelo número de alunos de Inglês. Atualmente temos 950 alunos inscritos, sendo 712 de inglês, incluindo os cursos regular e de Proficiência em Leitura e Compreensão de Texto em Inglês, seguidos de Proficiência em Leitura e Compreensão de Texto em Espanhol, Proficiência em Leitura e Compreensão de Texto em Francês. Antes da pandemia a média de alunos por semestre era de 1,4 a 1,8 mil alunos, hoje recebemos aproximadamente 950 alunos”, afirmou Edith Correa .
O início do projeto e o entusiasmo de docentes
O Centro de Estudos de Línguas é uma iniciativa do antigo Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras – DLLE - no período de 1989 e 1990, no antigo Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). O entusiasmo das professoras Maria Ângela Penafort, Lilian Filgueiras e Noemi Saraiva impulsionou a parceria da Universidade do Amazonas (UA) com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e, em 30 de março de 1990, o então reitor, professor e médico Marcus Barros, assinou um convênio com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) de criação do Centro de Estudos de Línguas (CEL), com o objetivo de desenvolver técnicas e metodologias em estudos de línguas e oferecer curso de Inglês Básico para estudantes de nível médio, superior, industriários, com o apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi). As aulas de Inglês já vinham ocorrendo informalmente, mas a partir da assinatura do convênio UA e IEL foi dado o início às aulas de Inglês para dependentes de servidores da UA.
O projeto de extensão autossustentável
Ao longo de mais de trinta anos o projeto extensionista, autossustentável configura-se como um espaço de ensino e aprendizagem de idiomas, com abrangência direta aos alunos de graduação da Faculdade de Letras e à comunidade externa. Aos acadêmicos de Letras (professores em formação) em Língua Espanhola, Língua Francesa, Língua Inglesa, Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), Língua Japonesa e Língua Portuguesa, o CEL oportuniza uma alternativa de campo de estágio. Enquanto acadêmicos, os discentes de Letras têm a oportunidade de vivenciar teoria e prática pedagógicas, desde a participação na escolha do material didático, a metodologia, até a ministração de aulas de Espanhol, de Francês, de Inglês, de Japonês, LIBRAS, Produção de Textos em Língua Portuguesa, Português para vestibulares e ENEM e Português para Estrangeiros (PLE). À comunidade, o projeto oportuniza cursos que permitem aos estudantes a aprendizagem de idiomas ministrados por professores em formação.
O Centro de Estudos de Línguas da Faculdade de Letras oferece à comunidade interna e externa à Universidade o ensino e aprendizagem de idiomas, contribuindo para a capacitação de profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Proporciona aos acadêmicos de Letras uma alternativa de campo de estágio em que possam desenvolver as habilidades didático-pedagógicas imprescindíveis ao seu aprimoramento profissional.
O CEL tem como público-alvo adolescente a partir de treze anos, jovens, estudantes da educação básica, estudantes universitários, profissionais liberais, professores, estrangeiros e demais pessoas interessadas na aprendizagem de idiomas.
Tem como objetivo proporcionar aos acadêmicos de Letras uma alternativa de campo de estágio em que possam desenvolver as habilidades didático-pedagógicas imprescindíveis ao seu aprimoramento profissional, como também oportunizar a aprendizagem de idiomas à comunidade, como um diferencial de capacitação para o mercado de trabalho, na iniciativa privada, no serviço público, ou para facilitar o ingresso nos programas de pós-graduação.
Com o passar dos anos, o projeto foi se intensificando, oferecendo novas ações, abarcando diferentes idiomas e atendendo mais comunitários. Além dos já mencionados cursos de Inglês, de Francês e de Espanhol, o CEL já ofereceu em seus mais de 30 anos de existência cursos de Alemão, de Árabe, de Italiano, de Latim, e de Línguas Indígenas variadas, atendendo a demandas de alunos e de servidores da Ufam e de comunitários da sociedade amazonense de maneira geral, como os universitários indígenas de 11 etnias: Baniwa, Baré, Dessana, Marubo, Miranha, Mundukuru, Piratapuia, Sateré, Tariano, Tikuna e Tukano, que, de 2009 a 2011, reunidos em um grupo de 44 alunos, fizeram um curso de Inglês voltado para falantes de línguas alóctones amazonenses, elaborado e oferecido pelo CEL em parceria com a Fundação Fullbright. Ação coordenada pela professora Elisabeth Britto da Costa, com aulas ministradas por uma jovem professora norte-americana chamada Jasmine McBeath, mantida pela Fundação Fullbright.
Em maio de 2019 foi ministrado o curso de Mandarim no Centro de Estudos de Línguas por meio do Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal do Amazonas e o Instituto Confúcio/Unesp, ação coordenada pelo professor Wagner Teixeira. Oportunidade para a comunidade universitária se preparar para as futuras ações de mobilidade internacional com instituições chinesas de ensino superior.
Trajetória do Centro de Estudos de Línguas (CEL)
As precursoras do Projeto CEL foram as professoras Lilian Virgínia de Paula, Maria Ângela Penafort Soares e Noemi Saraiva, responsáveis pela área de Inglês, e a professora Jacira Silva, responsável pela área de Francês, seguidas pelos professores João Luiz de Souza, quem passou a ser responsável pela área de Francês, e Elsa Otília Heufemman Barría, da área de Espanhol.
Quem são os envolvidos no projeto CEL
Profissionais da Faculdade de Letras, que exercem a função de Coordenador Geral, Vice-coordenador e professores Articuladores de cada idioma e áreas afins. Os articuladores selecionam, orientam, acompanham vivenciam as necessidades de cada estagiário dos cursos de Licenciatura em Letras da Flet que iniciam sua trajetória na docência, em pré-serviço.
Alunos de cursos de Licenciatura da FLet e de bacharelado de outras unidades acadêmicas
Via edital, publicado pela Coordenação do Projeto CEL a cada início de semestre, os articuladores selecionam estagiários, com avaliação teórica e didática. Após seleção por ordem de classificação, os articuladores atribuem turmas ou atividades administrativas aos acadêmicos, que se tornam bolsistas CEL. A partir de então, os articuladores acompanham o desempenho dos bolsistas com reuniões pedagógicas, rodas de conversa, orientação em grupo e individual. Participam da preparação e adaptação de material didático previamente selecionado, observam as aulas e promovem encontro pedagógicos regularmente.
Internacionalização - expansão e inclusão no ensino e aprendizagem de línguas CEL
A Política Linguística no âmbito da Ufam é objeto da Resolução nº 028/2018, de 14/12/2018, que cria o Comitê de Política Linguística- CPL/Ufam. Uma iniciativa que, além de objetivar o reconhecimento e o apoio institucional ao Núcleo de Línguas Idiomas sem Fronteiras e ao Centro de Estudos de Línguas, prevê a participação destas unidades e o apoio às parcerias internacionais no âmbito dos Programas de Estudante de Convênio de Graduação PEC-G e PEC-PPG. Ações de fundamental importância para o desenvolvimento da composição do compromisso formador de profissionais qualificados para o mercado de trabalho e, para formar multiplicadores dessa prática de sala de aula de línguas, que deve ser cada vez mais valorizada, frente às tendências metodológicas, científicas e culturais, da era da informação.
Cursos CEL on-line a partir de 2020
Em 2020 a crise sanitária mundial impediuas ações presenciais nas escolas de um modo geral, e assim as ações do Projeto CEL foram cancelas. O retorno gradativo só veio em setembro de 2020, quando, de forma remota, com a colaboração dos professores Adriana Araújo (Inglês), Felipe Miguel Castro Heufemmann (Espanhol), Betyna Freitas e João Luiz de Souza (Francês), que prepararam os estagiários para o desempenho de aulas síncronas e atividades assíncronas, os cursos on-line do CEL tiveram início com os de Proficiência em Leitura e Compreensão de Textos em Inglês, Espanhol e Francês foram realizados.
A partir do segundo semestre de 2021 o número de turmas foi ampliado e o Projeto continuou com as turmas de proficiência, e além da oferta de cursos regulares e especiais de curta, com aulas síncronas e atividades assíncronas, ampliando a infraestrutura tecnológica para que cada estagiário-professor pudesse ministrar aulas de forma virtual. O Projeto manterá os cursos remotos enquanto durar a Pandemia. O CEL promove ação social comprometida com a formação de professores de línguas e atua como espaço de ensino e aprendizagem de idiomas à comunidade
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