E-book de 50 anos do ICE retrata uma história de compromisso com a Educação Superior no Amazonas
Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom Ufam
O E-book ‘Instituto de Ciências Exatas – ICE: trajetórias, desafios e perspectivas’ publicado pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua) organizado pelo professor Raimundo Ribeiro Passos e a arquivista Dea Mara de Souza Calderaro, traça toda uma história de 50 anos de compromisso com a Educação Superior no Amazonas. Publicado pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua), o e-book contém 166 páginas e dividido em 8 capítulos, conta também com o prefácio do ex-reitor, professor Hidemberg Frota.
Acesse ao E-book: https://drive.google.com/file/d/1MN74clzCmUWquJ5fGFzIliBvKWQcXOtQ/view
De acordo com o docente Raimundo Passos, o registro da história de 50 anos do ICE, era obrigatório, em razão de relatar a própria história da Ufam, em que dará base sólida para as próximas gerações. “Uma história que não é conhecida é uma história não vivida. Mas não é assim com o ICE. Nossa história foi bem vivida e por pessoas que participaram energicamente dela. O ICE foi sempre muito ativo em todas as suas ações de construção da Universidade”, disse o professor.
Importância
“Participamos de vários momentos, sem nunca nos eximirmos do que nos era exigido. O livro conta esta história, que não é só do ICE, mas é da Ufam, é do próprio Estado do Amazonas, pois quando olhamos para os profissionais formados nas áreas de exatas no Amazonas, todos passaram pelo ICE. Começamos com o Curso de Matemática, mas não era suficiente, vindo em seguida o de Química e, logo depois, o Curso de Física. Daí começa a nossa história como um dos maiores Institutos da Ufam. Somaram-se depois os Cursos de Estatística, de Computação e de Geologia. De fato, somos um Instituto de grande importância e essa história precisava ser contada”, expôs Passos.
Relato fiel
O professor Raimundo Passos conta sobre o processo de elaboração do E-book e destacou algumas dificuldades enfrentadas e curiosidades. “O projeto do livro pensado em 2019, à época diretor do ICE, tinha a ideia básica de retratar um relato fiel da história do ICE, com pessoas que vivenciaram os fatos desde o início”, disse o docente que completou que a partir daí foi elaborado um roteiro/script a ser seguido, assim como alguém que tivesse habilidade no manuseio de documentos. A Déa, nossa arquivista, tinha esse perfil e não foi difícil convencê-la a aceitar, principalmente pela relevância do projeto em si.
“Depois fomos atrás das pessoas para escrever cada capítulo, considerando sempre o aspecto vivencial dos fatos. Identificamos as pessoas certas, que preenchiam os requisitos necessários. Veja por exemplo o caso de um dos autores, o professor Irapuan, que vivenciou a história dos Departamentos de Matemática, Estatística e Computação. Esteve na formação dos três departamentos e foi muito ativo em cada um deles. Daí o fato de ele escrever dois capítulos do livro”, disse.
Passos relata que nem tudo foi simples, a pandemia atrapalhou bastante. “Ficamos impossibilitados no ano de 2020 de buscar documentos no arquivo geral da Ufam, o que se estendeu até 2021. Assim, os prazos iniciais estabelecidos não foram atendidos e o cronograma foi refeito algumas vezes, o que trouxe um certo desestímulo, mas, em seguida superado”, completou.
Curiosidades
Dentre os fatos curiosos relatados, o professor disse que o ICE abrigou no início, de forma embrionária, o Instituto de Ciências Biológicas (ICB), além de ser também a origem do IComp, outro Instituto muito forte na Ufam. Ele destacou também que na Administração Superior da Ufam, assumiram dois reitores, ambos do Departamento de Física, Vice-reitores, vários pró-reitores e vários diretores. O ICE demonstra ser um celeiro neste quesito.
Desafios
O organizador disse que existem grandes desafios para a construção dos próximos cinquenta anos. Pensando nisso, em 2021, foi elaborado, discutido e aprovado o primeiro Plano de Desenvolvimento de Unidade (PDU/ICE), para os próximos cinco anos. Ele ressaltou que o “PDU é uma ferramenta valiosa e indispensável para a gestão do ICE e, se bem aplicado em todas as instâncias, da forma como foi pensado, levará a uma continuidade de ações, promovendo o desenvolvimento, o cumprimento da missão e no atingimento da visão institucional de nosso Instituto.”
“É preciso vencer a inércia da falta de planejamento estruturado de ações; pensar os problemas que mais assolam: a evasão, a retenção e a baixa da taxa de sucesso em nossos cursos de graduação; avançar com os programas de pós-graduação, fazendo-os alcançar os níveis de excelência; institucionalizar e expandir os projetos de extensão e fortalecer o pensamento de que a extensão é tão importante quanto o ensino e a pesquisa; e, talvez um dos grandes desafios, precisamos internalizar o sentimento de pertencimento de cada um de nossos servidores e de que cada um é importante para a construção do ICE nos anos que virão. Ou seja, nosso desafio não é pequeno, mas é, com certeza, muito menor que o tamanho da grandeza que nosso ICE carrega! Vida longa ao ICE!, disse o docente
Cultura de memória
O diretor da Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua), professor Sérgio Freire, acredita que “precisamos criar uma cultura de memória no Brasil e isso passa, é claro, pelo registro da memória institucional. A Edua tem feito um esforço, por determinação do reitor, para publicar tanto livros comemorativos das unidades quanto memorial de professores titulares. Registrando isso, registramos também a memória da Ufam”.
“Mesmo com todas as dificuldades conjunturais que as universidades públicas têm passado, este já é o 29o título publicado em 2022. Estamos cumprindo nossa responsabilidade histórica de devolver à sociedade o resultado do trabalho de docentes e pesquisadores da instituição”, finalizou.
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