Em solenidade no hall do IFCHS, comunidade universitária da Ufam manifesta irrestrito apoio ao Estado Democrático de Direito
Durante a cerimônia, foi lida a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” e o Manifesto público da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas
Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam
Em solenidade promovida pelos professores do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Amazonas (PPGH/ Ufam) e acompanhando movimento nacional em defesa da Democracia, a comunidade universitária da Ufam manifestou apoio irrestrito ao Estado Democrático de Direito.
Carta em defesa da Democracia
Durante a cerimônia, a coordenadora geral do evento e chefe do Departamento de História, professora Kátia Cilene do Couto, convidou os presentes para realizarem a leitura coletiva da Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, que já conta com mais de um milhão de assinaturas no país.
Universidade e a revalidação da Democracia
Durante seu pronunciamento, ela destacou que o movimento não poderia ser fora da Ufam, pela Universidade ser o espaço onde o processo da Democracia é revalidado todos os dias. “Esse ato vem se unir aos demais atos que estão ocorrendo hoje em nível nacional. É uma forma de congregarmos com essa perspectiva da defesa da Democracia no nosso país, da defesa do Estado Democrático de Direito, pela convalidação do que representam as eleições nesse momento turbulento. Estamos aqui em defesa da Democracia, da credibilidade do processo das eleições como elas têm ocorrido no Brasil ao longo desses anos. Contestar as eleições é uma forma de retirar do povo a sua legitimidade, a sua decisão e isso não vamos admitir e a Ufam, como instituição pública de ensino superior federal vem se unir a esse movimento porque entendemos que a Universidade é o espaço onde todos os debates ocorrem , onde o processo da Democracia é revalidado todos os dias, durante as aulas, durante as discussões, ou seja, onde o processo de conhecimento é construído . A Universidade tem sido muito atacada, tem sofrido muitas retaliações justamente por exercer seu papel de difundir, de dar educação ao povo brasileiro. Não poderíamos fazer esse ato em outro espaço que não fosse a Universidade. Vivenciamos um momento crítico, sem condições financeiras para a manutenção de serviços básicos. Temos que ressaltar que as áreas de Ciências Humanas têm sido bastante criticadas pelo exercício de sua função e aqui quisemos ressaltar que esse espaço é construído democraticamente e assim irá permanecer”, discursou a professora.
Manifesto Adua
Após a leitura coletiva, a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas, professora Ana Lúcia, também leu um Manifesto Público dos docentes da Ufam. “Vamos às ruas, porque não admitimos retroceder das conquistas do povo e de sua luta para que o Brasil possa avançar nas trilhas da Democracia, da vida cidadã , da universalidade material dos direitos coletivos”, consta em trecho do Manifesto da Adua.
Participantes
Francisco Pereira, professor de Direito da Universidade Federal do Acre e no estágio pós-doutoral do Programa de Pós-graduação em História Social da Ufam (PPGH) ressaltou que sua presença fortalece a luta para que o processo eleitoral no país tenha o resultado respeitado. “O encontro aqui e é em defesa do Estado Democrático de Direito sempre. A ideia das instituições e das pessoas que defendem a democracia é lembrar que não renunciamos a nossa Democracia, que está em permanente construção. Estamos aqui para fortalecer as instituições em defesa da Democracia, para defender um processo eleitoral cujo resultado, seja ele qual for, seja respeitado”, disse.
Laís Rodrigues Bier, do quarto período do curso de História, participou da solenidade. Ela afirmou que a presença no ato de hoje é importante para demonstrar que, como comunidade acadêmica, nós estamos cientes dos nossos direitos e deveres. “Como estudante, e futura professora, é necessário perceber o papel que também posso exercer junto aos outros colegas e professores nesse gesto de apoio à nossa sociedade”, declarou a graduanda.
Praça da Saudade
A leitura da Carta e do Manifesto também será feita na Praça da Saudade, Centro, a partir das 15 h. Confira a carta na íntegra:
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