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Inicia a sétima edição do Encontro de Estudo sobre Mulheres da Floresta

Publicado: Quarta, 25 de Maio de 2022, 13h02 | Última atualização em Quarta, 25 de Maio de 2022, 13h44 | Acessos: 727

Até a próxima sexta-feira, 27, evento traz debates sobre o tema “As mulheres da Amazônia em tempos de isolamento e vulnerabilidade social: saberes tradicionais, desafios econômicos e resiliência”

Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

Promovido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e realizado pelo GEPOS – Grupo de Estudo, Pesquisa e Observatório Social: Gênero, Política e Poder, o 7º Encontro de Estudo sobre Mulheres da Floresta ( Emflor) teve início na manhã desta quarta-feira, 25, no auditório da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), setor Sul do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho.

Debate acadêmico

O debate acadêmico traz o tema “As mulheres da Amazônia em tempos de isolamento e vulnerabilidade social: saberes tradicionais, desafios econômicos e resiliência”. Durante toda a programação, serão divulgadas as pesquisas na temática de gênero, com destaque ao contexto da pandemia do novo coronavírus que causa impacto à vida das mulheres, em todos os sentidos, buscando chamar a atenção da sociedade e dos poderes públicos para a necessidade de proteção a essas mulheres.

A conferência magna “Isolamento e vulnerabilidade na vida das mulheres no contexto da pandemia”, proferida pela professora Márcia Tiburi, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o Painel Temático “Mulheres indígenas e o uso da medicina tradicional no combate ao Covid-19”, apresentado pelas ativistas Lorena Marinho (Tariana) e Jacinta Sampaio (Tukano) são alguns destaques da programação. Confira a programação completa no perfil do Emflor no Facebook.

 Abertura

Durante a solenidade de abertura, a assessora especial da reitoria, professora Maria Tereza Lopes, destacou a consolidação do Emflor. “Parabenizo o Grupo de Estudos pela realização do evento. São pessoas que atuam tanto na organização da programação, quanto como palestrantes. Esse evento apresenta  o impacto do que acontece com as mulheres da florestas para o mundo. Como Universidade, temos a responsabilidade de parabenizar todos os envolvidos pelo comprometimento do grupo de pesquisa. Com certeza, o Emflor traz muitos trabalhos desenvolvidos na Ufam e nas instituições parceiras. Também gostaria de destacar o financiamento da Fapeam e da Capes, sem os quais não seria possível se concretizar o sétimo Emflor”, discursou a representante da reitoria da Ufam.

Em seu pronunciamento, a coordenadora do evento, professora Iraildes Caldas, enfatizou que o Emflor, a cada edição, consolida-se como observatório onde se discutem e se encaminham as temáticas relacionadas às mulheres. “As mulheres são os sujeitos mais impactados pela pandemia. O coronavírus é uma tragédia para o feminismo, para as mulheres. As mulheres negras, as mulheres indígenas, as mulheres que trabalham no serviço doméstico foram atingidas diretamente em sua produção de renda, na comercialização de seus artesanatos, na venda de comidas típicas. Foram elas, por exemplo, que mais sofreram demissão no setor de trabalho. Elas foram isoladas em casa e ao mesmo tempo, intensificou-se a violência doméstica, além de outros fatores como a educação dos filhos, o home office, terem impactado a vida das mulheres. Nesse cenário, o Emflor é um canal de diálogo muito profundo, pois temos encaminhado os resultados de nossas pesquisas para os setores de formulação de políticas públicas”, discursou a coordenadora do evento e diretora do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais da Ufam.

 Mesa de honra

Além da assessora especial da reitoria, professora Maria Tereza Lopes, e da coordenadora do evento, professora Iraildes Caldas, compuseram a mesa de honra da solenidade o vice-diretor do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais da Ufam (IFCHS), professor Marcos Castro de Lima; a vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia, professora Hamida Assunção Pinheiro; a delegada Débora Mafra, da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher e a representante do Fórum Permanente de Mulheres de Manaus (Amism), Regina Satere Mawé.

Protagonismo da mulher amazônica

O vice-diretor do IFCHS, professor Marcos Castro Lima afirmou que o Emflor resgata o protagonismo da mulher amazônica. “ A região amazônica, quando lembrada, é por seu exotismo, mas é uma região marginalizada e o Emflor, durante os debates que promove, resgata o protagonismo da mulher amazônica, aclarando ideias que podem estar ocultas”, ressaltou o vice-diretor.

Temática urgente

A vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia, professora Hamida Pinheiro destacou que a temática  abordada no evento é necessária e urgente. “Sabemos que vivemos tempos muito duros e difíceis e esse evento é singular no sentido de discutir os impactos da pandemia sobre a mulher amazônica.Estamos na sétima edição, portanto, o Emflor é um evento consolidado e desejo que a troca de conhecimentos aconteça de forma muito proveitosa a todos”.

Vida mais digna

A delegada Débora Cristina Pereira Mafra ressaltou a importância do Emflor para promover uma vida mais digna para as mulheres amazônicas. “O Emflor tem uma contribuição social muito importante, pois mostra, cientificamente, como foi atravessar a pandemia para as mulheres das florestas. Sei que não é uma realidade fácil, mas não é porque estão afastadas que devem  ter uma vida indigna. Os estudos aqui apresentados mostram os caminhos que devem ser trilhados para que as mulheres amazônicas possam ter uma existência digna e em segurança”, destacou.

Identidade indígena

A representante do Fórum Permanente de Mulheres de Manaus (Amism), Regina Satere Mawé,  destacou a importância do evento para promover o protagonismo da mulher indígena. “O Emflor fortalece a luta da mulher indígena contra o preconceito, favorece a nossa economia, o nosso artesanato e ele é a oportunidade em que passamos um pouco de nossa cultura, o que possibilita mantermos nossa identidade, enquanto povos indígenas”, declarou.

Evento híbrido

Para atender ao protocolo de biossegurança da Ufam, o Emflor é realizado de forma híbrida, sendo algumas atividades realizadas na modalidade presencial e outras na modalidade on-line. A solenidade de abertura do evento contou, ainda, com a apresentação cultural indígena do Kariçu, Grupo Mamaphia Bahsamõri Mahsa. Toda a solenidade pode ser conferida no perfil do Emflor no Facebook.

O 7 Emflor, voltado a potencializar as relações entre a academia e os movimentos sociais de mulheres, remetendo para o diálogo e a troca de saberes no âmbito da temática de gênero, continua nesta quinta-feira com a Mesa Redonda “Violência e adoecimento psicossocial das mulheres no contexto pandêmico”, que tem como expositora a doutora Lidiany de Lima Cavalcante (Ufam), como debatedor o doutor Ewerton de Castro (Ufam) e como moderadora Anne Karoline de Souza, do Coletivo As Amazonas.

Confira a programação completa do evento Aqui.

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