Comitê de Enfrentamento ao Surto Epidemiológico de Coronavírus da Ufam emite alerta epidemiológico
Documento é assinado pelo presidente do Comitê de Enfrentamento da Covid-19, professor e infectologista Bernardino Albuquerque, que destaca a velocidade da reprodução viral, confirmando a alta transmissibilidade da variante Ômicron no estado
Por Irina Coelho
Equipe Ascom/Ufam
O Comitê de Enfrentamento ao Surto Epidemiológico de Coronavírus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na última sexta-feira, 14 de janeiro, emitiu um alerta epidemiológico sobre o atual cenário da pandemia no estado do Amazonas. A publicação faz um apanhado histórico da pandemia e relembra a confirmação, no segundo semestre de 2021, de uma nova variante no mundo, denominada de Ômicron, cuja principal característica é ser altamente transmissível, quando comparada a variantes de preocupação já conhecidas do SARS-CoV 2.
O documento, assinado pelo presidente do Comitê de Enfrentamento da Covid-19, professor e infectologista Bernardino Cláudio Albuquerque, destaca a velocidade da reprodução viral, confirmando a alta transmissibilidade da variante Ômicron no estado.“Na primeira semana de janeiro a média de casos diários foi de 163,2 casos e na semana atual (decorridos 6 dias) essa média já se eleva para 1.050 casos confirmados por dia. Nos três últimos dias, a contar de 13/01, o número de casos confirmados oficialmente foi de 1.219, 1.659 e 2.404 casos, respectivamente. É importante ressaltar não somente a velocidade de disseminação mas também o estabelecimento de cadeias de transmissão disseminadas, que podem desencadear uma situação explosiva, na capital e logo em seguida nos municípios do interior. A proporção de exames positivos que antes apresentava um percentual menor que 10% de positividade, nos três últimos dias esses percentuais para o RT-PCR, encontram-se em 40,4%, 45,5% e 56,6%”, afirmou.
Recomendações
A partir desse cenário, o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 recomendou à gestão superior da Ufam medidas que pudessem contribuir para interceptar o avanço do vírus. Dentre elas, suspender temporariamente as atividades práticas presenciais por 30 dias, pertinentes às áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão, excluindo-se aquelas consideradas essenciais em cada área que deverão ser definidas pelos respectivos conselhos; Além de adequar as atividades técnico administrativas para um funcionamento presencial restrito dentro de cada especificidade, utilizando-se o sistema de plantão ou em escala rotativa que possam garantir o atendimento básico em cada setor, complementadas pelo trabalho em home office;
Seguindo as recomendações do Comitê, a portaria nº 94, de 14 de janeiro, que suspende temporariamente as atividades práticas presenciais por 30 dias pertinentes às áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão, oferece aos Conselhos das Unidades Acadêmicas autonomia. “Essa foi uma recomendação do Comitê acatada pela direção maior da Ufam já que não temos domínio para definir o que é imprescindível em todas as áreas”, explicou.
Lembra-se ainda a toda comunidade universitária que mantenham os cuidados de biossegurança necessários e amplamente preconizados tais como, principalmente manter o distanciamento social, usar máscaras de proteção cobrindo nariz e boca e higienizar as mãos constantemente.
Dados atualizados
Os dados publicados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) no dia 16 de janeiro apontam para a alta tendência de crescimento com o registro de 3078 casos no Estado, com 2337 na capital e 742 nos demais municípios do interior.
Confira o alerta epidemiológico:
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