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Seminário reúne entidades internacionais para debater sobre Conhecimento Indígena e Gestão da Água nos dias 8 e 9 de agosto

Publicado: Terça, 06 de Agosto de 2019, 16h51 | Última atualização em Quarta, 07 de Agosto de 2019, 16h35 | Acessos: 1784

Gratuito, o evento busca identificar formas de fortalecer a governança e a gestão da água com base em conhecimentos indígenas

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom/Ufam

Ao longo dos séculos, os povos indígenas das Américas têm sido protagonistas na criação de sistemas de gestão governamental e da água e ainda hoje dão respostas aos desafios da segurança hídrica. Para discutir essa interface, um conjunto de organismos e instituições internacionais realiza, nesta quinta e sexta-feira, dias 8 e 9 de agosto, o Seminário “Conhecimento Indígena para a Gestão Integrada da Água na América Latina e Caribe”. O evento terá lugar no Comfort Hotel Manaus, localizado na Avenida Mandi, 263 - Distrito Industrial.

As inscrições são gratuitas e ainda estão abertas. Inscreva-se aqui e garanta sua participação.

O objetivo é identificar formas de fortalecer a governança e a gestão da água com base em conhecimentos indígenas. Além disso, 2019 é o Ano Internacional das Línguas Indígenas, sendo especialmente apropriado enfatizar a perspectiva indígena para informar e refletir sobre a Gestão Internacional de Recursos Hídricos nesse contexto e a partir do olhar desses povos. Confira a programação.

O público de interesse são as pessoas diretamente envolvidas na governança e na gestão da água nos níveis regional, nacional, estadual ou de bacia hidrográfica. Podem participar os profissionais de hidrologia, hidráulica, biologia, ecologia, agronomia, especialistas em ciências sociais e áreas correlatas, que desempenham atividades relacionadas à gestão da água e/ou trabalham com as comunidades indígenas, e profissionais que trabalham com gestão de bacias hidrográficas, além de qualquer interessado em aprofundar os conhecimentos nesse assunto.

Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Laboratório de Estudos Panamazônicos – Práticas de Pesquisa e Intervenção Social (Lepapis) desenvolve estudos sobre a região panamazônica, e reflete sobre as relações entre pesquisa e intervenção social. Ao lado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), o Lepapis, coordenado pelo professor José Basini, tem na temática do seminário uma de suas principais áreas de interesse.

Além disso, um convênio entre a Ufam e a Universidad de la República Uruguay (Udelar) já possibilitou a realização de um estudo colaborativo chamado “Cidades em perspectiva – um estudo espacial sobre as cidades de Manaus e Montevidéu”. O projeto tem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Segundo o professor Basini, a relação entre as duas instituições foi concretizada por meio de um acordo de cooperação perante a Assessoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (ARII).

Direito Humano à Água

A relação dos povos indígenas com os recursos hídricos inspira uma abordagem da água como direito humano e bem comum, além de proporcionar a busca por novas tecnologias e formas de organização que garantam o fornecimento de água ao continente. No entanto, muitas práticas e técnicas indígenas utilizadas na resolução de conflitos relacionados aos recursos hídricos geralmente não recebem o devido destaque nas organizações governamentais, empresas e sociedade civil. Assim, o Seminário permite disseminar o conhecimento indígena sobre a água como parte da Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH) na região.

No evento, o professor Javier Taks, da Cátedra da UNESCO Uruguay, falará sobre o tema “Ontologias indígenas e resistência/negociação frente à modernização hidráulica e o direito humano à água”. Participam da explanação sobre esse ponto específico o líder Otomi-Tolleca, Mindahi Batisda, e a coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Nara Baré. Ainda no primeiro dia de evento, o professor Javier Taks também apresentará o seguinte subtema: “Ciclo sócio-hidrológico moderno e visões alternativas”.

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