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Professora Renilda Costa recebe prêmio Nestor Nascimento   

Publicado: Terça, 16 de Novembro de 2021, 13h11 | Última atualização em Terça, 16 de Novembro de 2021, 13h21 | Acessos: 796

Por Sebastião de Oliveira

Equipe Ascom 

Em sua terceira edição, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Escola do Legislativo Senador José Lindoso, concedeu o prêmio à professora Renilda Aparecida Costa, do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) pelo reconhecimento dos movimentos e personalidades que promovem ações que objetivam estimular a igualdade racial e combate ao racismo. A cerimônia de entrega ocorreu na última sexta-feira, 12, no Auditório Belarmino Lins da Aleam.

A professora desenvolve pesquisas com os temas: Identidade Nacional Brasileira, Identidade Étnico-racial e Educação, Constituição da Identidade Religiosa na Amazônia, Diálogo Inter-religioso e Religiões de Matrizes Africanas, além de coordenar o Núcleo de Estudos Afro Indígenas da Ufam.

Reconhecimento

A professora Renilda Costa disse que a premiação é o reconhecimento do trabalho que desenvolve junto ao Núcleo de Estudos Afro Indígenas (NEAI) da Ufam que está relacionado às atividades de ensino, pesquisa e extensão, na área de relações raciais, educação, religiões de matriz africana, e mais recentemente nos últimos três anos, atuando na implementação de ações afirmativas, especificamente em Bancas Examinadoras de Heteroidentificação.   

De acordo com a premiada, a indicação é realizada por meio de processo de escolha de um premiado da edição anterior, o qual indica pessoas para o próximo ano que acredita ser merecedor de recebe o prêmio. “Então, fui indicada pelos ganhadores de 2020 que consideraram meu trabalho merecedor de reconhecimento que dá visibilidade aos povos negros no Amazonas, da resistência com relação à opressão e ao racismo que as populações de origem africana sofrem em todo o Brasil.

História

Dessa forma, a professora disse que a partir daí há o resgate da história e da cultura dos negros na Amazônia, mas, especificamente no Amazonas. “Então isso tem sido parte de meu trabalho principalmente nas orientações de mestrado e doutorado”, afirmou a docente que disse coordenar na Região Norte, o consórcio nacional dos núcleos de estudos afro indígenas.

Ela contou que organizou, em 2017, o I Congresso de Pesquisadores Negros da Região Norte e dá uma prévia do terceiro evento que irá tratar sobre diálogo com o sagrado, dando enfoque para a questão religiosa afro indígena. “É um conjunto de ações que fazem parte de meu trabalho na Universidade, mas que anteriormente atuava há pelo menos 15 anos no estado de Santa Catarina com essa temática”, completou.  

Racismo

Renilda Costa acredita que a Assembleia por meio da Escola do Legislativo Senador José Lindoso anda na contramão para o racismo em nossa atualidade, pois apresenta uma perspectiva enquanto formadora de se pensar que  a história do Brasil foi construída por diferentes povos que  merecem respeito e dignidade humana, assim como ter acesso aos bens produzidos  socialmente de maneira justa.

“Vejo a iniciativa ímpar da Escola do Legislativo da Aleam porque traz a questão de formação no sentido de construir novas relações no Brasil que possam trazer a visibilidade sobre a presença negra no Amazonas, de povos que construíram o Estado com sua força, vindos de outras regiões, de migração, de outras situações que viviam da opressão, da fome, das intempéries do clima. Então o prêmio vem trazer a relevância para o trabalho realizado de forma coletivo”, expôs  

Ação coletiva

Ela acredita que o prêmio tem sua relevância em razão do trabalho ser desenvolvido coletivamente. No Neai participam discentes, docentes, técnico-administrativos que trabalham de forma árdua para dar a relevância das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

“Que o sonho que se sonha é só um sonho, mas um sonho que se sonha no coletivo, é um sonho que se torna realidade”. disse

Sobre a premiada

Renilda Aparecida Costa possui Graduação em Pedagogia pela Universidade do Planalto Catarinense (1992), Especialização em Educação Infantil e Séries Iniciais (1995), Mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001) e Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos/ Unisinos( 2011).

Foi professora do quadro do Magistério Público Estadual Santa Catarina - Escola de Educação Básica Vidal Ramos Junior de 1994 a 2009, Municipal no CAIC Nossa Senhora dos Prazeres de 1998 a 2009 e Universidade do Planalto Catarinense de 2000 a 2009, também foi pesquisadora do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros Negro e Educação de 2001 a 2009 NEAB/NEU na mesma instituição.

Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Amazonas, atuando no Instituto de Filosofia Ciências Humanas e Sociais, na área da Sociologia. Atua no Programa de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia desde 2014. É coordenadora do Núcleo de Estudos Afro Indígena - NEAI/UFAM.

Tem experiência nas áreas de conhecimento da Educação, Sociologia, Sociologia da Educação e Sociologia da Religião. Atuando principalmente nos seguintes temas: Identidade Nacional Brasileira, Identidade Étnico-racial e Educação, Constituição da Identidade Religiosa na Amazônia, Diálogo Inter-religioso e Religiões de Matrizes Africanas.

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