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“Ufam é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da região Norte”, afirma ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, em visita à Instituição

Publicado: Quinta, 14 de Outubro de 2021, 17h09 | Última atualização em Quinta, 14 de Outubro de 2021, 17h27 | Acessos: 1048

Na manhã desta quinta-feira, 14 de outubro, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) recebeu a visita do ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, para tratar sobre liderança, estratégia e controle institucional. O ministro ouviu os gestores da Ufam e apontou caminhos possíveis na construção de uma governança eficiente.

“A nossa vinda aqui é no sentido de ajudar, unir. Nosso trabalho é preventivo e não apenas punitivo. Mudamos a forma do Tribunal trabalhar, não que a gente não continue fazendo a chamada conformidade, que é ver a legalidade dos atos, mas antes de olhar para a legalidade, temos que nos preocupar em transformar as instituições. Nosso trabalho é disseminar uma boa prática de governança, até para melhorar a competição do Brasil com outras nações. Se o líder não se move, se não tem planejamento estratégico, não adianta. A liderança tem que assumir o papel, no país, estado, união ou em qualquer instituição. Controle é uma consequência importante, que precisa ter, mas se não tiver a liderança, executando, botando energia e comandando o processo, o estado ou a prefeitura não funcionam”, explicou o ministro Augusto Nardes. 

O ministro destacou a posição estratégica da Ufam dentro da região Norte e lembrou que essa é uma região em que o mundo todo está atento. “Sei que aqui há um potencial enorme, mas que não está sendo utilizado de forma adequada porque as lideranças não têm trabalhado em conjunto com as universidades. Vocês, que fazem a Ufam, são as pessoas mais preparadas que nós temos na região e o investimento que o país faz nas universidades tem que oferecer retorno tanto para a região Norte quanto para a nação. É possível  recuperar o tempo perdido e a Ufam possa implementar uma política de governança nas áreas chaves para a nação. A gestão vai funcionar se a liderança maior puder, por meio da governança, direcionar o caminho e a Ufam é importantíssima para o Brasil porque está localizada em uma região estratégica em que o mundo está olhando. Aqui, os melhores cérebros têm que montar boas práticas para o mundo ver de forma que possamos caminhar para deixar legados. Isso é importante não somente para a Universidade, mas também para o mundo. Tenho trabalhado muito para que a gente possa implantar a tese da governança e do desenvolvimento sustentável no Brasil”, destacou.

O reitor, professor Sylvio Puga, reafirmou o compromisso institucional com a governança. “Estamos trabalhando, desde a primeira gestão, na implementação de sistemas de controle, gestão e governança. Dentro de seis meses, convidamos, novamente, a equipe do TCU para apresentarmos novos avanços”, disse.  

A vice-reitora, professora Terezinha Fraxe, falou da ampliação da governança institucional, por meio do trabalho do Comitê de Governança. "A governança passa pela gestão e nós temos buscado trabalhar os vários aspectos nos detalhes para atuarmos na complexidade da Instituição, trabalhando diante de todas as matrizes de risco para garantirmos a plena transparência pública", destacou a vice-reitora. 

Gestores da Ufam

Na oportunidade, os gestores da Ufam foram ouvidos e mostraram como anda o processo de implementação de sistemas de governança na Universidade. A pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, professora Kleomara Gomes Cerquinho, falou sobre o Programa de Integridade e Programa de Avaliação de Riscos, bastantes avançados e fortalecidos, no qual temos trabalhado desde 2018. “Neste ano, estamos atualizando os dois, ampliando a abrangência de ambos. No âmbito do Programa de Dados Abertos, estamos nos organizando já que ele enseja a colaboração do setor de tecnologia”, disse.

O diretor do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (Ctic), o servidor Carlos Magno Lima, expôs sobre os sistemas administrativos e acadêmicos. “Estamos utilizando conceitos de governança do próprio TCU, então a gente consegue estruturar as demandas que chegam. A Ufam tem convênio com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) há 10 anos, por onde nossos servidores de TI são qualificados para dar suporte à Ufam. Paralelamente, são ofertados cursos para docentes e Técnico-Administrativos em Educação (TAE), também junto ao Centro de Educação a Distancia da Ufam (CED/Ufam) para qualificar a nível de sistemas. Orientação e capacitação em rede também deverão estar em rede, a começar pelas qualificações acerca da implantação dos Dados Abertos, via Proplan”, enfatizou. 

A pró-reitora de Gestão de Pessoas, administradora Vanusa Souza Firmo, mostrou como a Progesp está convergindo para a área de sistemas. “Estamos nos estruturando fisicamente e na implementação de novas ferramentas para tramitação e controle gerenciais. Sistema de gestão interna e sistemas processual eletrônico já estão em funcionamento”, explicou.

A pró-reitora de Administração e Finanças,  professora Angela Bulbol, fez um balanço dos 100 dias de gestão financeira. “Estamos promovendo o diagnóstico e detecção do ambiente financeiro da instituição. Na próxima segunda-feira, o Descomplica Administração será lançado pela Proadm, para estabelecer estratégias e construção de uma cultura administrativa, o que faz parte da estratégia que atende aos norteamentos do TCU”, destacou. 

O pró-reitor de Extensão, professor Almir Oliveira de Menezes, relembrou que a Proext, mesmo em período de pandemia, teve quase 1.000 projetos de extensão executados. Foram ouvidos ainda os gestores da Ouvidoria, Auditoria e Daest.

Caminhos possíveis

O ministro Augusto Nardes apontou caminhos possíveis para intensificar a governança na Ufam. Um deles foi a possibilidade de estabelecer convênios com qualquer universidade do mundo. “O interesse existe porque a Ufam está localizada na Amazônia e todos têm interesses em trabalhar aqui. Eu vejo que há um time bom e cabe ao reitor, professor Sylvio Puga, liderar esse movimento, juntamente, com a vice-reitora Therezinha Fraxe. A busca dessas parcerias servirá para unir conhecimentos para que possamos tirar proveito do que o mundo está oportunizando para nós, especialmente, nesse campo de desenvolvimento sustentável. Creio que aqui deveria ter uma região irmanada, unida, para trabalhar em conjunto com as demais universidades da região Norte. A Ufam pode liderar esse movimento. É possível transformar a região pela capacidade intelectual que a Instituição possui. Temos que melhorar o conjunto do país, mas não podemos esperar que apenas o Ministério da Educação (MEC) faça isso. As nossas universidades precisam se aperfeiçoar na questão da competitividade. Vejo aqui um grande potencial”, destacou.

Sobre a relação do TCU com as demais instituições, o ministro lembrou da relevância de manter um bom diálogo entre as instituições. “Não tenham receio de questionar e visitar o TCU para tirar dúvidas nas suas decisões. A minha visita é no sentido de valorizar quem está na liderança para que seja feito um trabalho técnico de forma que seja possível mostrarmos resultados para a sociedade. Nossos professores, que são nossos cérebros, podem nos mostrar caminhos e as boas práticas implantadas aqui devem ser disseminadas para os municípios, estados e demais universidades da região. Os senhores são, sem sombra de dúvidas, os principais líderes da região amazônica”, finalizou.

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