Ufam realiza obras de acessibilidade na capital e no interior
Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam
Melhorias estruturais foram feitas com recursos do Pnaes e convergem para uma gestão mais inclusiva
Em unidades acadêmicas de Manaus e em quatro campi do interior estão realizadas adequações arquitetônicas de acessibilidade para tornar a vivência universitária mais inclusiva. São mais de R$760 mil oriundos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) investidos na melhoria da infraestrutura institucional.
Criado em 2010, o Pnaes tem como finalidade ampliar as condições de permanência dos estudantes no ensino superior federal, entre os quais pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.
"As novas estruturas que temos erguido já são pensadas para atender a necessidades específicas de parte das pessoas da nossa comunidade. Outros espaços, mais antigos, estão recebendo os ajustes necessários, com isso, o que buscamos é garantir uma Ufam para todos, sem distinção", afirmou o reitor, professor Sylvio Puga.
Dados da Comissão de Inclusão e Acessibilidade da Ufam, apontam para 32 estudantes que possuem algum tipo de deficiência. "É sempre importante qualquer iniciativa no sentido de promover uma melhor acessibilidade às pessoas com deficiência, uma melhor integração, isso dá dignidade a essas pessoas", declara o presidente da Comissão de Inclusão e Acessibilidade da Ufam, Everaldo Mesquista. "E eu tenho certeza que o Daest e os engenheiros envolvidos trabalharam de acordo com as normas técnicas e isso vai trazer um conforto melhor para as pessoas com deficiência que utilizam os espaços da Ufam. É importante que a gente continue avançando na questão da acessibilidade dentro da Universidade para tornarmos a Ufam muito mais humana e muito mais acolhedora para as pessoas com deficiência", completa.
Mais acessibilidade em Manaus
Na capital, estão sendo realizadas adequações arquitetônicas para maior acessibilidade nas quatro unidades do Restaurante Universitário localizadas na Escola de Enfermagem de Manaus, na Faculdade de Medicina e nos setores Norte e Sul do campus, que custaram aproximadamente R$400 mil em recursos do Pnaes.
"Na verdade, toda a comunidade universitária que utiliza esses espaços será beneficiada, principalmente os estudantes com deficiência, que é para eles principalmente a realização dessas benfeitorias, [oferecendo] a possibilidade da conquista de maior autonomia, segurança no deslocamento dentro da Universidade e, consequentemente, melhor adaptação física (porque têm os instrumentos disponíveis para maior e melhor acessibilidade) e emocional (porque sabem que poderão se deslocar sem transtornos) aos espaços da Universidade ", comenta a diretora do Departamento de Assistência Estudantil da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, Mônica Barbosa.
Várias modificações estão sendo feitas desde o dia 7 de abril para tornar as unidades prontas a receber pessoas com deficiência física, como a colocação de rampas, piso tátil e a instalação de lavatório para cadeirantes. A previsão é que os serviços sejam concluídos até o fim de junho.
"Entendemos que a adequação dos espaços físicos da EEM para acessibilidade dos alunos, professores, TAE e sociedade, em geral, é uma forma de garantir o acesso aos espaços físicos e os serviços de ensino, pesquisa e extensão ofertado pela EEM, garantindo assim, o direito e reduzindo as inequidades existentes na sociedade e nas instituições de ensino", declara o diretor da EEM, professor Esron Soares.
Mais acessibilidade nos Campi Fora da Sede
No Icet
No Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet), em Itacoatiara, foram feitas as coberturas entre os três corredores principais para proteger e permitir a locomoção dos estudantes com mais facilidade principalmente no período de chuvas. Também foram repassados R$100 mil para serem aplicados nessas obras.
"As obras que estão sendo feitas são estas de interligação entre o bloco da biblioteca e o bloco de salas de aula e ao bloco dos laboratórios. Então, a gente escolheu estes blocos exatamente por interligar e beneficiar os discentes. Não abrange, infelizmente, a todos os blocos do instituto porque o valor repassado só não deu para fazer e foi priorizado o atendimento ao deslocamento dos alunos", ressalta o diretor do Icet, professor Geone Maia Correa. "A importância de realizar essas obras de acessibilidade é o fato de a gente poder verificar essa acessibilidade vai facilitar o deslocamento dos nossos alunos, tendo em vista que no período de chuva muitas vezes fica difícil o acesso", revelou.
No ISB
De acordo com a diretora do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), professora Vera Imbiriba, as adaptações estruturais terão início em breve, uma vez que a empresa acaba de assumir o trabalho. O ISB, em Coari, conta com um estudante com deficiência. "Agora que a Proadm liberou a execução dessas obras. Foi liberado o valor de R$100 mil, que serão utilizados para o piso tátil e também para placas em Braile para identificar as portas", conta. "É muito importante que o instituto esteja preparado para receber todas essas pessoas que precisam de acessibilidade, porque assim teremos um instituto mais preparado e é o que a gente quer sempre: melhorar o instituto, para que ele possa atender a toda a comunidade sem qualquer exclusão", comenta a diretora.
No IEAA
O Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá, também realizou a instalação de piso tátil e de plataformas para cadeirantes, além da substituição de placas de sinalização para deficientes visuais. "Possuem piso e as placas os blocos 1 e 2, da Circular Municipal, que são os blocos acadêmicos. Até o ano passado, antes da pandemia, não tínhamos registro de alunos portadores de deficiência física. Não sei agora porque os calouros estão em aula remota", revelou a diretora, professora Ana Cláudia Fernandes Nogueira.
No Icsez
O Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (Icsez), em Parintins, também realizou adequações em suas instalações. Segundo a diretora do instituto, professora Sandra Helena da Silva, foram gastos mais de R$90 mil nos serviços. "Tomamos a decisão de trocar o piso tátil dos três blocos, além da pintura do estacionamento, indicando locais destinados às pessoas com deficiência. Esta obra foi realizada no campus, localizado na Estrada Parintins/Macurany", informou a gestora. "Temos 11 discentes com alguma deficiência matriculados nos diversos cursos. A Nova Gestão do Instituto vem trabalhando para atender e melhorar as condições e os acessos dos nossos discentes que apresentam alguma deficiência", expôs a diretora.
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