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Reitor Sylvio Puga participa de inauguração de memorial para valorizar etnias locais

Publicado: Terça, 20 de Abril de 2021, 11h55 | Última atualização em Quinta, 22 de Abril de 2021, 14h23 | Acessos: 1121

 
Por Carla Santos

Com informações da Assessoria de Imprensa da PMM

Tendo uma forte relação com os povos indígenas no âmbito da educação, a Ufam, representada pelo reitor, professor Sylvio Puga, foi a instituição de ensino superior presente na inauguração da Aldeia da Memória Indígena de Manaus, localizada na praça Dom Pedro II, Centro. A data do evento é simbólica: a do Dia do Índio. 

A criação do espaço é uma iniciativa da Prefeitura de Manaus que institui um memorial para celebrar a importância dos povos para a formação cultural e social da capital amazonense.

Durante a cerimônia de inauguração, apresentações culturais apresentadas, parte em língua nativa e parte em português, também contou com a exibição de vídeos produzidos com falas de anciãos, lideranças e pesquisadores.

A dirigente da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), Marcivana Saterê-Maué, ressalta que a importância da criação do memorial e a atuação dos indígenas, como protagonistas, é uma grande conquista. “Nosso grande problema na cidade foi sempre a invisibilidade, a negação de que Manaus tem suas raízes indígenas, que sua criação é a partir da presença dos europeus”, conta a líder. Ela justifica que as falas dos indígenas, com destaque numa inauguração, é um marco histórico, dando base a uma nova narrativa do processo civilizatório.

O reitor da Ufam celebrou a decisão da Prefeitura de tornar o espaço do Paço Municipal um ambiente de memória à história e cultura indígenas. "A Universidade Federal do Amazonas está ao lado dos povos indígenas, respeitando sua luta, promovendo a formação dentro de sua diversidade, bem como atuando para preservação de sua cultura e identidade. Nossa responsabilidade com a nossa própria história é inquestionável", lembrou. 

O prefeito da cidade, David Almeida, pediu perdão pelo lapso de reconhecimento e valorização do município ao longo dos 351 anos em que Manaus deixou de visibilizar o povo e suas causas. "Desde 1542, quando aqui chegou o primeiro homem branco, vocês já estavam aqui. O que é de vocês, retorna como forma de reconhecimento pelo poder público municipal”, enfatizou Almeida.

Espaço - Além do memorial, também foi entregue um mural de 34 metros, pintado pelo artista Fábio Ortiz, com quatro imagens retiradas de livros históricos: o mapa das calhas dos rios; o guerreiro Ajuricaba; os manaós e o cemitério indígena na visão do colonizador.

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