Reitor Sylvio Puga participa de inauguração de memorial para valorizar etnias locais
Por Carla Santos
Com informações da Assessoria de Imprensa da PMM
Tendo uma forte relação com os povos indígenas no âmbito da educação, a Ufam, representada pelo reitor, professor Sylvio Puga, foi a instituição de ensino superior presente na inauguração da Aldeia da Memória Indígena de Manaus, localizada na praça Dom Pedro II, Centro. A data do evento é simbólica: a do Dia do Índio.
A criação do espaço é uma iniciativa da Prefeitura de Manaus que institui um memorial para celebrar a importância dos povos para a formação cultural e social da capital amazonense.
Durante a cerimônia de inauguração, apresentações culturais apresentadas, parte em língua nativa e parte em português, também contou com a exibição de vídeos produzidos com falas de anciãos, lideranças e pesquisadores.
A dirigente da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), Marcivana Saterê-Maué, ressalta que a importância da criação do memorial e a atuação dos indígenas, como protagonistas, é uma grande conquista. “Nosso grande problema na cidade foi sempre a invisibilidade, a negação de que Manaus tem suas raízes indígenas, que sua criação é a partir da presença dos europeus”, conta a líder. Ela justifica que as falas dos indígenas, com destaque numa inauguração, é um marco histórico, dando base a uma nova narrativa do processo civilizatório.
O reitor da Ufam celebrou a decisão da Prefeitura de tornar o espaço do Paço Municipal um ambiente de memória à história e cultura indígenas. "A Universidade Federal do Amazonas está ao lado dos povos indígenas, respeitando sua luta, promovendo a formação dentro de sua diversidade, bem como atuando para preservação de sua cultura e identidade. Nossa responsabilidade com a nossa própria história é inquestionável", lembrou.
O prefeito da cidade, David Almeida, pediu perdão pelo lapso de reconhecimento e valorização do município ao longo dos 351 anos em que Manaus deixou de visibilizar o povo e suas causas. "Desde 1542, quando aqui chegou o primeiro homem branco, vocês já estavam aqui. O que é de vocês, retorna como forma de reconhecimento pelo poder público municipal”, enfatizou Almeida.
Espaço - Além do memorial, também foi entregue um mural de 34 metros, pintado pelo artista Fábio Ortiz, com quatro imagens retiradas de livros históricos: o mapa das calhas dos rios; o guerreiro Ajuricaba; os manaós e o cemitério indígena na visão do colonizador.
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