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Projeto de estudante do ICET/Ufam é premiado na ‘Chamada de Soluções Sustentáveis para Amazônia’ da SDSN

Publicado: Quarta, 29 de Julho de 2020, 14h57 | Última atualização em Quarta, 29 de Julho de 2020, 16h33 | Acessos: 2172

Por Juscelino Simões
Equipe Ascom Ufam 

 

O projeto ‘Sabões e sabonetes sustentáveis’ do estudante do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia de Itacoatiara (ICET/Ufam), Sidney Guerreiro de Souza, foi o grande vencedor do prêmio Chamada de Soluções Sustentáveis para Amazônia da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia em parceria com a Universidade Federal do Amazonas.

O evento de premiação ocorreu nesta terça-feira, dia 28, às 16h, por meio de videoconferência com a participação do reitor da Ufam, Sylvio Puga, do professor do Centro de Ciências do Ambiente, Henrique Pereira, entre outras autoridades acadêmicas, estudantes e representantes da SDSN Amazônia. A cerimônia virtual foi realizada pela Ufam e SDSN Amazônia para reconhecer as iniciativas de maior destaque que concorreram ao prêmio.

O objetivo do projeto do estudante foi contribuir para a conservação do meio ambiente e ao mesmo tempo gerar renda para a população local do município de Itacoatiara. O graduando de Engenharia de Produção do ICET, Sidney Guerreiro de Souza, estuda o desenvolvimento de sabões e sabonetes utilizando triglicerídeos que são descartados no Rio Amazonas. A pesquisa busca compreender quais fatores levam restaurantes e lanchonetes ao desperdício de óleos usados nas frituras de seus produtos e quais benefícios poderiam ser extraídos na utilização de triglicerídeos para preservar o Rio, que é a fonte de vida essencial da região Amazônica.

“Como o consumo de óleo é grande na cidade, e depois de usado é descartado diretamente no Rio Amazonas, tivemos a ideia de fazer a coleta e promover a reeducação ambiental da comunidade. O projeto tem como foco transformar o óleo em sabão e sabonete e devolver para a sociedade em forma de um produto de higiene”, disse o estudante, Sidney Guerreiro. 

Além do projeto vencedor, mais nove soluções participaram da chamada, lançada em outubro do ano passado, para valorizar, dar visibilidade e incentivar práticas propostas por estudantes, pesquisadores, professores e técnicos da Ufam, que contribuam para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na região. “Essa chamada surgiu como uma estratégia para mobilizar e incentivar os grupos internos da Universidade a participarem com seus projetos e ações que pudessem ser interpretados e tomados como aceleradores ou soluções para as metas da Agenda 2030 com seus 17 objetivos”, explicou o professor da Faculdade de Ciências Agrárias da Ufam e ponto focal da SDSN Amazônia na Universidade, Henrique Pereira.

O segundo colocado foi o projeto “Agricultura de quintais familiares urbanos em Tabatinga e Benjamin Constant no estado do Amazonas”, desenvolvido pela professora do Instituto de Natureza e Cultura (INC) da Ufam, Maria Francisca Nunes de Souza. A solução propõe a utilização de plantas locais para promover o desenvolvimento sustentável, resgatar o conhecimento tradicional e induzir na área urbana dos municípios a retomada da atividade agroflorestal.

“No meio dessa pandemia, você vê o valor do projeto, porque trouxe mudanças no comportamento. Agora, você vai à feira e vê que as mulheres estão lá vendendo plantas medicinais como jambu, mastruz, hortelã, bem como algumas plantas ornamentais para purificar o ar”, afirmou a professora.

Em terceiro lugar, ficou a solução Atlas ODS Amazonas, do pesquisador Danilo Egle Santos Barbosa. O projeto é fruto de uma pesquisa de pós-doutorado desenvolvida no âmbito do Programa de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPG-CASA/Ufam) e consiste no levantamento de indicadores municipais relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Os projetos “Valoração econômica de serviços ambientais para comunidades em áreas de concessão de florestas públicas na Amazônia”, do professor Sergio Luiz Ferreira Gonçalves, e “Cafeicultura amazonense”, do professor Moisés Santos de Souza, ficaram empatados em quarto lugar.

Para o reitor da Ufam, Sylvio Puga, o evento de premiação foi uma celebração da ciência na Amazônia. “Temos que festejar ao ver aqui apresentados os trabalhos que foram avaliados por um comitê científico externo à nossa Instituição, com o mais rigoroso critério”, destacou. As soluções participantes da chamada foram avaliadas pelo Comitê Técnico-Científico da SDSN Amazônia, presidido pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Adalberto Luis Val.

Além de ter concorrido à premiação, todos os projetos aprovados serão publicados na Plataforma de Soluções da SDSN Amazônia (maps.sdsn-amazonia.org/), uma plataforma online, georreferenciada e trilíngue (português, espanhol e inglês) que divulga iniciativas sustentáveis propostas por organizações públicas, universidades, institutos de pesquisa e organizações não-governamentais que fazem parte da rede. O vencedor do prêmio ganhou uma mobilidade nacional para participar de congresso, simpósio, fórum ou evento acadêmico. O segundo colocado garantiu uma vaga para o curso de imersão Jornada Amazônia, da Amazônia-Edu.

SDSN Amazônia

A SDSN Amazônia é uma rede que visa integrar os países da Bacia Amazônica, mobilizando universidades, organizações não governamentais, centros de pesquisa, instituições governamentais e privadas, organizações multilaterais e sociedade civil para promover a resolução prática de problemas para o desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa faz parte da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU (SDSN Global) e tem a secretaria executiva realizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

 

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