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Ufam realiza consulta pública com 60 entidades da sociedade civil para tratar da Comissão Geral de Heteroidentificação

Publicado: Quarta, 15 de Julho de 2020, 10h50 | Última atualização em Quinta, 16 de Julho de 2020, 21h17 | Acessos: 1989

Por Irina Coelho
Equipe Ascom Ufam

 

Representantes do Movimento Negro, Movimento e Organizações Indígenas, Comunidades  Quilombolas  e Comunidades Tradicionais de Terreiros participaram, na noite da última terça-feira,14, via videoconferência transmitida ao vivo, da consulta pública realizada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para tratar da minuta de portaria que dispõe sobre a institucionalização da Comissão Geral de Heteroidentificação. Ao todo, foram inscritas 60 entidades representativas de todo o estado, cada uma com dois representantes. 

De acordo com a  presidente do Grupo de Trabalho Heteroidentificação da Ufam, professora Renilda Aparecida Costa, o momento é de escuta para o aprimoramento do documento que, posteriormente, será reelaborado no âmbito do GT Heteroidentificação e apresentado ao Conselho Universitário (Consuni). “É um momento especial, pois reúne povos e comunidades que contribuem na formação do Estado do Amazonas, e que pelo revés da história, muitas vezes foram invisibilizados e silenciados. A Comissão Geral de Heteroidentificação surge com o objetivo de assessorar as Comissões Setoriais nos procedimentos de verificação de candidatos autodeclarados negros (pretos e pardos) e indígenas, no âmbito da Ufam”, enfatizou.

A professora esclareceu ainda que a minuta apreciada pelas entidades não foi escrita de forma isolada. “O documento foi construído de forma coletiva, dentro do Grupo de Trabalho Heteroidentificação, durante três encontros de formação ocorridos em 2019, também com a participação da sociedade civil, e com a contribuição da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que tem uma experiência bem sucedida com o tema”, explicou a presidente.         

Consulta pública

O reitor Sylvio Puga, durante a audiência, agradeceu a participação e contribuição das 60 entidades representativas da sociedade civil e contextualizou o processo que resultou na proposição da consulta pública. “Desde o ano passado, considerando a Universidade como locus do debate, a Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (Proeg) começou um trabalho metodológico de discussão sobre o tema, liderado pela professora Renilda Aparecida Costa. O resultado foi submetido ao Consuni, nossa instância máxima, e o Conselho deliberou de forma majoritária a realização da consulta pública para apreciação da minuta e o resultado deste trabalho será submetido, novamente, ao Consuni. Estão aqui várias lideranças importantes,  agradeço a participação de todos, e lembro que a Ufam tem uma tradição histórica de tomar grandes decisões a partir do diálogo com os diversos atores envolvidos e com a sociedade. Hoje, o que mudou foi a forma, estamos nos encontrando online, mas isso não diminui a ação, ao contrário, isso reforça que podemos alcançar até mais pessoas, que talvez não poderiam participar na modalidade presencial. É um momento rico, importante para a nossa Instituição”, enfatizou o reitor.     

Em seguida, cada entidade representativa fez suas considerações orais, além de encaminhar as sugestões e proposições, por meio digital, para o GT Heteroidentificação da Ufam. O representante do Movimento Afrodescendentes do Amazonas, Juarez Silva, durante sua fala, lembrou que apesar da autonomia universitária é preciso considerar a legislação federal que trata de heteroidentificação. 

“O objetivo das cotas é ter uma representatividade universitária em correlação com a presença populacional. Não há uma disputa entre pretos, pardos e indígenas porque as cotas são intragrupos. O que ocorre é a utilização das cotas por brancos e é necessário discutir mecanismos para interromper esse acesso. Na nossa experiência com bancas em concurso, dependendo do edital, nós usamos, além do fenótipo a regra de ouro, que é a possibilidade, em caso de dúvida, de fazer um questionamento ao candidato sobre o pertencimento. A minuta apresentada aqui traz esse avanço de possibilitar a futura Comissão explorar o aspecto do pertencimento ”, concluiu.               

Entidades participantes

1.COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

2.FÓRUM DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DO AMAZONAS

3.MOVIMENTO DOS ESTUDANTES INDÍGENAS DO AMAZONAS

4. ASSOCIAÇÃO DAS MULHERES INDÍGENAS DO ALTO RIO NEGRO EM MANAUS- NUMIÃ KURÁ

5. FEDERAÇÃO DO POVO INDÍGENA KUMAMI-KUKAMIRIA 

6. UNIÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO VALE DO JAVARI

7.CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

8.REDE DE MULHERES INDÍGENAS DO ESTADO DO AMAZONAS

9. FEDERAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DO RIO NEGRO

10.ASSOCIAÇÃO DE MORADORES REMANESCENTES DO QUILOMBO DA COMUNIDADE DO TAMBOR

11.COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E POVOS INDÍGENAS DO AMAZONAS

12. COORDENAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DE MANAUS E ENTORNO

13.FEDERAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E COMUNIDADES E CACIQUES INDÍGENAS DA TRIBO TIKUNA

14. FEDERAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES QUILOMBOLAS DO MUNICÍPIO DE BARREIRINHA

15. ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DO LAGO DO SERPA

16. ARTICULAÇÃO AMAZÔNICA DOS POVOS E COMUNIDADE TRADICIONAIS DE TERREIRO DE MATRIZ AFRICANA

17. COLEGIADO NEGRO DO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

18. UNIÃO DE NEGRAS E NEGROS PELA IGUALDADE

19.ARTICULAÇÃO AMAZONICA DOS POVOS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA

20.MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS DA FLORESTA – DANDARA

21.ASSOCIAÇÃO NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

22. XWƐGBƐ́ ACƐ́ MINÀ GEEJI FƆNGBE VODÚN XƐBYOSÒ GBÀDÉ

23.ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO CULTURAL TOY BADÉ

24. CENTRO DE UMBANDA CABOCLA BRAVA

25.CENTRO DE UMBANDA RAIZ DA URUCAIA

26.ILÊ ASÉ OMI MEGE ORUN

27.  ILÊ AXÉ OPÔ OPARÁ

28. TERREIRO DE SANTA BÁRBARA

29. ILÊ ASÉ SESU TOYAN

30. 

31. ILÈ ÀSE ÒPÓ ÒGÒDÒ

32.ILE OXÉ DE IEMANJÁ 

33.CASA DE XANGÔ PEDRA DE FOGO

34.ILE ASE OMO ODE

35.CENTRO DE UMBANDA CIGANA YARA 

36. ASSOCIAÇÃO NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

37.OGUM BEIRA MAR

38. ASSOCIAÇÃO DAS MULHERES INDÍGENAS SATERÉ MAWÉ 

39 .ILÊ ASE BABA ORUN AJE

40.ILE AXE OYA ONIRA 

41.MOVIMENTO AFRODESCENDENTE DO AMAZONAS

42.COORDENAÇÃO GERAL DOS ESTUDANTES INDÍGENAS DO ALTO SOLIMÕES 

43.ASSOCIAÇÃO COMUNIDADE WOTCHIMAÜCÜ 

44.TERREIRO DE SAO LORENSO

45.UNIÃO DE NEGROS E NEGRAS PELA IGUALDADE/ AMAZONAS 

46. ASSOCIAÇÃO DE HIP HOP FAVELAFRO

47. FÓRUM PERMANENTE DE AFRODESCENDENTES DO AMAZONAS (ASSOCIAÇÃO NAVEZUARINA)

48.RENAFRO-AM

49. INSTITUTO GANGA ZUMBA

50.CENTRO ESPÍRITA DE UMBANDA MÃE MARIANA 

51.COLETIVO NACIONAL DE JUVENTUDE NEGRA

52.INSTITUTO CULTURAL AFRO DA AMAZÔNIA 

53. 

54.ORGANIZAÇÃO DA MISSÃO INDÍGENA DA TRIBO TICUNA DO ALTO SOLIMÕES

55.FÓRUM PERMANENTE DE AFRODESCENDENTES DO AMAZONAS

56.MOVIMENTO ORGULHO NEGRO

57.QUILOMBO URBANO DO BARRANCO DE SÃO BENEDITO

58.ILÊ ASÉ OMIN ABAOSE OKORO LONAN

59. YLE ASÉ TOW OMÍ OFA MEGINÃ

60. COLEGIADO INDÍGENA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

 

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