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Atlas ODS Amazonas - Pesquisa que relaciona letalidade, mortalidade e Saúde da Família durante a pandemia é destaque no Jornal Nacional

Publicado: Sexta, 05 de Junho de 2020, 16h53 | Última atualização em Sexta, 05 de Junho de 2020, 17h57 | Acessos: 1555

Por Irina Coelho
Equipe Ascom Ufam

 

A pesquisa realizada pelo Atlas ODS Amazonas da Universidade Federal do Amazonas serviu de fonte para o Jornal Nacional, da TV Globo, exibido na noite da última quinta-feira, 4. O estudo mensura o agravamento da covid-19, em todo o estado do Amazonas, por meio da correlação entre a letalidade,  mortalidade e quantitativo de equipes da Saúde da Família.

Para o cálculo da letalidade, dividiu-se os números totais de óbitos pelo de casos confirmados de covid-19 em cada município. Para o cálculo da taxa mortalidade, por sua vez, considerou-se a população municipal estimada para 2019 e seu valor foi expresso como o nº óbitos  para cada cem mil habitantes, seguindo o padrão apresentado pelo Boletim Diário da Fundação de Vigilância em Saúde. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Henrique dos Santos Pereira, com esses dois indicadores foi possível comparar cada um dos 62 municípios do Amazonas com a média do estado e do país em termos de agravamento da doença.

“A motivação para esse estudo surgiu no momento em que começamos a notar que a letalidade em Manaus se mostrava muito superior àquela do conjunto dos demais municípios amazonenses. É importante comparar a letalidade e a mortalidade em cada município porque é sabido que, enquanto, a mortalidade resulta da virulência do agente etiológico e da susceptibilidade da população; a letalidade, por outro lado, é diretamente influenciada pela qualidade do sistema de saúde. Dito de outra forma, se um doente desenvolverá as formas graves da doença depende de como o seu organismo interage com o patógeno, mas se ele irá sobreviver dependerá também da qualidade do tratamento de saúde que receber”, esclarece o pesquisador.

O estudo apontou que municípios com letalidade igual ou superior a 4% têm em média uma cobertura de saúde menor se comparados com os de menor letalidade, e essa diferença foi significativa, estatisticamente, falando. “A hipótese que levantamos nesse estudo exploratório é a de que uma das possíveis causas da alta letalidade no Amazonas poderia ser o baixo índice de cobertura por unidades de Atenção Básica. Já que esse sistema deve ser o de maior cobertura, ou seja, o sistema de mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas e principal mecanismo de saúde preventiva”, explica.

De acordo com a pesquisa, Manaus apresenta um baixíssimo índice de cobertura da Saúde da Família, com menos de uma equipe para cada 3.500 habitantes, como recomenda o Ministério da Saúde (MS) e os padrões internacionais. “Essa precariedade do Sistema pode estar colaborando para que a nossa capital apresente o maior índice de letalidade do estado e o quarto pior do país, dentre as 27 capitais. Os dados para esse estudo foram coletados junto ao sistema e-Gestor de Atenção Básica do Ministério da Saúde e a metodologia do cálculo do índice segue a recomendação da Política Nacional de Atenção Básica”, enfatiza o professor.

A décima edição do Boletim Atlas ODS Amazonas será publicada no dia 15 de junho. Para acompanhar todas as edições clique AQUI .

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