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Colabcovidbr - Ufam e UFPR criam ferramenta colaborativa para mapear casos e estimar as subnotificações da Covid-19

Publicado: Segunda, 27 de Abril de 2020, 15h21 | Última atualização em Segunda, 11 de Maio de 2020, 09h36 | Acessos: 2352

Por Irina Coelho
Equipe Ascom Ufam 

 

Você conhece algum caso suspeito ou confirmado da covid-19? Em caso positivo, cadastre as informações na ferramenta colaborativa Colabcovidbr e contribua com o mapeamento da doença realizado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). A plataforma é baseada em informações anônimas, colaborativas e construída a partir de dados de localização. 

A ideia é diagnosticar as subnotificações de casos e óbitos relacionados a Covid-19. De acordo com o docente da Ufam, André Mendonça, ligado ao Departamento de Ciências Florestais (DCF) e um dos coordenadores da pesquisa, a ação foi proposta pelo Subcomitê de Enfrentamento à Covid-19 formado pela Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) e Centro de Ciências do Ambiente (CCA). 

“O mapeamento colaborativo é uma importante ferramenta em um contexto de subnotificações. O site tem dois tipos de cadastros: casos de doenças e casos de óbitos. Não é necessária nenhuma inserção de informações pessoais. O questionário não é público e pede que seja explicitada uma identificação para evitar duplicação. Além da identificação do local, que é randomizado em até 100m, o cadastro pede informações sobre isolamento, internação e o usuário pode comentar o que desejar sobre o caso, mas sem obrigatoriedade. Todas as perguntas e estratégia de divulgação foram pensadas e imaginadas de forma a se obter conhecimento científico sobre a utilização e eventuais benefícios desse tipo de ferramenta em um momento tão difícil como esse. O usuário pode escolher o que quer tornar público, mas, em geral, o que interessa é uma localização aproximada e o quantitativo, e, se possível, uma ideia sobre o isolamento e a utilização do sistema hospitalar”, explica.

O professor lembra ainda que os dados são moderados pelos próprios pesquisadores envolvidos já que o objetivo é quantificar e qualificar casos. "Esse tipo de ferramenta pode ser uma evidência de que de fato exista essa subnotificação, aliada por exemplo a comparação entre registros de funerárias atuais e no mesmo período do ano passado. Além disso, a cartografia colaborativa já é realidade em outros tipos de emergências, e tem cumprido papel importante em situações do tipo em outras partes do mundo. A ideia não é que essas ferramentas substituam às informações oficiais, mas que sejam um complemento para o total entendimento de várias questões sociais acerca da pandemia”, enfatiza.

A plataforma é um projeto da Ushahidi, organização queniana que trabalha no empoderamento de comunidades por meio de ações colaborativas, e é uma adaptação do produto para o cadastro de casos de Covid-19 no Brasil, especialmente em Manaus.

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