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Gerência Multidisciplinar de Telessaúde fez mais de 170 atendimentos no interior do Amazonas em 2019

Publicado: Quinta, 09 de Janeiro de 2020, 08h30 | Última atualização em Quinta, 09 de Janeiro de 2020, 12h31 | Acessos: 2219

As teleconsultas ocorreram nos municípios de Humaitá, Parintins, Itacoatiara, Benjamin Constant e Coari nas especialidades de Cardiologia, Pneumologia, Reumatologia, Neuropediatria, Neurocirurgia, Estomaterapia e Nefrologia

Por Irina Coelho
Equipe Ascom/Ufam
 

Um dos desafios para quem trabalha com saúde é oferecer um serviço especializado aos pacientes do interior do País. Pensando nisso, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio da Gerência Multidisciplinar de Telessaúde (GMTS), trabalha melhorando o acesso da população do interior do Amazonas à Atenção Especializada em Saúde, além de promover a capacitação para profissionais de saúde fora da capital.

As consultas são feitas por uma equipe multiprofissional, em parceria com as secretarias municipais de saúde, mediadas por um ambiente virtual que permite realizar atividades de saúde à distância, com o auxílio das tecnologias da informação e comunicação (TICs). A teleassistência envolve teleconsultas médicas e realização de exames em pacientes localizados nas zonas remotas do Estado.

Em 2019, a Ufam fez mais de 170 teleconsultas nos municípios de Humaitá, Parintins, Itacoatiara, Benjamin Constant e Coari, localidades em que a Universidade tem unidades acadêmicas. As especialidades oferecidas são Cardiologia, Pneumologia, Reumatologia, Neuropediatria, Neurocirurgia, Estomaterapia e Nefrologia.

De acordo com a gestora da GMTS, enfermeira Adriany Araújo, as teleconsultas expandem o atendimento e evitam o deslocamento de pacientes dos municípios do interior para Manaus. “A Telessaúde é importante para otimizar a Atenção Primária à Saúde (APS) no interior do estado do Amazonas, mitigando a demanda dos pacientes para a área central. No caso de Manaus, reduz as filas de espera e o tempo para atendimento, evitando o deslocamento desnecessário do paciente. Com isso, não há prejuízos para a família e o trabalho, além do impacto econômico arrolado para tal atividade”, conta.

A gerente conta também que o envolvimento e compromisso dos profissionais da saúde da Ufam é destaque nos esforços para realizar atividades mediadas pela tecnologia. “A teleconsulta foi o projeto piloto que deu certo. Ela acontece na matriz (Telessaúde - Ufam), onde estão os especialistas e também nos pontos remotos, onde há médicos e/ou enfermeiros que atuam junto ao paciente na troca de informação, na hipótese diagnóstica ou com uma segunda opinião”, explica.

Teleducação

Outro campo de atuação da GMTS é a teleducação. Aqui, são ofertadas capacitações à distância aos profissionais de saúde do interior do Estado. Em 2019, foram ministrados cursos como ‘Eletrocardiograma aplicado à clínica médica’, ‘Manejo nos cuidados com pacientes com estomia intestinal e urinária’, ‘Oficina de Eletrocardiograma para enfermeiros’, ‘Treinamento em Oncoginecologia’, entre outros.

Segundo o vice-coordenador da GMTS, médico Pedro Elias, a Gerência usa a mediação tecnológica também como ferramenta para capacitar profissionais que atuam fora da capital. “Em geral é oneroso para qualquer profissional se manter atualizado. Os profissionais da saúde que atuam nas unidades do interior do Amazonas encontram uma dificuldade a mais neste processo. A teleducação oferece atualização científica sem que os profissionais precisem sair dos municípios que atuam”, enfatiza o vice-coordenador.

O estomaterapeuta hospitalar e ambulatorial do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/Ebserh), professor e enfermeiro Frank Torres, que ministrou curso sobre cuidados de feridas agudas e crônicas, fístulas e incontinência anal e urinária, esclarece os benefícios das capacitações a distância. “Desenvolver uma atividade de educação a distância, via telemedicina, sobre Estomaterapia e com foco em feridas é um grande privilégio. Como amazonense e especialista na área, distribuir essas informações aos profissionais de saúde fora da capital com a finalidade de mantê-los atualizados é uma forma de contribuir com a população da região amazônica”, enfatizou.

A Teleducação também capacita os profissionais da Ufam. Em 2019, a GMTS ofereceu Curso de Pesquisa Clínica (PPCR) com a Universidade de Harvard. A especialização teve duração de nove meses e foi voltada aos profissionais que estão cursando ou que tenham interesse em cursar mestrado ou doutorado, orientadores de programas de pós-graduação e chefes de centros de pesquisa. A GMTS prestou apoio com o suporte técnico, ambiente e infraestrutura de videoconferência na realização das aulas.

A Gerência atua, ainda, junto à Rede Universitária de Telemedicina (Rute).  Há o apoio e a colaboração na realização de Grupos de Interesse com intuito de disseminar conhecimento e cooperação entre profissionais e estudantes da área da saúde de todo Brasil.

Próximos passos

O vice-coordenador da GMTS, médico Pedro Elias, ao falar das expectativas para 2020, informou que na área de Teleducação estão previstos os cursos nas áreas de Autismo, Raio X de tórax e Infarto agudo do miocárdio. Os interessados devem acompanhar as atividades da Gerência no site.

O médico lembrou que os próximos passos incluem a inserção dos alunos dos cursos da área de Ciências da Saúde na Telessaúde, além de integrar a Residência Médica ao Programa. “A inserção de alunos de Medicina que, obrigatoriamente, passam pelo internato rural e dos residentes na Telessaúde é estratégica. Os discentes terão experiências com o processo de mediação tecnológica e poderão desenvolver pesquisas na área da Teleassistência. Essa é uma das formas da Universidade, por meio de serviços especializados, retornar à população o investimento feito”, finaliza.      

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