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Projeto Rondon contribui com a formação cidadã de estudantes da Ufam

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“Participar do Projeto Rondon transforma completamente a forma como a gente enxerga a nossa formação. Na universidade, aprendemos teoria, técnicas e metodologias, mas aqui, na vivência com a comunidade, tudo isso ganha sentido real.”

O relato é do estudante do curso de Licenciatura em Educação Física, Emerson de Souza Prates, integrante da equipe da Ufam na “Operação Amazonas" do Projeto Rondon realizada no município de Manaquiri, a 158 km de Manaus. A Ufam é a única instituição da região Norte selecionada no edital do Projeto do Ministério da Defesa (MD), cujo intuito é levar cidadania às comunidades carentes do Brasil e proporcionar formação cidadã aos universitários participantes. A missão iniciou no dia 9 de julho e segue até o dia 27, com diversas atividades e serviços em prol da população local.

Além de Emerson, Ana Maria Brandão de Oliveira (Eng. de Alimentos), Cesário Velasquez da Gama Neto (Zootecnia), ⁠Innê Cunha do Nascimento (Fisioterapia), Gabriel Reis Ferreira (Administração), Francisco Erick Rocha da Costa (Lic. Geografia), Lorena Oliveira Ribeiro (Tecnologia em Gestão Ambiental/EaD) e Rayla Ferreira Dias (Fisioterapia) também representam a Ufam na missão em Manaquiri. Acompanhando universitários estão os professoras Cinthya Iamille e Marcileia Lopes, respectivamente, coordenadora e professora adjunta da operação. “Está sendo algo muito surreal viver essa experiência, porque eu fiquei com uma cidade que eu nunca tinha vindo antes, que é Manaquiri, e eu me surpreendi com o acolhimento dos moradores daqui. Minha mãe é a professora titular dessa operação e já realizou operações anteriores também, então desde a adolescência eu observava o trabalho que ela realizava no Projeto Rondon e pensava que isso realmente era uma experiência de vida inexplicável. Um projeto que nos ensina a cumprir nosso papel como cidadão e que também nos ensina muito”, relata Ana Maria de Oliveira.

As IES apresentaram Propostas de Trabalho com ações de caráter de extensão e com efeito multiplicador, que contribuem para o desenvolvimento sustentável, o bem-estar social e a qualidade de vida nas comunidades e para o desenvolvimento e o fortalecimento da cidadania do estudante universitário, usando as habilidades universitárias. “A operação nos desafia a aplicar o conhecimento com empatia, criatividade e respeito às realidades locais. Aprendemos a ouvir, adaptar, trabalhar em equipe e, principalmente, entender que o conhecimento não está só na sala de aula, mas também no campo, na troca com as pessoas. Essa experiência fortalece valores como cidadania, responsabilidade social e sensibilidade cultural, e nos prepara para ser profissionais mais humanos, éticos e comprometidos com a transformação da sociedade”, revela Emerson Prates.

As ações apresentadas são direcionadas, prioritariamente, a um público capaz de reproduzi-las e multiplicá-las no seio da comunidade, tornando-as permanentes. São direcionadas à crianças, jovens e adultos. Professores, estudantes, agentes comunitários de saúde, servidores públicos e comunidade em geral são atendidos pelas ações do projeto. Além das equipes das IES, o navio da marinha fará também ações em outros municípios.

As equipes são divididas em dois conjuntos de atuação nos municípios: “Conjunto A: Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde” e “Conjunto B: Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho”. Os municípios atendidos nesta operação serão: Alvarães, Anamã, Anori, Barcelos, Careiro da Várzea, Fonte Boa, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, Manaquiri, Tabatinga, Tefé e Urucurituba. “Nós, da Ufam, somos do Conjunto A, ou seja, a gente trabalha com saúde, educação, cultura e direito e justiça. Então, as nossas oficinas sempre são voltadas para isso. Por exemplo, a gente faz oficinas de primeiros socorros, de valorização aos estudos e de valorização da profissão de professor, para as crianças. A gente faz várias oficinas que envolvem todas essas vertentes”, explica Ana Maria de Oliveira. “Há uma oficina de hábitos alimentares com alimentos regionais, em que a gente desmistifica várias coisas, por exemplo, o tucumã pode não ser saudável para gente que tem colesterol alto. Então a gente vai fazendo com que as pessoas aprendam sobre isso”, detalhou a estudante do 9º período de Engenharia de Alimentos.

“Inserir nossos estudantes nas realidades mais necessitadas de capacitações é uma maneira de despertar a responsabilidade social que o ensino superior deve trazer. Construir a cidadania e a nossa responsabilidade com a sociedade, não importando onde ela esteja. Mas, de modo especial, tirar o estudante do "conforto" da academia e inseri-lo na realidade da vida daqueles que estão mais afastados. É uma transformação de visão de mundo que essa experiência traz”, comenta a professora Cinthya Iamille.

Mais de 260 pessoas, entre estudantes, professores e militares, de 26 instituições de ensino superior do país (IES) estão divididas em 12 do Amazonas.  Equipes de duas IES ficam em cada localidade. A Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UFTP) trabalha com a Ufam em Manaquiri. “A experiência está sendo incrível, de verdade, cada dia aqui tem sido um aprendizado novo, a gente percebe o quanto pode fazer a diferença, mesmo com ações simples. Além disso, o contato com outras áreas de conhecimento, com colegas de diferentes cursos, torna tudo ainda mais rico”, avaliou o acadêmico de Educação Física. “Tem sido intenso, mas muito gratificante. A gente aprende que cada ação que a gente faz aqui é algo transformador, para a gente pode ser um gesto muito simples, mas para a criança, para o senhor, para a senhora que a gente tem contribuído aqui é algo encantador, é algo emocionante para eles, coisas que eles não têm oportunidade de acessar como a gente tem nas grandes cidades”, disse.

 

Acompanhe a "Operação Amazonas" no Manaquiri no perfil da Ufam no Instragram (@Ufam__).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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