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Ufam comemora "Dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência” apresentando o trabalho desenvolvido pelas pesquisadoras do Laboratório de Ictiologia

Publicado: Sexta, 09 de Fevereiro de 2024, 08h54 | Última atualização em Quinta, 15 de Fevereiro de 2024, 11h09 | Acessos: 1207

Em alusão à data comemorativa, o PET de Engenharia de Pesca promove, no próximo dia 16 de fevereiro, uma Roda de Conversa sobre os desafios, conquistas e perspectivas de futuro da figura feminina na área de Engenharia de Pesca. O evento acontece a partir das 14h, na sala 20 da Faculdade de Ciências Agrárias - FCA 01

Por Márcia Grana

Revisão Rozana Soares

Fotos Geovana Fonseca

Equipe Ascom Ufam

Celebrado no dia 11 de fevereiro, o “Dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência” é comemorado na Universidade Federal do Amazonas com a apresentação de pesquisas lideradas por mulheres. Este ano, o trabalho apresentado é desenvolvido pelas pesquisadoras do Laboratório de Ictiologia da Universidade, vinculado à Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/Ufam).

 

Busca pela equidade de gênero no campo científico

Graduada em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Amazonas (2001), com mestrado em Ciências Biológicas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA (2004) e doutorado em Ciências Pesqueiras nos Trópicos pela Universidade Federal do Amazonas, a professora Kedma Cristine Yamamoto, do Departamento de Ciências Pesqueiras da FCA, coordena, atualmente, cinco projetos de pesquisa e extensão, todos com financiamento da Fapeam e do CNPq, distribuídos nas áreas de pesca manejada do pirarucu, piscicultura, popularização da ciência e biodiversidade. Ela destaca que, embora as mulheres tenham maior inserção na área científica, ainda é preciso lutar para alcançar a equidade de gênero no campo científico.  “Oriento 04 alunos de doutorado, 02 de mestrado, 01 de PIBIC, 01 de TCC, e 08 bolsistas de apoio técnico dos projetos. Nos últimos anos tivemos muitos avanços sobre o tema inserção feminina na ciência. Segundo a ONU, 30% das estudantes que ingressam na universidade escolhem carreiras relacionadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática, ou seja, ainda precisamos melhorar estes índices e o 11 de fevereiro é uma data não somente para se comemorar, mas deve ser uma pauta de reflexão sobre o quanto ainda precisamos melhorar e como podemos alcançar tais melhorias. Precisamos trabalhar para o fortalecimento de políticas que promovam a equidade de gênero, que estimulem meninas e jovens, sobretudo do interior do Estado do Amazonas, a seguir a carreira que desejarem dentro da ciência”, afirma  a professora Associada II da Universidade Federal do Amazonas e atual tutora do Programa de Educação Tutorial (PET/Pesca).

Territorialidade e uso de espaços em comum entre pescadores comerciais

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal e Recursos Pesqueiros (PPGCARP), Thaynara Sofia Gomes Vieira, ressalta que a pesquisa para a dissertação dela é voltada para a territorialidade e uso de espaços em comum entre pescadores comerciais de peixes comestíveis, comercial ornamental e empresários de pesca esportiva no médio Rio Negro. “Essas atividades possuem elevado impacto cultural e socioeconômico de grande parte da população que reside na região, considerando que grande parte desses pescadores e empresários tem apenas nessas atividades sua principal fonte de renda. Também desenvolvi pesquisas voltadas para a composição e estrutura das assembleias de peixes em igarapés da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, que se modificam durante o ciclo hidrológico, e a compreensão desses padrões de mudanças em ambientes naturais fornecem informações essenciais que podem contribuir em vários aspectos relacionados à conservação, biologia e ecologia das espécies”, explica a pesquisadora.

Contaminação de arraias por resíduos plásticos

Natural de Barcelos, no interior do Amazonas, a doutoranda do PPGCARP, Maria Glauciney Amazonas, atualmente investiga, em praias próximas a Manaus, a contaminação de arraias de água doce por resíduos plásticos. “Foram feitos estudos sobre a contaminação plástica nas praias da Ponta Negra, Lua, Tupé e Paricatuba e, em todas as matrizes analisadas, a saber, água, areia, sedimento e arraias, foram encontrados resíduos plásticos. Na praia da Ponta Negra, 14 arraias estavam com 60 partículas plásticas nos seus estômagos e intestinos. Tinham a forma de fibras, com tamanho mínimo de 0,58 mm e máximo de 8,15 mm. E as cores identificadas foram: transparente, preto, azul, amarelo, rosa e verde. Agora estamos em processo de análise do tipo de polímero sintético”, detalhou a pesquisadora, que também já atuou em projetos que tratavam sobre a diversidade de peixes predadores em lagos de várzea e igapó e sobre a fisiologia reprodutiva de arraias de água doce, no Rio Negro - Amazonas.

Populações de jaraquis de escama grossa

Também doutoranda do PPGCARP, Neiliane do Nascimento Soares trabalha na linha de pesquisa de Ecologia e Conservação de Recursos Pesqueiros, com ênfase na migração e discriminação de populações de jaraquis de escama grossa. Ela detalha a pesquisa que vem desenvolvendo. “Minha pesquisa visa identificar os padrões migratórios e discriminar populações do S. insignis ao longo da bacia Amazônica utilizando a tecnologia isotópica de estrôncio (Sr) em otólitos. Essa tecnologia tem se mostrado promissora em desvendar processos migratórios e na discriminação de populações de peixes de água doce. Esperamos que os resultados desse trabalho possam estabelecer bases para o planejamento de programas de conservação, que permitam a continuidade produtiva dos ecossistemas naturais e de seus recursos contribuindo, dessa forma, para a segurança alimentar das populações e para um futuro ecologicamente sustentável”, afirma a pós-graduanda, que é formada  em Zooctenia pela Ufam e possui mestrado em Ciências Pesqueiras nos Trópicos, também pela Ufam.

Roda de Conversa

Em celebração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, o Programa de Educação Tutorial em Engenharia de Pesca promove, no próximo dia 16 de fevereiro, a partir das 14h, a Roda de Conversa "A figura feminina na Engenharia de Pesca: desafios, conquistas e perspectivas de futuro pela igualdade de gênero".

O evento será uma oportunidade para discutir e refletir sobre os desafios enfrentados pelas mulheres na engenharia de pesca, suas conquistas e as perspectivas futuras para alcançar a igualdade de gênero nesse campo tão importante. Haverá sorteio de brindes especiais para as mulheres participantes da Roda de Conversa. O evento será realizado na sala 20 da Faculdade de Ciências Agrárias - FCA 01.

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