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FCA divulga diagnóstico preliminar de uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação dos discentes da Unidade Acadêmica

  • Publicado: Quinta, 25 de Junho de 2020, 09h52
  • Última atualização em Quarta, 01 de Julho de 2020, 12h21
  • Acessos: 1791

A pesquisa, que continua aberta, aponta que mais de 85% dos alunos da FCA participaram ou desenvolveram atividades de formação acadêmica durante a suspensão das aulas presenciais, mas a Ufam precisa discutir soluções alternativas para propiciar que os 30,4% dos discentes que possuem internet de péssima qualidade ou que até mesmo não possuem acesso, não sejam prejudicados em sua vida acadêmica”, ressalta a coordenadora da pesquisa, professora Narrúbia Martins

Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

Pesquisa promovida pela professora Narrúbia Oliveira de Almeida Martins, coordenadora do Curso de Engenharia Florestal, com colaboração dos coordenadores dos demais cursos de graduação da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (FCA/UFAM), apresenta o “Diagnóstico de uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação” por discentes da referida Unidade Acadêmica. A pesquisa permanece aberta para respostas por meio do link Levantamento FCA .

A FCA/Ufam é composta pelos cursos de Agronomia, Engenharia de Alimentos, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca e Zootecnia. Do total de 1.019 alunos matriculados na Unidade Acadêmica, 651 responderam ao questionário, representando 63,9% do total de matriculados, sendo 156 do curso de Agronomia, 123 do curso de Engenharia de Alimentos, 133 do curso de Engenharia Florestal, 108 de Engenharia de Pesca e 131 de Zootecnia.

Destaques

Além da apresentação de dados estatísticos relacionados ao engajamento de 63,9% dos acadêmicos da FCA em responder ao questionário, observa-se que entre os veteranos, o  percentual de periodizados é de 24,4%  e que 25,9% cursam  disciplinas de 2 períodos distintos. A faixa de renda familiar mais frequente entre os alunos da Unidade Acadêmica fica entre R$ 1.045,01 e R$ 2.090,00, que representou 33,9% dos entrevistados, seguido de 29,5% que apresentam até R$ 1.045,00.

O levantamento aponta também que 69,5% dos alunos que responderam à pesquisa, possuem 2 ou mais equipamentos, incluindo o celular, com acesso à Internet. Entretanto, ressalta-se que 25,5% possuem somente o celular para acessar a internet. 97,5% desses equipamentos é capaz de ler arquivos em PDF, 93,1% lê arquivos em MP3 e 87,7% lê arquivos em MP4.

Qualidade da internet

As respostas ao questionário demonstram que 74,3% dos estudantes da FCA que responderam à pesquisa acessam a Internet a partir de Wi-Fi em casa, contudo, somente 28,6% responderam que a qualidade da internet é boa ou excelente;  41,6% dos alunos afirmam que a qualidade da Internet que utilizam é razoável e atende suas necessidades, portanto, 30,4% responderam que é péssima, ou não possui ou não atende suas necessidades. Destaca-se ainda que 23,3% acessam a internet por meio de dados móveis. 81,4% dos alunos entrevistados acessam a Internet todos os dias da semana.

Para 83,1% dos que responderam ao questionário são neutros ou não apresentam dificuldades em trabalhar com computadores. Quanto à qualidade do estudo em casa, 77,6% avaliaram com nota igual ou superior a 7. Os que avaliaram com nota inferior a 7, que representam 22,4% dos que responderam ao questionário, apontaram diversas razões porque o estudo em casa não é bom, tais como: ambiente muito barulhento, há muitas distrações, não há ambiente ou espaço adequado para estudo, não há privacidade para estudo, tudo isso refletindo em dificuldade de concentração e foco. Além disso, apontaram também ausência de equipamento e a qualidade da internet ou pelo fato de utilizar somente redes móveis.

Dentre os entrevistados, 35,3% concordam com a utilização de ambientes remotos para ministração de conteúdos de disciplinas obrigatórias, entretanto, 52,5% discordam ou concordam parcialmente, e justificam seus posicionamentos, além de apontar as mesmas causas sobre a qualidade do estudo em casa, indicaram também a preocupação com os conteúdos práticos,  a queda de rendimento de estudar em ambientes virtuais, contudo, o que mais chamou a atenção, foi a solidariedade dos estudantes em se preocupar com os colegas que não teriam condições de acessar conteúdos virtuais, sendo esta a razão porque muitos discordavam ou concordavam parcialmente na utilização de acessos remotos.

A coordenadora da pesquisa, professora Narrúbia Oliveira de Almeida Martins, ressalta as principais conclusões obtidas a partir das informações colhidas no questionário. “Podemos concluir que é possível a oferta dos conteúdos teóricos das disciplinas de forma remota, contudo, é necessário que a universidade discuta soluções alternativas para propiciar que os 30,4% dos discentes que possuem internet de péssima qualidade ou que até mesmo não possuem acesso, não sejam prejudicados em sua vida acadêmica. Outro aspecto que precisa ser discutido é em relação aos conteúdos práticos das disciplinas. No caso especifico da Engenharia Florestal, 78,9% das disciplinas possuem  conteúdos práticos, sendo que a maioria desses conteúdos é impossível ocorrer de forma remota, e poucas possuem alternativas paliativas, sendo mais uma discussão que precisa ocorrer a nível institucional”.

Estudos on-line na quarentena


Andréa de Azevedo Bezerra é acadêmica do quinto período do curso de Engenharia Florestal. Ela está entre os 84% dos alunos participantes da pesquisa que aproveitaram a quarentena para aperfeiçoar conhecimentos através de cursos on-line. “Realizei atividades extracurriculares especiais que alguns professores da Ufam estão oferecendo, como o curso sobre Cadeia de valor de produtos da sociobiodiversidade, o curso de capacitação de alunos monitores da disciplina de Taxonomia Florestal, no qual estamos produzindo materiais como chaves e guias de identificação botânica para serem usados em campo e também cursos gerais como o Integrando a Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Webinar Ambiental do IPAAM e o curso sobre Cadastro Ambiental Rural”, enumera a acadêmica.

A graduanda do quinto período de Engenharia Agrônoma, Karen Vanessa Vieira de Jesus, 23, ressalta as vantagens e desvantagens da suspensão das aulas presenciais. “Como vantagem destaco a possibilidade de realizar vários cursos on-line. Fiz cursos de monitoria  ofertado pela Ufam, participei de eventos virtuais organizados pela Embrapa e da Semana de Zootecnia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), ou seja, agora posso participar de vários eventos, aprender coisas novas, atividades para as quais eu não teria tempo se não houvesse a quarentena, considerando que minha graduação é em tempo integral. Como desvantagem, vejo que perdemos bastante tempo, praticamente um ano e precisaremos recuperar isso tudo”.

Embora o graduando de Engenharia Florestal, Ronisson Júnior, dedique o período da quarentena a videoaulas, lives e atividades extracurriculares, ele afirma não ter conseguido adaptar seus estudos ao ambiente doméstico. “A experiência é estranha e angustiante, já que nunca vivenciei nada parecido antes. As vantagens são que a carga de cobranças e preocupações acadêmicas imediatas diminuíram, assim como os problemas psicológicos que a faculdade causa. Mas considero que o ambiente de casa é pouco propício para estudos, por temperatura, barulho, estrutura em si não serem adequados. Como forma de acesso  à Internet só tenho meu celular, pois meu notebook pifou e, com o início da quarentena, não pude levar para reparos. No geral, os ônus são bem maiores que os bônus, me fazendo querer voltar o quanto antes pra UFAM”, explicou oaluno.

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