Teleconsultas obstétricas - Ufam e Ministério da Saúde assinam termo inédito para acompanhamento de gestantes de alto risco em 11 municípios do Amazonas com alto índice de Morte Materna
A Universidade Federal do Amazonas, por meio do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/Ebserh/Ufam), em parceria com o Ministério da Saúde, assinaram Termo de Execução Descentralizada (TED) para a implementação de teleatendimento e teleconsulta para gestantes de alto risco no interior do Amazonas. A ideia é oferecer às gestantes atendimento especializado para reduzir a mortalidade materno-infantil nas áreas remotas do estado. Os municípios atendidos serão: Manaus, Manacapuru, Maués, Coari, Itacoatiara, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Tefé, Parintins e Jutaí.
De acordo com a coordenadora do Projeto e professora da Faculdade de Medicina, médica Ione Brum, há uma equipe formada por sete médicos obstetras especialistas incluindo professores da Ufam e egressos da Residência de Ginecologia e Obstetrícia do HUGV/Ebserh, que farão os atendimentos em parceria com os profissionais das prefeituras. “A porta de entrada para as gestantes é a saúde primária, por meio de agendamento on line, forma assíncrona ou teleconsulta de forma síncrona. Tudo por meio de um aplicativo que será disponibilizado aos municípios e aos médicos especialista.
A professora lembrou ainda que os atendimentos estão previstos para começar em agosto em três municípios: São Gabriel da Cachoeira, Manacapuru e Barcelos. O trabalho, fruto de parcerias, incluem também a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que tem expertise e atuação consolidada com a plataforma de telemonitoramento; além do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) que alinham às necessidades junto aos municípios”, destacou.
Segundo o coordenador da Telessaúde do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/Ebserh/Ufam), médico Pedro Elias de Sousa, o Projeto é inédito e contribuirá para diminuir a incidência de mortalidade materno-infantil no Amazonas. “Hoje, com as Tecnologias de Comunicação e Informação aproximando distâncias, esperamos que o atendimento especializado às gestantes de alto risco chegue às áreas remotas do estado. A Ufam cumpre o seu papel social na medida em que há a expectativa, a curto e médio prazo, de redução dos números de morte materno-infantil. Por fim, no âmbito acadêmico, nós pretendemos transformá-lo em um Projeto de Pesquisa com a participação de alunos da Pós-Graduação, Residência, Graduação não somente da Medicina, mas também das demais áreas da Saúde”, enfatizou.
Plataforma
Na última segunda-feira, 18 de julho, no Auditório I do Centro Universitário do Norte (Uninorte), a Ufam, UFSC, Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) realizaram evento de apresentação da plataforma. Na ocasião, foram discutidas medidas para aperfeiçoar o atendimento às gestantes, visando otimizar o uso de recursos físicos e financeiros na assistência às mulheres.
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